sexta-feira, 20 de maio de 2011

Sem Alarde


A Quarenta e oito horas eu não durmo. A quarenta e oito horas eu não sinto o meu corpo que faz parte do circo na qual o otimismo mora. E a quantos dias eu não sei de mais nada? A quantos dias de breves risadas? A quantas auroras de geniais promessas de um mundo de carne, de osso e exagero? E todo aquele fluxo de novidades e seus alitos e suas noites, e calamidades... Olha pra minha cara, minha gente! Olha e vê. A minha guerra é pelo amor! Já ouviram tamanha incongruência?! Sim, eu não pedi pra fazer sentido, e nem pensei em explicação, mas acabo na sarjeta com os velhos sonhos de evolução. Por que a noite não acabou. Eu não acordei e não pude dormir, e me senti em um sonho vigilante. Só imploro por novidades e que a guerra acabe logo!

Imploro o caos! Minha nossa! Luzes aqui, por favor. Senhoras e senhores eu imploro por uma bomba mundial que salvara nossas vidas. Assim será, sem alarde. Assim é quando acaba a bruxaria das novas mercadorias que nos tornamos. Sangramos por essas quarenta e oito horas de sonhos, tudo que nos parecia realista. Manchamos os documentos e adulteramos a fachada, e no fim dessa quase madrugada, não sabemos de muito. Ouso dizer que não sabemos de nada.
- Então por que amanhece-te sonhadora, bela filha da lua?
E eu não pude responder, por que o céu ainda me parece vermelho.

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