terça-feira, 31 de maio de 2011

ETE João Barcelos Martins festeja 31 anos

Todo corpo docente e discente da Escola Técnica Estadual (ETE) João Barcelos Martins se uniu hoje (30) para festejar os 31 anos da instituição de ensino em Campos, completos no último dia 10. A comemoração, que teve inicio às 8h e se estendeu até às 21h com direito a bolo, foi aberta com o hasteamento das bandeiras ao som da Banda do 8º Batalhão da Polícia Militar.


Eu estudei nesta escola tecnica e me orgulho muito de ter feito parte dessa história! Parabéns JBM!!!

Mão




Nos seixos enrugados da cratera

algo como gigantes mãos
- marrons...
escalavam o mineral.


Algo como uma leve névoa
a levitar-se ao vento
ao transportar-se em tempo.


Sujos dedos sem rosto!
persistente bicho escarnecido.


(ou nuvem, ou viagem, ou vegetação)


Quando fundo corpo em questão...
morre-se com o mundo.
e re-aflora-se noutra linguagem
ou dimensão.


Somente o próprio vazio
pode nus trazer de volta.


e o amor de ser pelo mundo
é o amor do mundo por ser.




Estou de pé na medida em que amo
alguma coisa..
flora de mim.


Que mão tem a ver comigo,
e por isso...
vem se ver comigo
o castigo
correto
em voltar
de frente.



Frederico

sábado, 28 de maio de 2011


Liberdade, Liberdade.

Faremos a revolução, meu amor! A revolução em nossas almas cheias de cores vivas. Faremos a nossa farra, curtindo nossas curvas, nos embriagando em nossas salivas, trasbordando os sentidos... E festejando ao fim do carnaval, eu e você, nos libertaremos das falsas fantasias, e faremos do nosso mundo, então, o gozo de nossa liberdade.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Basta de violência em Campos!

Queremos segurança para ir e vir, para praticar nossa cidadania, para viver em paz e se possível com a carteira e o celular seguros. Com essa violência urbana e banalizada não dá mais!

Ontem em manifestação na Pelinca, os estudantes tiveram um ato de bravura e pararam o transito, com faixas e apitos. Chamamos atenção da população campista e as autoridades para a violência no município de Campos de maneira pacífica, afim de reivindicar mais segurança para os estudantes!

Hoje estava na mídia nacional a infeliz sena do empresário local, Sandro Moura, atropelando um jovem companheiro nosso, Victor, durante a manifestação que fazíamos da Pelinca, área nobre de Campos . Além de acelerar por cerca de 20m o motorista do carro ainda o agrediu com socos no rosto e na nuca. Não satisfeito, o empresário e seus capangas agrediram mais três pessoas, entre elas o cinegrafista da Inter TV, e uma colega da Universidade Federal Fluminense, que assim como eu foi a delegacia prestar depoimento. Saímos de lá as 7h da manhã. Sofremos com a demora, com a péssima estrutura da policia civil, e o constrangimento que em diversas vezes passamos. Isso fortalece a certeza de que o Brasil precisa investir na segurança, na contratação de mais policias (e melhores preparados, diga-se de passagem), em espaço adequado para atendimento da população.



Apresar de tantos transtornos, os estudantes de geografia que se propuseram a fazer tal ato estão de parabéns pela iniciativa, e esperamos que essa experiência sirva de incentivo para que o movimento estudantil do IFF se torne cada vez mais proativo e assuma uma postura capacitada de luta por uma sociedade mais justa e uma educação de qualidade. Esperamos que na próxima manifestação pública, a organização do movimento tenha mais coesão, para que possamos ter mais vozes para gritar, mais mãos para levantar nossas bandeiras, e principalmente, mais unidade entre as lideranças. Isso é indispensável em qualquer mobilização.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Anarquismo ou Socialismo? (continuação)




I – O Método Dialético
"No mundo tudo está em movimento... Muda a vida, crescem as forças produtivas, desmoronam-se as velhas relações sociais..." Karl Marx

O marxismo não é apenas a teoria do socialismo, é uma concepção integral do mundo, um sistema filosófico do qual decorre, logicamente, o socialismo proletário de Marx. Esse sistema filosófico se chama materialismo dialético.

Por isso, expor o marxismo significa expor também o materialismo dialético.

Por que se chama esse sistema materialista dialético?

Porque seu método é dialético e sua teoria é materialista.

Que é método dialético?

Diz-se que a vida social se encontra em estado de incessante movimento e desenvolvimento. Está certo: não se pode considerar a vida como algo imutável e estático; ela nunca se detém num mesmo nível, acha-se em eterno movimento, em eterno processo de destruição e criação. Por isso sempre existe na vida o novo e o velho, o que cresce e o que morre, o revolucionário e o contra-revolucionário.

