domingo, 21 de agosto de 2011

" Terrorismo de estado americano ameaça a humanidade!"

Miguel Orlando rodrigues

"A humanidade enfrenta a mais grave crise de civilização da sua história. Ela difere de outras, anteriores, por ser global, afectando a totalidade do planeta. É uma crise política, social, militar, financeira, económica, energética, ambiental, cultural.

O homem realizou nos últimos dois séculos conquistas prodigiosas. Se fossem colocadas a serviço da humanidade, permitiriam erradicar da Terra a fome, o analfabetismo, as guerras, abrindo portas a uma era de paz e prosperidade.

Mas não é o que acontece. Uma minoria insignificante controla e consome os recursos naturais existentes e a esmagadora maioria vive na pobreza ou na miséria.

O fim da bipolaridade, após a desagregação da URSS, permitiu aos Estados Unidos adquirir uma superioridade militar, política e económica enorme que passou a usar como instrumento de um projecto de dominação universal. As principais potências da União Europeia, nomeadamente o Reino Unido, a Alemanha e a França tornaram-se cúmplices dessa perigosa política.

O sistema de poder que tem o seu pólo em Washington, incapaz de encontrar solução para a crise do seu modelo, inseparável da desigualdade social, da sobre-exploraçao do trabalho e do esgotamento gradual dos mecanismos de acumulação, concebeu e aplica uma estratégia imperial de agressão a povos do chamado Terceiro Mundo.

Em guerras ditas de baixa intensidade, promovidas pelos EUA e seus aliados, morreram nos últimos sessenta anos mais de trinta milhões de pessoas. Algumas particularmente brutais, definidas como "preventivas" visaram o saque dos recursos naturais dos povos agredidos.

Reagan criou a expressão "o império do mal" para designar a URSS no final da guerra fria. George Bush pai vulgarizou o conceito de "estados canalhas" para satanizar países cujos governos não se submetiam às exigências imperiais. Entre eles incluiu o Irão, a Coreia Popular, a Líbia e Cuba.

Em Setembro de 2001, após os atentados que destruíram o World Trade Center e demoliram uma ala do Pentágono, George W. Bush (o filho) utilizou o choque emocional provocado por esse trágico acontecimento para desenvolver uma estratégia que fez da "luta contra o terrorismo" a primeira prioridade da política estado-unidense.

Uma gigantesca campanha mediática foi desencadeada, com o apoio do Congresso, para criar condições favoráveis à implantação da política defendida pela extrema-direita. Segundo Bush e os neocon, "a segurança dos EUA" exigia medidas excepcionais na esfera internacional e na interna.

Os grandes jornais, as cadeias de televisão, as rádios, a explorando a indignação popular e o medo, apoiaram iniciativas como o Patriot Act que suspendeu direitos e garantias constitucionais, legalizando a prática de crimes e arbitrariedades. A irracionalidade contaminou o mundo intelectual e até em universidades tradicionais professores progressistas foram despedidos e houve proibição de livros de autores célebres.

A campanha adquiriu rapidamente um carácter de caça às bruxas, com perseguições maciças a muçulmanos. Uma vaga de anti-islamismo varreu os EUA, com a cumplicidade dos grandes media. O Congresso legalizou a tortura.

No terreno internacional, o povo do Afeganistão foi a primeira vítima da "cruzada contra o terrorismo". Os EUA, a pretexto de que o governo do mullah Omar não lhe entregava Bin Laden – declarado inimigo numero um de Washington – invadiu, bombardeou e ocupou aquele pais.

Seguiu-se o Iraque após uma campanha de desinformação de âmbito mundial. O Governo de Bagdad foi acusado de acumular armas de extermínio massivo e de ameaçar portanto a segurança dos EUA e da Humanidade. A acusação era falsa, como se provou mais tarde, e os EUA não conseguiram obter o apoio do Conselho de Segurança. Mas, ignorando a posição da ONU, invadiram, vandalizaram e ocuparam o país. Inicialmente contaram somente com o apoio do Reino Unido.

Crimes monstruosos foram cometidos no Afeganistão e no Iraque pelas forças de ocupação. A tortura de prisioneiros no presídio de Abu Ghrabi assumiu proporções de escândalo mundial. Ficou provado que o alto comando do exército e o próprio secretário da Defesa, Donald Rumsfeld tinham autorizado esses actos de barbárie. Mas a Justiça norte-americana limitou-se a punir com penas leves meia dúzia de torcionários.

