segunda-feira, 27 de setembro de 2010

universitarios em movimento!

Se iniciou na madrugada de sábado para domingo uma manifestação dos alunos de universidades publicas de campos (UFF,UENF, IFF). Uma ocupação pacifica do casarão que fica situado na esquina da UFF e no qual já vinha apresentando problemas no que diz respeito a segurança.

Após o incidente no mês de abril, onde uma aluna quase foi arrastada para dentro do casarão a força, os alunos da UFF fizeram uma manifestação que resultou em um patrulhamento na área que perdura até hoje. Mesmo assim os moradores de rua continuaram a entrar eventualmente burlando a segurança. O casarão continuou não tendo funcionalidade para a sociedade, sendo mais um imóvel abandonado na área urbana de Campos enquanto a demanda de estudantes que vem de outras cidades cresce e não tem onde ficar de inicio. Em fim, eu faço parte desse movimento. Estou no casarão junto com meus colegas e ali permaneceremos em forma de protesto até que se apresentem as soluções.

sábado, 25 de setembro de 2010

Essa tal "Demo-cracia"


A noção de democracia nesse país está corrompida, desmoralizada se é que um dia existiu. Estava sentada na varanda da minha casa a um minuto atrás enquanto na TV o candidato a presidência da republica, José serra, em sua propaganda luxuosa, mostrava pobres criaturas que foram “ajudadas” por ele em suas gestões como Ministro da Saúde e Governador de São Paulo. A imagem vendida é de um homem iluminado por uma bondade comovente. Essa é a imagem do bom político brasileiro. Esse é o comercial que as pessoas querem assistir.


Quando pararmos por um momento e refletimos sobre a nossa função política, pararemos em fim de simplificar nossos sentimentos e nossos discursos tão pobres quanto nosso povo ‘assistencializado’ pelos políticos de ‘bom coração demagogo’.

A democracia precisa de mais do que um voto na urna, ao contrario do que diz comercial eleitoral na TV,o voto não é definitivamente o seu passaporte para um futuro melhor! Melhor porra nenhuma. Sejamos sinceros. Quantos de nós nos organizamos politicamente em prol de uma democracia participativa? A população humilde, e quando falo humilde não me refiro aos que vivem em estado de miséria ou que moram em barracos, humilde no Brasil é também nossa classe que já tem poder de compra, uma classe media (baixa) que surge sem interação política, sem educação, sem acesso a um sistema publico de qualidade... Eles então engendrados em um jogo grandioso onde os que ganham no final não aparecem na propaganda eleitoral, porem, financiam as campanhas dos odiados corruptos e dos adorados politicos do ‘bem’! O povo aplaude, vaia, grita, debate na padaria, no ponto de ônibus mas não identifica o verdadeiro câncer social. São carentes, sobretudo, de discernimento. Não gostam de serem chamados de carentes. São orgulhosos, querem o titulo de classe media afinal já entram no Wall Mart sem contar moedas. Pobres, não sabem o poder que teriam na mão se estivessem juntos e organizados.

Por fim, deixo aqui a meu protesto a respeito dessa má democracia, que além de tudo, ainda exclui os partidos que representam ou tentam representar a parcela na qual me referi anteriormente, o nosso povo carente. Partidos politicos, essencialmente de esquerda que não admitem esse modelo neoliberal. Não fazem parte desse jogo maligno dos grandes capitalistas. Os partidos ‘vermelhos’ (com exceção do PT) não participam de debates, ou melhor, não os deixam participar. Esses partidos (PCB, PSOL, PSTU, PCO) apresentam riscos a essa democracia conveniente aos que já tomaram o poder pela força da manipulação. A força da ‘direita’ está camuflada aos olhos ingênuos do nosso povo carente.

domingo, 12 de setembro de 2010

M

Eu te amo, amo tanto. Nem sei se o teu rosto é aquilo que você pintou. Eu te desprezo quando acaba a paciência. Me queixo por estar aqui, envolta em sua teia. Mas, o que seria de mim sem você? Pariste-me, deu-me seu leite... abraçou-me e fez com que eu parasse de chorar, o meu primeiro grito de desespero por estar no mundo. Eu estava sozinha, sem entender por que de tanta luz, de tanto som, de tantas esquisitices nesse universo que se escancarava sem pedir licença. Eu estava sozinha já que não entendia nada além de mim. Mas é claro que você estava lá, com a minha presença. È claro que você me cumprimentou com os olhos embaçados. È claro que eu senti que podia calar meu pavor traduzido em choro por estar com a única pessoa que poderia confiar.