O método dialético ensina-nos que temos de considerar a vida precisamente tal como é na realidade. Vimos que a vida se encontra em incessante movimento; portanto, devemos examinar a vida em seu movimento e perguntar: para onde marcha a vida? Vimos que a vida apresenta um quadro de constante destruição e criação; portanto, nosso dever consiste em examinar a vida em sua destruição e criação e perguntar: o que é que se destrói e o que é que se cria na vida?

O que na vida nasce e dia a dia cresce, é invencível; deter seu movimento para a frente é impossível. Isto é, se, por exemplo, na vida, nasce o proletariado como classe e cresce a cada dia, por débil e pouco numeroso que seja hoje, há de vencer, não obstante, ao fim de contas. Por quê? Porque cresce, porque se fortalece e marcha para a frente. Ao contrário, o que na vida envelhece e caminha para a sepultura, há de sofrer inevitavelmente a derrota, embora hoje represente uma força gigantesca. Isto é, se, por exemplo, a burguesia perde paulatinamente terreno e retrocede dia a dia, por forte e numerosa que seja hoje, há de sofrer, não obstante, ao fim de contas, a derrota. Por quê? Porque, como classe, se decompõe, se debilita, envelhece e se converte em carga inútil na vida.

Disso deriva, precisamente, a conhecida tese dialética: tudo o que realmente existe, isto é, tudo o que cresce dia a dia, é racional: e tudo o que dia a dia se decompõe, é irracional, e, portanto, não evitará a derrota.

Por exemplo: na oitava década do século passado, entre os intelectuais revolucionários russos surgiu uma grande discussão. Sustentavam os populistas que a força principal capaz de encarregar-se da "emancipação da Rússia" era a pequena burguesia do campo e da cidade. Por quê? – perguntavam os marxistas. Porque – respondiam os populistas – a pequena burguesia do campo e da cidade constitui agora a maioria e, além disso, é pobre e vive na miséria.

Replicavam os marxistas: é certo que a pequena burguesia do campo e da cidade constitui hoje a maioria, e, realmente, é pobre; mas será essa a questão? A pequena burguesia há muito tempo é a maioria, porém até agora não manifestou, sem a ajuda do proletariado, nenhuma iniciativa na luta pela "liberdade". Por que? Porque a pequena burguesia, como classe, não cresce; pelo contrário: decompõe-se dia a dia e subdivide-se em burgueses e proletários. Por outro lado, naturalmente, tampouco a pobreza tem aqui uma importância decisiva: os "vagabundos" são mais pobres que a pequena burguesia, porém ninguém asseverará que possam encarregar-se da "libertação da Rússia''.

Como se vê, o problema não se cifra em saber que classe constitui hoje a maioria ou que classe é mais pobre, mas em saber que classe se fortalece e qual se desagrega.

E como o proletariado é a única classe que cresce e se fortalece sem cessar, que impulsiona a vida social e agrupa em torno de si todos os elementos revolucionários, nosso dever é, portanto, reconhecê-lo como força principal no movimento contemporâneo, formar em suas fileiras e fazer de suas aspirações progressistas nossas próprias aspirações.

Era assim que os marxistas respondiam.

Evidentemente, os marxistas consideravam a vida de um modo dialético, enquanto os populistas racionavam de um modo metafísico e concebiam a vida social como algo estático.

Eis aí como o método dialético considera o desenvolvimento da vida.

Mas há movimento e movimento. Houve movimento na vida social durante as "jornadas de dezembro", quando o proletariado, erguendo a cabeça, assaltou os depósitos de armas e empreendeu o ataque contra a reação. Mas, temos também de qualificar de movimento social o movimento dos anos anteriores, quando o proletariado, sob as condições do desenvolvimento "pacífico", se limitava a declarar uma ou outra greve e a criar pequenos sindicatos.

É evidente que o movimento apresenta formas diferentes.

Pois bem, o método dialético afirma que o movimento tem dupla forma: uma evolutiva e outra revolucionária.

O movimento é evolutivo, quando os elementos progressistas continuam espontaneamente seu trabalho diário e introduzem, na velha ordem de coisas, modificações pequenas, quantitativas.

O movimento é revolucionário, quando os elementos progressistas se unem, se compenetram de uma só idéia e se lançam contra o campo inimigo, para extirpar a velha ordem de coisas e introduzir na vida mudanças qualitativas, instaurar uma nova ordem de coisas.

A evolução prepara a revolução e cria o terreno para ela; e a revolução coroa a evolução e contribui para prosseguir a obra desta.