Simultaneamente, milhares de civis, acusados de "terroristas" -muitos nunca tinham sequer pegado numa arma – foram levados para a base de Guantanamo, em Cuba, e para cárceres da CIA instalados em países da Europa do Leste.

As Nações Unidas não somente ignoraram essas atrocidades como acabaram dando o seu aval à instalação de governos títeres em Cabul e Bagdad e ao envio para ali de tropas de muitos países. No caso do Afeganistão, a NATO, violando o seu próprio estatuto, participa activamente, com 40 mil soldados, da agressão às populações. Dezenas de milhares de mercenários estão envolvidas nessas guerras.

(...) "

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Rússia e Irã esperam retomar negociações sobre tema nuclear

Os chefes da diplomacia russa e iraniana manifestaram nesta quarta-feira em Moscou a sua esperança de que as negociações internacionais sobre o programa nuclear iraniano, estagnadas desde janeiro, possam ser retomadas após o Irã ter considerado a proposta russa como "positiva".

"A proposta russa contém bons elementos", declarou o chanceler iraniano Ali Akbar Salehi, numa coletiva de imprensa em Moscou. "Vamos estudar todos os detalhes desta proposta. É positiva", disse ele após um encontro com seu homólogo russo, Serguei Lavrov.

Salehi considera que a proposta russa tornaria possível retomar as negociações com as grandes potências do grupo 5+1 (os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU: Estados Unidos, Rússia, França, Grã-Bretanha, China, além de Alemanha). "Esperamos que esses elementos tornem possível entrarmos em uma nova fase ativa de trabalhos que conduzirão finalmente a solucionarmos esses assuntos" sobre o programa nuclear iraniano, declarou Lavrov.

Salehi também insistiu, em declarações à agência iraniana ISNA, sobre a necessidade de se chegar a uma solução relativa ao tema nuclear. "A base de nossas ações é o encontro com Serguei Lavrov (...). Declaramos que estamos de acordo com o espírito do plano para começar um novo processo e avançar passo a passo", indicou Salehi. "Acreditamos que o assunto nuclear deve ser solucionado. Com as recentes evoluções, uma nova página se abre nas relações entre Irã e Rússia", completou.

As declarações dos ministros de Relações Exteriores ocorrem depois de terem sido realizadas reuniões bilaterais em Teerã, após as quais o presidente iraniano, Mahmod Ahmadinejad, recebeu de forma favorável a iniciativa russa. "A República Islâmica do Irã recebeu favoravelmente a proposta russa de uma aproximação 'passo a passo' e está disposta a formular sugestões para cooperar nesse campo", disse Ahmadinejad em um encontro com o secretário do Conselho de Segurança russo, Nikolai Patrushev.

A Rússia, parceira do Irã, constrói a central de Boushehr (sul do Irã), de uma capacidade de 1.000 megawatts, que deve entrar em funcionamento no fim de agosto. As autoridades russas querem relançar as negociações sobre o tema nuclear entre o Irã e as grandes potências, interrompidas em janeiro.


Fonte: Terra.com

A Proposta da Universidade Popular

O debate sobre a proposta da Universidade Popular se dá em meio à discussão sobre os rumos da luta de classes no Brasil, num contexto em que há mais aportes de recursos federais para a expansão do sistema universitário público e pressões populares para a entrada no ensino superior, marcados, no entanto, por uma indução à flexibilização dos currículos, pelo avanço de diferentes formas de privatização da Universidade e pela precarização geral das condições de trabalho e ensino nas instituições de ensino superior, principalmente no âmbito da graduação. Permeia, também, o debate em torno da Universidade Popular, o debate sobre os limites da Autonomia universitária, assim como o papel político, econômico e cultural da universidade.

Deve ser criado, assim o Movimento Nacional por uma Universidade Popular, balizado pelos seguintes princípios:

- A Universidade Popular deve ser uma instituição de não-mercado, tendo seus esforços de ensino, pesquisa e extensão definidos a partir das necessidades do país, das demandas da maioria da população, da classe trabalhadora.

