domingo, 1 de maio de 2011

Fatos e conversa fora.


Nenhum poeta desalmado do século passado, nem ao menos um poeta moderno romântico, pós-moderno apaixonado, contra atual, global, intelectual, analfabeto... Nenhum deles, ao menos uma vez, teria tratado com relevância aquilo que chamo de Nós. Que não somos nós, propriamente. Somos Eu e VOCÊ, do outro lado... Tão longe a ponto de estarmos de lados opostos.
Ao coração amante das paixões mais desconcertadas resta o abandono, de certo triste, por não ouvir falar dessa nossa ópera de palavras cruzadas. Esse é o meu fardo, por assim dizer. E o carrego como posso, entre os dedos, dentre os dentes, por inconseqüência.
Digo logo que não quero mais. Não mais essa coisa burra de me por longe para criar um ato romântico, só por que me convenci em algum dia da minha vida que romantismo era drama. Chega de drama! Não quero mais, não comigo, não mais! Decidi nesse instante que terei a sua face frente a minha, sem terror. Não separaremos o EU de VOCÊ, pelo menos não por uma noite. E dessa noite há de nascer como conseqüência outro dia, e nesse dia transpiraremos o que pudermos e o que quisermos de intimidade. Atropelando os poetas, os pessimistas e os nossos ancestrais.

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