Processos semelhantes ocorrem também na vida da natureza. A história da ciência mostra que o método dialético é um método autenticamente científico: começando pela astronomia e terminando pela sociologia, em todas as partes se encontra a confirmação da idéia de que no mundo nada é eterno, tudo muda, tudo se desenvolve. Por conseguinte, tudo na natureza deve ser examinado do ponto de vista do movimento, do desenvolvimento. E isso significa que o espírito da dialética penetra em toda a ciência contemporânea.

E no que se refere às formas do movimento, no que se refere ao fato de que, de acordo com a dialética, as pequenas mudanças quantitativas, levam, no fim de contas, às grandes mudanças qualitativas, essa lei também vigora, com igual intensidade, na história natural. O "sistema periódico dos elementos", de Mendeléiev, evidencia claramente a grande importância que na história natural tem o aparecimento das mudanças qualitativas, que surgem das mudanças quantitativas. É testemunho disso, na biologia, a teoria do neolamarckismo, à qual o neodarwinismo cede lugar.

Não nos referimos a outros fatos, exaustivamente esclarecidos por F. Engels, em seu Anti-Dühring.

Tal é o conteúdo do método dialético.

Como consideram os anarquistas o método dialético?

É sabido de todos que o fundador do método dialético foi Hegel. Marx depurou e melhorou esse método. Naturalmente, essa circunstância é também conhecida pelos anarquistas. Sabem eles que Hegel era conservador, e eis que, aproveitando a ocasião, atacam Hegel a mais não poder como partidário da "restauração", "demonstram" com paixão que "Hegel é o filósofo da restauração..., que ele exalta o constitucionalismo burocrático em sua forma absoluta, que a idéia geral de sua filosofia da História está subordinada e serve à tendência filosófica da época da restauração", etc.

"Demonstra" a mesma coisa em suas obras o conhecido anarquista Kropotkin (vide, por exemplo, sua Ciência e Anarquismo, em língua russa).

Com Kropotkin fazem coro em uníssono nossos kropotkinianos, começando por Tcherkezichvili até chegar a Ch. G. (vide os números de No bati).

Isto é certo, ninguém os contesta; pelo contrário: todo o mundo está de acordo em que Hegel não era revolucionário. Marx e Engels, pessoalmente, foram os primeiros a demonstrar em sua Crítica da Crítica Crítica que as concepções históricas de Hegel se acham em contradição radical com o poder soberano do povo. Mas, apesar disso, os anarquistas procuram "demonstrar" e consideram necessário "demonstrar" dia após dia que Hegel é um partidário da "restauração". Por que o fazem? Provavelmente para com isso tudo desacreditar Hegel e dar a entender ao leitor que o método do "reacionário" Hegel também não pode deixar de ser "detestável" e anticientífico.

Pensam os anarquistas que desse modo podem refutar o método dialético.

Afirmamos nós que desse modo apenas demonstrarão sua própria ignorância. Pascal e Leibnitz não eram revolucionários, mas o método matemático descoberto por eles é reconhecido, hoje, como um método científico. Mayer e Helmholtz não eram revolucionários, mas suas descobertas no domínio da física serviram de base à ciência. Tampouco eram revolucionários Lamarck e Darwin, mas seu método evolucionista pôs de pé a ciência biológica... Por que, então, não se pode reconhecer o fato de que, apesar do conservantismo de Hegel, o mesmo Hegel conseguiu elaborar um método científico, denominado dialético?

Não; desse modo os anarquistas apenas demonstrarão sua própria ignorância.

Prossigamos. Segundo a opinião dos anarquistas "a dialética é metafísica", e como "querem emancipar a ciência da metafísica e a filosofia da teologia", por isso, precisamente, repelem o método dialético (vide Nobati, nº. 3 e 9, Ch. G.; vide, também, Ciência e Anarquismo, de Kropotkin).

Ah! esses anarquistas! É como diz o ditado: "paga o justo pelo pecador." A dialética alcançou sua maturidade na luta contra a metafísica e nessa luta conquistou a glória; na opinião dos anarquistas, porém, eis que a dialética é metafísica!

A dialética afirma que no mundo nada é eterno, no mundo tudo é transitório e mutável: muda a natureza, muda a sociedade, mudam os usos e costumes, mudam os conceitos de justiça, muda a própria verdade; por isso mesmo a dialética considera tudo de um modo crítico, por isso mesmo nega a verdade estabelecida de uma vez para sempre e, por conseguinte, nega também as abstratas "teses dogmáticas fixas que, uma vez encontradas, têm apenas de ser decoradas'' (vide F. Engels, Ludwig Feuerbach).