- deve ser estatal, gratuita, de acesso universal; o sistema universitário público deve passar por uma franca expansão, balizada, entretanto, e necessariamente, pela exigência de alta qualidade;

- deve ser amplamente democrática, entendendo que, por ser uma instituição complexa, sua condução deve ser exercida de forma colegiada, respeitando-se suas características intrínsecas e contemplando-se todos os seus segmentos, assim como as principais representações da sociedade civil;

- deve ser financiada plenamente pelo orçamento federal, garantidos os recursos para sua correta manutenção e sua franca expansão;

- deve ser autônoma, devendo ser criado o sistema nacional de universidades autônomas, para a garantia de elevados padrões de qualidade para todas as instituições, em meio à sua diversidade;

- deve ser engajada, ter papel político na luta pelas transformações sociais, disputando a hegemonia cultural, política e ideológica a partir de posicionamentos e iniciativas anticapitalistas e socialistas;

- deve ser balizada por um projeto de desenvolvimento nacional voltado para a maioria da população, para os segmentos menos favorecidos e com dificuldades especiais, apontando para a superação do capitalismo e para a construção da nova sociedade e do novo homem, sustentado técnica e cientificamente por sua capacitação interna;

- deve buscar o diálogo com o saber popular, reconhecendo-o, organizando-o e devolvendo-o à população para seu domínio e usufruto;

Institucionalmente, a Universidade Popular organizará o seu trabalho nos eixos do Ensino, da Pesquisa e da Extensão de acordo com sua definição e finalidade. Assim, a UP deverá ter:

- Ensino crítico, voltado para a formação plena do estudante, para a formação da consciência crítica e para o papel transformador da realizada a ser desempenha no futuro exercício da profissão; o ensino deverá estar diretamente ligado aos esforços de pesquisa e de extensão, em sentido amplo;

- seus esforços de Pesquisa voltados prioritariamente para a solução dos grandes problemas do país e da classe trabalhadora;

- seus esforços de extensão organizados em grandes eixos de ação, envolvendo o conjunto das instituições, para atuação direta junto à sociedade privilegiando a atuação junto às camadas menos favorecidas, visando à criação de modelos para a solução de seus problemas mais graves; através das ações de Extensão, a Universidade Popular auxiliará na promoção do acesso de todos ao patrimônio cultural organizado socialmente, e, ao mesmo tempo, buscará estudar, preservar e divulgar a cultura popular.



Fonte: ujc.org

sábado, 13 de agosto de 2011

Formação Politica (MG) - União da Juventude Comunista




2,3 e 4 de Setembro - Universidade Popular! Se ligaaaa





Eixos Centrais:






1)Ciência e Tecnologia
2) Autonomia e Democracia
3) Formação Universitária
4) Universidade e Sociedade

Não se constrói uma Universidade Popular em uma sociedade capitalista, com valores e ideologias conturbadas pela a lógica do mercado e do consumismo. Uma nova universidade é possível, assim como é possível uma nova sociabilidade, com outras prioridades e voltada para a comunidade e construída por ela. O atual espaço da instituição universitária não é democrática nem aberta a reformulações pedagógicas e muito menos estruturais, junto aos movimentos sociais, e sobre essa ditadura camuflada nós iremos debater. E você?

Constroem o SENUP:

FEAB - Federação dos Estudantes de Agronomia do Brasil
ENESSO – Executiva Nacional dos Estudantes de Serviço Social
GTUP – Grupo de Trabalho Universidade Popular
MUP – Movimento por uma Universidade Popular
Levante Popular da Juventude
Juventude LibRe – Liberdade e Revolução
JCA – Juventude Comunista Avançando
UJC – União da Juventude Comunista
CCLCP – Corrente Comunista Luiz Carlos Prestes
MAS - Movimento Avançando Sindical
Núcleo de Direito à Cidade – USP
PCB - Partido Comunista Brasileiro

domingo, 7 de agosto de 2011

Seminário Nacional sobre Universidade Popular

O debate sobre universidade popular ainda é pouco trabalhado pelo movimento universitário, que vem sendo absorvido por disputas pequenas e que nem sempre acumulam para um horizonte de transformação. Para uqe possamos construir um projeto estratégico para a transformação da universidade, estamos convocando organizações, coletivos, partidos e individuos a se somarem na preparação e realização do I Seminário Nacional sobre Universidade Popular, em Setembro.
Como pré Seminário Nacional, e de grande importância para o Estado do Rio de Janeiro, dias 19 e 20 realizaremos o Seminário Estadual, no Sindipetro - Centro do Rio de Janeiro.
Em Campos já estamos nos organizando para participar do evento, mais informações pelo blog: http://senup2011.blogspot.​com/ ; email: ujcampos@gmail.com