QUANDO SE NECESSITOU MUDAR DE ROUPA
Debulha-te
Entulha tua mágoa profunda
Na pilha de roupas sujas,
Junto com tuas mais sinceras
Devoções pueris e tuas esperanças(futuras ou pretéritas)
Lava tudo com teu choro
E faça com teu lamento
Uma canção de lavadeira
Que da espuma de imundices,
Que se solta das tristezas,
Possa tu limpar também tuas mãos
Da pestilenta memória de muitas vezes
Ter sido largada ao léu.
Tenta não mais recordar.
Não leia esses versinhos como de apoio moral,
Clichês de arte burguesa.
Apenas te digo:
Enxuga tuas patéticas lágrimas,
Que já se tem bastante água no Tanque.
Leonardo C. de Albuquerque (UJC)
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