Em troca, a metafísica nos afirma coisa completamente diversa. Para ela o mundo é algo de eterno e imutável (vide F. Engels, Anti-Dühring), o mundo está determinado de uma vez para sempre por alguém ou por algo; eis por que os metafísicos têm sempre na boca a "justiça eterna" e a "verdade imutável".


Fonte:marxists.org
Sem Alarde


A Quarenta e oito horas eu não durmo. A quarenta e oito horas eu não sinto o meu corpo que faz parte do circo na qual o otimismo mora. E a quantos dias eu não sei de mais nada? A quantos dias de breves risadas? A quantas auroras de geniais promessas de um mundo de carne, de osso e exagero? E todo aquele fluxo de novidades e seus alitos e suas noites, e calamidades... Olha pra minha cara, minha gente! Olha e vê. A minha guerra é pelo amor! Já ouviram tamanha incongruência?! Sim, eu não pedi pra fazer sentido, e nem pensei em explicação, mas acabo na sarjeta com os velhos sonhos de evolução. Por que a noite não acabou. Eu não acordei e não pude dormir, e me senti em um sonho vigilante. Só imploro por novidades e que a guerra acabe logo!

Imploro o caos! Minha nossa! Luzes aqui, por favor. Senhoras e senhores eu imploro por uma bomba mundial que salvara nossas vidas. Assim será, sem alarde. Assim é quando acaba a bruxaria das novas mercadorias que nos tornamos. Sangramos por essas quarenta e oito horas de sonhos, tudo que nos parecia realista. Manchamos os documentos e adulteramos a fachada, e no fim dessa quase madrugada, não sabemos de muito. Ouso dizer que não sabemos de nada.
- Então por que amanhece-te sonhadora, bela filha da lua?
E eu não pude responder, por que o céu ainda me parece vermelho.

terça-feira, 10 de maio de 2011

ARMA DA CRÍTICA: MANIFESTO SOBRE AS ELEIÇÕES DO DCE.

Nas próximas semanas ocorrerão na UFF as eleições para o Diretório Central dos Estudantes (DCE): um importante espaço de organização, defesa dos interesses estudantis e da universidade pública em si. Tais eleições de DCE na UFF ocorrem em um momento crítico para definir os rumos da universidade, o que afetará diretamente e indiretamente a vida de milhares de estudantes.

O atual momento se caracteriza pelas crescentes ofensivas do governo federal à universidade pública, sendo a mais recente concretizada através dos cortes de verbas (cerca de 3 bilhões só na área da educação) resultando no atraso das obras do REUNI, carência de políticas de permanência estudantil, falta de professores concursados e adequada estrutura física. Para o próximo ano é previsto que número de estudantes na UFF passe de 29 para 40 mil, o que aumentará ainda mais os nossos problemas, já que não é previsto com aumento de mesma grandeza para a estrutura universitária, ou seja, os estudantes se inserem neste processo de expansão precarizada da universidade pública sem a capacidade qualitativa em atender as demandas reais da sociedade brasileira.

É neste cenário que se organiza na UFF o Arma da Crítica, um novo coletivo de estudantes de distintos cursos, ligado ao movimento nacional de construção do seminário de Universidade Popular e que se propõe a apresentar para o conjunto dos estudantes, comunidade universitária e sociedade um programa-movimento para ser discutido nessas eleições de DCE entre todos aqueles que estejam dispostos a construir uma alternativa concreta a estes ataques e ao crescente amoldamento da universidade pública a lógica de mercado.





PROGRAMA – MOVIMENTO NA CONSTRUÇÃO DA UNIDADE POR UMA UNIVERSIDADE POPULAR!


Chamamos de programa-movimento a constituição de uma plataforma para a UFF que discuta constantemente as demandas específicas e gerais dos estudantes e sociedade, a fim de direcionar as ações do movimento estudantil em suas prioridades e debates. Conforme já evidenciamos no atual contexto, é fundamental a formação de um bloco que se contraponha a atual implementação da suposta expansão de nossa universidade sem políticas reais de manutenção do estudante no local de estudo, sem estrutura adequada de salas de aula, contratação de professores, bibliotecas, bandejão, moradia e bolsas de auxílio que atinjam a universalidade dos estudantes e da comunidade universitária.


