DIA: 13 DE MAIO no CLUBE FOLHA SECA
Os Carloz
La Haine
Oh! I Kill
EL EFECTO (RJ)
INGRESSOS:
R$10,00 antecipado: na Fluir - atrás do Shopping 28 ou com as bandas.
R$12,00 com o nome na lista: listaamiga.com/lerock (basta fazer um cadastro bem rápido)
R$15,00 na portaria
obs: El Efector é uma banda muito foda!
quarta-feira, 27 de abril de 2011
Conto:
O Gigante Dela
Sentiu que era mesmo minúscula perto daquele gigante. Um gigante de nome nobre. Um gigante chamado paixão. Ele a implorou que abandonasse as convenções e os pudores e pedisse um beijo. Não um beijo comum, mas sim um belo beijo apaixonado. Seu noivo não o fez. Certamente não sabia nada sobre aquele gigante, que aparecera pra ela em uma noite clandestina.
Sua vida seria dividida em duas partes. Antes de conhecer o gigante nobre, ela era uma plebeia descrente, que imaginava sentir um amor romântico por seu então noivo de nome Banal. Porém, depois daquela noite, em que seus sonhos tomaram proporções descomunais, nada seria como antes. Perdoe-me! O seu amado, quase marido, não havia mudado em nada. Não perdera o habito de reclamar do transito mesmo sentado na ultima cadeira do ônibus. Também não havia esquecido de lhe elogiar pela escolha do vestido. Mas o que haveria de ser isso, perto daquele gigantesco mundo que se mostrava atrativo aos seus olhos de princesa desgraçada? Sim! Era desgraçada sua vida. Ao menos antes de conhecer o canto astuto do nobre sentimento que lhe mudara visceralmente.
Não era com seu noivo que gostaria de estar. Talvez, com ele, se o mesmo fosse um pouco diferente. Mas se fosse diferente, seria outro. Um pouco mais apaixonado talvez. Entretanto, não havia nada de errado com aquele homem. Ele parecia ser bom. Mas ela queria uma dança e ele desejaria se casar. Não havia nada errado em se casar, ter filhos, nada mais natural aquela altura. Mas alguém deveria sacudir aquela moça e explicar isso, pois não era assim que ela pensava seu futuro breve. O gigante teria sussurrado em seu ouvido naquela noite e implorado não um beijo, mas que ela fosse de uma vez por todas feliz.
Bruna Mac.
Sentiu que era mesmo minúscula perto daquele gigante. Um gigante de nome nobre. Um gigante chamado paixão. Ele a implorou que abandonasse as convenções e os pudores e pedisse um beijo. Não um beijo comum, mas sim um belo beijo apaixonado. Seu noivo não o fez. Certamente não sabia nada sobre aquele gigante, que aparecera pra ela em uma noite clandestina.
Sua vida seria dividida em duas partes. Antes de conhecer o gigante nobre, ela era uma plebeia descrente, que imaginava sentir um amor romântico por seu então noivo de nome Banal. Porém, depois daquela noite, em que seus sonhos tomaram proporções descomunais, nada seria como antes. Perdoe-me! O seu amado, quase marido, não havia mudado em nada. Não perdera o habito de reclamar do transito mesmo sentado na ultima cadeira do ônibus. Também não havia esquecido de lhe elogiar pela escolha do vestido. Mas o que haveria de ser isso, perto daquele gigantesco mundo que se mostrava atrativo aos seus olhos de princesa desgraçada? Sim! Era desgraçada sua vida. Ao menos antes de conhecer o canto astuto do nobre sentimento que lhe mudara visceralmente.
Não era com seu noivo que gostaria de estar. Talvez, com ele, se o mesmo fosse um pouco diferente. Mas se fosse diferente, seria outro. Um pouco mais apaixonado talvez. Entretanto, não havia nada de errado com aquele homem. Ele parecia ser bom. Mas ela queria uma dança e ele desejaria se casar. Não havia nada errado em se casar, ter filhos, nada mais natural aquela altura. Mas alguém deveria sacudir aquela moça e explicar isso, pois não era assim que ela pensava seu futuro breve. O gigante teria sussurrado em seu ouvido naquela noite e implorado não um beijo, mas que ela fosse de uma vez por todas feliz.
Bruna Mac.
domingo, 17 de abril de 2011
Recomendações Libertárias, I
Estava devendo fazer referências a alguns blogs e sites que tenho visitado e-ou citado neste blog! Um deles é o site "Olhares", que na minha opinião está certamente entre os melhores sites de fotografia que existem na wab, não só pelos fotógrafos incríveis que lá expõem seus trabalhos, mas também pelo próprio formato do site.Inclusive muitas das fotográfias expostas no brunamac.blogspot (surto,musica, e expressão) são extraídos de lá, principalmente as da página "Surto" na qual me aventuro a escrever poesias, e críticas a cerca de variados assuntos.
Outro blog que indico é o "Cinema Secreto: Cinegnose" para quem gosta da temática sobre os mistérios da vida, e a gnóse. Este site faz referências e crítica a filmes sobre o Gnosticismo, de maneira bem direta. Estarei postando eventualmente matérias extraídas deste blog, para contemplar esse assunto que tanto tem me interessado.
Me parece que o site "plantandoconsciencia.org" é a minha mais nova boa descoberta de conteúdo on line sobre crítica politica,e social ligada ao cinema! Foi uma indicação de uma amiga. E pra quem está afim de conhecer bons documentários, com uma boa pitada de politização, é legal conhecer!