Se não bastasse, nos deparamos com o avanço de grupos e interesses privados dentro da própria universidade pública através dos cursos pagos. Apesar de o recente plebiscito ter se posicionado contrário à manutenção destes nichos privatistas, os mesmos continuam a funcionar com apoio da reitoria e até mesmo se expandem para outros campi como em Campos. Também existem cursos com menor arrecadação que se mantém com a justificativa de autofinanciamento da universidade. Contudo, acreditamos que tal justificativa despolitiza o debate em torno dos problemas na universidade e mais, contribui para o enfraquecimento da defesa da universidade pública ao propor a resolução de um problema de forma meramente local.


Entretanto, acreditamos que uma gestão de DCE e o Movimento Estudantil como um todo, não deve servir apenas na defesa de interesses imediatos, mas sim construir uma alternativa concreta ao atual modelo de desenvolvimento educacional a serviço da apropriação privada. Chamamos esta alternativa em constante movimento de projeto por uma Universidade Popular. Tal proposta não vem significar apenas uma maior composição da comunidade universitária pela classe trabalhadora, tampouco uma mudança das estruturas diretivas da universidade, bandeira que lutamos como o sufrágio universal. A Universidade Popular significa uma universidade construída na luta e que busque vincular as reais demandas da maioria da população de nossa sociedade, a classe trabalhadora, e o conhecimento produzido nas instituições de ensino.


Por isso defendemos que o DCE e o Movimento Estudantil projetem - com as devidas mediações - políticas educacionais que se vinculem as demandas populares. Vinculação que se contrapõe a atual lógica crescente de tratar o conhecimento, a pesquisa e em geral a educação, como uma mera mercadoria.


Quando propomos uma resistência aos ataques à universidade pública e a formulação de um projeto educacional de disputa na sociedade, significa que as lutas travadas no interior da universidade são lutas de todos e todas que almejam uma sociedade mais humana, livre e radicalmente democrática. Por isso, é prioritário que um DCE compromissado por transformações reais na vida dos estudantes projete ações de extensão e diálogo permanente com a comunidade no entorno da universidade, principalmente com setores organizados dos movimentos populares. As incorporações de bandeiras populares podem decisivamente contribuir para um maior acúmulo na correlação de forças em prol de todos que resistem aos ataques e ao atual modelo mercadológico de universidade.


PELA CONSTRUÇÃO DO DCE PELA BASE!


No que concerne à organização do DCE, é fundamental o compromisso de independência frente a governos, reitorias e partidos a fim de garantir a pluralidade do próprio Movimento Estudantil. Para nós, o DCE não deve ser uma máquina a serviço de um grupo político, mas um instrumento de lutas, debates e socialização dos estudantes, por isso os fóruns do DCE devem ser amplamente divulgados e ter uma periodicidade, desde a assembléia geral de estudantes até as reuniões de diretoria. Acreditamos que o espaço prioritário na organização do Movimento Estudantil na UFF deva ser o Conselho de CA´s e DA´s com poder de deliberação em paralelo com um amplo esforço e campanha de organização de CA´s e DA´s independentes na universidade.

Ressaltamos que a pluralidade e os debates é uma característica extremamente positiva no Movimento Estudantil e na própria formação de seus militantes, reforçamos que esta tradição democrática deve ser revitalizada principalmente através do fortalecimento das entidades de base no cotidiano dos estudantes.



SOBRE A UNE



As eleições de DCE da UFF também servirão como tiragem de delegados para o congresso da UNE que ocorrerá no mês de julho em Goiânia. É de suma importância o debate em torno a relação dos estudantes com esta entidade que no passado gozou de grande legitimidade e protagonismo em importantes lutas em defesa dos estudantes e do exercício democrático em nosso país. Contudo, infelizmente a UNE vem se caracterizando por um crescente amoldamento ao consenso conservador se atrelando a governos e partidos, a total ausência de formulações educacionais para a sociedade brasileira e o silêncio criminoso em relação a diversas lutas e problemas que afetam a educação de milhares de estudantes.


Com a constatação deste cenário, diversos grupos bem intencionados vivem uma encruzilhada, alguns optam por uma construção de uma entidade aparentemente livre e paralela a UNE, caindo em um simplismo de que o problema do Movimento Estudantil perpassa pela a troca de uma direção traidora e pelega por uma outra que seja boa e combativa, refutamos esta tese ao compreender a realidade em sua totalidade e reconhecer que os problemas do Movimento Estudantil estão em seu todo e que passam pelas partes que se remetem a ausência de formulações alternativas e a práticas conservadores que afetam até mesmo grupos que se dizem de esquerda. Também existem visões que a mudança dos rumos da UNE se passa por uma mera disputa de cargos internamente na entidade, o que estimula e desenvolve inúmeras práticas, políticas e concepções que mais contribuem para a atual conservação da entidade, do que a real disputa da mesma. Tentamos trilhar um caminho mais complicado em assumir estas problemáticas em seu todo, propomos uma disputa real através do próprio Movimento Estudantil, uma construção pela base que vise a reconstrução da UNE e outras entidades. O espaço do congresso da UNE, apesar das limitações, é de suma importância como uma forma de propagação de alternativas políticas por parte de setores compromissados com a reconstrução da UNE de volta a luta dos estudantes e lutando pela educação de qualidade em nosso país.





UTILIZE A CRÍTICA, VENHA CONSTRUIR O PROGRAMA-MOVIMENTO!


É com base nestes pressupostos que convidamos a todas as pessoas, coletivos e organizações que se identificarem a construírem um Movimento Estudantil crítico, conseqüente e democrático a participarem dos debates e mobilizações com a finalidade de construirmos coletivamente uma real unidade tendo como eixos a defesa dos interesses dos estudantes e que se contraponha ao atual modelo educacional mercadológico.



Contato: armadacritica@hotmail.com

Elogio a Dialética


“ Quem se atreve a dizer: jamais?
De quem depende a continuação desse domínio?
De quem depende a sua destruição?
Igualmente de nós.
Os caídos que se levantem!
Os que estão perdidos que lutem!
Quem reconhece a situação como pode calar-se?
Os vencidos de agora serão os vencedores de amanhã.
E o "hoje" nascerá do "jamais".”


Bertolt Brecht

segunda-feira, 9 de maio de 2011

!Cultura na Trincheira!


Nos dias 13,14 e 15 de Maio, no Casarão Cultural (Próximo a UFF)
a primeira edição do 'Cultura na Tricheira' entrará em cena!!!



Na Sexta - Dia 13

14h CINE PÈ NA PORTA- FILMES E DOCUMENTÀRIOS
16h DEBATE: Universidade Aberta, Extensão ou comunicação por uma opção brasileira.

No Sábado - Dia 14

16h OFICINAS: artesanato, brinquedo e malabares
18h TEATRO - Apresentação "Domesticados"
EXPOSIÇÃO DE QUADROS, ARTESANATO E POESIAS

19h SHOW: PALCO LIVRE! (APRESENTAÇÕES SURPRESAS)

NO Domingo - Dia 15

19h Sarau de poesia e Lual
(* aberto ao público)


Entrada: 1kg de alimento

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Evento: Ação e Reação


E pra abrir os trabalhos, teremos no próximo dia 15/05, no Jaiminhos Bar, nossa 1ª edição com as bandas:

- Anesthesia of beer
- Harmony Hate
- Residus
- Fratura
- SUBTRACTION de Cabo Frio


ÀS 16H POR APENAS $5,00

segunda-feira, 2 de maio de 2011

O comunismo jovem do partidão

Ele está no inconsciente afetivo de todos os militantes de esquerda. Figura nas mais belas páginas dos melhores livros de História. Permanece como referência histórica nos mais distintos debates de diferentes setores progressistas. E continua à esquerda, sob qualquer conjuntura. O partidão, ou Partido Comunista Brasileiro (PCB), sofreu muito com os revezes históricos. Os rachas das décadas de 1980 e 1990, e a devastação neoliberal do mesmo período, o fragilizaram bastante. Entretanto, um processo lento de recuperação já toma fôlego há alguns anos. O que encanta, sobretudo, no período atual, é o crescimento de uma juventude combativa e bem posicionada vinculada ao partido. A União da Juventude Comunista (UJC) soma ao crescimento em número de militantes o crescimento de politização, e um projeto sério de inserção nas lutas sociais sob a ótica do novo comunista jovem.

“É impensável pensar essa rearticulação da UJC, dentro dessa linha revolucionária, separada do próprio processo de reconstrução do PCB. A UJC só consegue se reorganizar em 2006, quando o partido formaliza uma posição sobre sua visão estratégica da sociedade brasileira”, afirma Luís Fernandes, integrante da coordenação nacional da UJC. Vencidos os processos autofágicos internos, o PCB volta a se estruturar, principalmente no início deste século. E volta a visualizar a necessidade de se organizar a juventude. Em 2006, depois de muitos anos, a UJC consegue organizar um congresso nacional. Viria a se articular novamente, em 2009, para dar vida a novo congresso.

A partir dessa melhor organização, com linha estratégica definida e militância ativa, a UJC começa a ganhar corpo novamente, e formar quadros qualificados. Ivan Pinheiro, secretário-geral do PCB e candidato à Presidência da República em 2010, avalia com otimismo o crescimento da organização. “A UJC não garantirá apenas um futuro burocrático para o PCB, mas um futuro revolucionário e internacionalista. É a primeira geração de comunistas que não viveram as deformações do reformismo que prevaleceu no PCB em décadas passadas e que entrou no Partido em pleno processo de sua reconstrução revolucionária”. Hoje, a UJC está organizada em, pelo menos, 15 estados, com boa intervenção, fazendo discussões específicas da juventude.

Em alguns estados, é mais forte entre a juventude trabalhadora. Em outros, articula-se com maior consistência dentro do movimento estudantil, ou mesmo junto ao movimento cultural – uma tradição entre os comunistas. Devido às dificuldades financeiras, e à ausência no universo institucional – o que não consideram problema –, os jovens não conseguem manter militantes voltados exclusivamente para a organização. No entanto, têm uma preocupação crescente com a qualificação de seus quadros. “A gente tem hoje uma linha estratégica bastante coerente e coesa. Não queremos virar uma organização inchada, sem intervenção qualitativa na sociedade. A gente quer crescer, ganhar capilaridade, mas o que a gente mais preza é ter uma intervenção qualitativa”, afirma Luís.

Uma das estratégias da UJC para ampliar sua atuação política, com ganhos qualitativos, é a parceria com a sociedade organizada. Seus jovens militantes estão, cada vez mais, articulados com os movimentos sociais, buscando protagonismo nas lutas da cidade e do campo. Maurício Souza, integrante da coordenação estadual da organização no Rio de Janeiro, vê na cidade um grande palco de lutas para os próximos anos. “No Rio, estão varrendo tudo o que não interessa. O objetivo é sustentar esse modelo de crescimento, esse desenvolvimento tardio que no Brasil se tem apregoado por todos os cantos, inclusive por certos setores que se dizem de esquerda. A UJC tem clareza de quem são os movimentos populares que lutam contra essa ordem, e está se unindo a eles”, diz. A luta por moradia e pelos direitos humanos têm sido os principais focos de atuação dos jovens comunistas.

Recentemente, tiveram importante atuação na organização do II Seminário da Plenária dos Movimentos Sociais. O espaço é uma articulação de movimentos populares mais combativos, em oposição ao modelo de desenvolvimento em curso no Estado do Rio, de forte ação predatória, e aos projetos elitistas relacionados aos megaeventos esportivos a ser recebidos no Brasil. O Seminário reuniu centenas de militantes interessados em dar unidade à difícil resistência prevista para os próximos cinco anos. “O diagnóstico coletivo, na Plenária, foi correto, sobre essa agenda econômica de estruturação do capital – a ideia de que existe um consenso burguês, e de que o Rio está no centro dele. Mas a gente não pode ter a ilusão de que, porque o diagnóstico está correto, a gente vai ganhar as lutas. A correlação de forças, aqui no Rio, infelizmente é bastante desfavorável para os movimentos e partidos de esquerda”, defende Luís.

Outra luta importante em que a UJC esteve presente foi a resistência dos moradores do Complexo do Alemão aos saques, agressões, humilhações e estupros promovidos pelas forças policiais e militares, após a ocupação de 2010. A organização
esteve presente na coleta de denúncias, na sistematização dos dados, na publicização das informações, e na divulgação de uma nota pública. “A partir das denúncias que estavam sendo feitas, a gente foi até as comunidades. A cobertura oficial estava homogeneizando as coisas, como se a operação tivesse sido um sucesso. No Complexo do Alemão, a gente ouvia os policiais dizendo que era um modelo a ser levado para todo o Brasil. Achavam um sucesso”, afirma Fernanda Macharet, que também integra a coordenação estadual. “Surge, então, a partir da articulação com entidades de direitos humanos, a necessidade de fazer alguma intervenção. Divulgamos o relatório e a nota pública. Foi a partir disso que a imprensa começa a denunciar policiais envolvidos com corrupção. Geramos algum movimento do Estado”, completa.

Mais do que um partido de bermudas


Talvez devido ao doloroso processo de fragmentação que sofreram ao longo de vários anos, os jovens comunistas têm uma visão madura de sua nova inserção no processo político. Afirmam que reivindicam tanto os acertos quanto reconhecem os erros da organização, e do PCB, ao longo da História. Até porque, como fazem questão de frisar, a UJC esteve envolvida nas mesmas polêmicas do partidão – como o posicionamento quanto à adesão ou não à luta armada, nos anos 1960. “A gente não tem mais aquela ilusão de que os partidos comunistas sejam os portadores da verdade no processo revolucionário”, explica Luís Fernandes. “Mas permanece o sentimento de que o socialismo é uma necessidade concreta do movimento da humanidade. A solução para os problemas sociais, econômicos, ambientais, culturais perpassa pela criação de uma nova fórmula de organização da vida”, diz.

Por isso, uma nova forma de atuação da UJC é construir projetos de intervenção em conjunto com os movimentos sociais. No universo acadêmico, eles estão desenvolvendo o Universidade Popular. “Estamos construindo esse projeto ouvindo os mais diversos setores”, explica Fernanda Macharet. Entretanto, inserem seu planejamento num tipo de militância que, dizem, se diferencia da linha de outras organizações ligadas a outros partidos. “A nossa diferença de intervenção é tentar construir um projeto para além das demandas imediatas do estudante”, explica Luís. Dessa articulação com outros setores, sonham construir a mesma frente antiimperialista e anticapitalista, de caráter contra-hegemônico, que o PCB tem defendido desde as eleições presidenciais de 2006.

Mesmo na maneira como se articulam com os movimentos, não buscam o mesmo protagonismo do passado. “A gente não tem a pretensão de ser o dono do processo. Temos que conhecer essas lutas, e fazer a mediação com a nossa linha estratégica, que é de ruptura. É assim que tentamos nos articular com os movimentos sociais nas diversas frentes”, defende Maurício Souza. Os jovens se organizam de forma diferente do partido. Não têm um secretário geral, mas uma secretaria geral colegiada, nacional. “Não é um minipartido político. A gente tenta ter outro formato. Temos os nossos núcleos, e as lutas transversais – o militante que atua junto ao MST, o que está na luta pela moradia, pelos direitos humanos, etc”, afirma Luís. A julgar pela alegria como expõe sua estratégia, seu avanço político não tende a ser um voo de galinha.

A tradição do jovem

Fundada em agosto de 1927, a UJC foi a primeira organização da juventude de esquerda da História do Brasil. Com influencia crescente, vai ter uma atuação importante no processo de formulação da União Nacional dos Estudantes (UNE). Basta dizer que o único fundador vivo da UNE é Irun Santana, ex-integrante da UJC. A juventude comunista começa, então, a elaborar um esboço de formulação sobre a realidade brasileira. Logo em 1928, organizam seu primeiro congresso. Já era, desde o início, tempo de forte repressão por parte do Estado contra o comunismo. Os anos se seguem e a história da juventude do partidão será sempre de altos e baixos. Ora governos reprimem e levam a organização à fragmentação, ora eles ser articulam e retomam força.

O momento de maior estrangulamento é a década de 1970. Após a forte repressão por parte da ditadura civil militar (1964-1985), o partido tem grande dificuldade de se manter – sobretudo de organizar sua juventude. Nos anos 1960, a formação do PCdoB – e sua União da Juventude Socialista (UJS) – já fragmentara a luta comunista. E em 1992, com o revés soviético, a maioria dos dirigentes do PCB decide fundar um novo partido. Surge o Partido Popular Socialista (PPS) – que hoje, na oposição ao governo Dilma, se alinha com o PSDB e o DEM. Debilitado, o PCB começa a articular seu erguimento. O consenso neoliberal do período, entretanto, freia maiores voos. É apenas na década de 2000 que ele se reestrutura. A UJC ganha fôlego novo a partir de 2006. Para o próximo congresso, em 2012, prevêem mais de 300 delegados. Estão convictos de que dias melhores estão guardados para o futuro.


Fonte: Fazendo Media.com

acHadOs!



Fonte: malvados.com

domingo, 1 de maio de 2011

Fatos e conversa fora.


Nenhum poeta desalmado do século passado, nem ao menos um poeta moderno romântico, pós-moderno apaixonado, contra atual, global, intelectual, analfabeto... Nenhum deles, ao menos uma vez, teria tratado com relevância aquilo que chamo de Nós. Que não somos nós, propriamente. Somos Eu e VOCÊ, do outro lado... Tão longe a ponto de estarmos de lados opostos.
Ao coração amante das paixões mais desconcertadas resta o abandono, de certo triste, por não ouvir falar dessa nossa ópera de palavras cruzadas. Esse é o meu fardo, por assim dizer. E o carrego como posso, entre os dedos, dentre os dentes, por inconseqüência.
Digo logo que não quero mais. Não mais essa coisa burra de me por longe para criar um ato romântico, só por que me convenci em algum dia da minha vida que romantismo era drama. Chega de drama! Não quero mais, não comigo, não mais! Decidi nesse instante que terei a sua face frente a minha, sem terror. Não separaremos o EU de VOCÊ, pelo menos não por uma noite. E dessa noite há de nascer como conseqüência outro dia, e nesse dia transpiraremos o que pudermos e o que quisermos de intimidade. Atropelando os poetas, os pessimistas e os nossos ancestrais.