Com teor revolucionário, não poderia deixar de citar o blog: Zurdo-Zurdo, na qual seu link se encontra disposto entre a minha lista de blogs. Sua descrição já o sintetiza bem:
"Se abandonar a ingenuidade e os preconceitos do senso comum for útil; se não se deixar guiar pela submissão às idéias dominantes e aos poderes estabelecidos for útil; se buscar compreender a significação do mundo, da cultura, da história for útil; se conhecer o sentido das criações humanas nas artes, nas ciências e na política for útil; se dar a cada um de nós e à nossa sociedade os meios para serem conscientes de si e de suas ações numa prática que deseja a liberdade e a felicidade para todos for útil, então podemos dizer que a Filosofia é o mais útil de todos os saberes de que os seres humanos são capazes." (Marilena Chaui)
Boa viagem!
gnostico (!)
As palavras gnóstico e gnosticismo não são exatamente comuns no vocabulário dos nossos contemporâneos. De fato, há mais pessoas familiarizadas com o antônimo de gnóstico, isto é, "agnóstico"; literalmente, esse termo significa um desconhecedor ou ignorante, mas em sentido figurativo descreve uma pessoa sem fé religiosa, que não se ressente de ser chamada de ateísta. No entanto os gnósticos já existiam muito antes dos agnósticos, e, na maioria, parecem ter representado uma classe muito mais interessante que o último grupo. Em oposição aos não-conhecedores, eles se consideravam conhecedores - gnostikoi, em grego - denotando aqueles que possuem a gnose ou o conhecimento. Os gnósticos viveram, na maior parte, durante os três ou quatro primeiros séculos da Era Cristã. Em geral, provavelmente eles não teriam se autodenominado "gnósticos"; teriam se considerado cristãos, ou mais raramente judeus, ou ainda seguidores das tradições dos antigos cultos do Egito, da Babilônia, da Grécia e de Roma. Não eram sectários nem membros de uma nova religião específica, como queriam seus detratores, mas pessoas que compartilhavam entre si certa atitude perante a vida. Pode-se dizer que essa atitude consistia na convicção de que o conhecimento direto, pessoal e absoluto das verdades autênticas da existência é acessível aos seres humanos, e, mais ainda, que a obtenção de tal conhecimento deve sempre constituir a suprema realização da vida humana.
Esse conhecimento ou Gnose não era concebido como um saber racional de natureza científica, ou mesmo um saber filosófico da verdade, mas um conhecimento que brota no coração de forma misteriosa e intuitiva, sendo, portanto, chamado em pelo menos uma obra gnóstica (o Evangelho da Verdade) de Gnosis Kardias (o conhecimento do coração). Trata-se, é claro, de um conceito que é ao mesmo tempo religioso e altamente psicológico, pois o significado, o propósito da vida não aparece então nem como a fé - com sua ênfase na crença cega, e na também cega repressão - nem como as ações, com sua extrovertida orientação para as boas ações, mas sim como uma transformação e uma visão interior; em suma, um processo ligado à psicologia profunda. Se passarmos a considerar os gnósticos como os primeiros profissionais da psicologia profunda, torna-se imediatamente aparente a razão pela qual a prática e o ensinamento gnóstico, de forma radical, diferia da prática e do ensinamento da ortodoxia cristã e judaica. O conhecimento do coração, em favor do qual os gnósticos se empenhavam não podia ser adquirido por meio de uma barganha com Jeová, ou através de um tratado ou aliança que garantisse bem-estar espiritual e físico ao homem, em troca do cumprimento servil de um conjunto de regras. Da mesma forma, não se poderia obter a Gnose pela mera crença fervorosa de que a atitude de sacrifício de um homem divino na história pudesse aliviar a carga de culpa e frustração de nossos ombros e assegurar bem-aventurança perpétua, além dos limites da existência mortal. Os gnósticos não negaram o benefício do Torá nem a magnificência da figura de Cristo, o ungido do Deus supremo. Eles consideravam a Lei necessária a um certo tipo de personalidade, que precisa de regras para o que atualmente poderíamos chamar de "a formação e o fortalecimento do ego psicológico". Também não negaram a importância da missão do personagem misterioso que, em seu disfarce, era conhecido pelos homens como o rabino Joshua de Nazaré. A Lei e o Salvador, os dois mais reverenciados conceitos de judeus e cristãos tornam-se, para os gnósticos, apenas meios para um fim maior que esses mesmos conceitos. Eles configuravam incentivos e artifícios, de alguma forma capazes de conduzir ao conhecimento pessoal que, uma vez obtido, prescinde tanto da lei como da fé. Para eles, como para Carl Jung muitos séculos depois, a teologia e a ética constituíam apenas pontos de partida no caminho do autoconhecimento.
Dezessete ou dezoito séculos separam-nos dos gnósticos. Durante esse período, o gnosticismo tornou-se não apenas uma fé esquecida (como um de seus intérpretes, G. R. S. Mead, chamou-o), mas também uma fé e uma verdade reprimidas. Aparentemente, quase nenhum outro grupo foi temido e odiado de forma tão incansável e persistente, por quase dois milênios, quanto os infelizes gnósticos. Textos de teologia ainda se referem a eles como os primeiros e mais perniciosos de todos os hereges, e a era do ecumenismo não lhes parece ter estendido nenhum dos benefícios do amor cristão. Muito antes de Hitler, o imperador Constantino e seu cruel episcopado iniciaram a prática do genocídio religioso contra os gnósticos, sendo esses primeiros holocaustos seguidos por muitos outros no decorrer da história. A última grande perseguição terminou com o sacrifício de aproximadamente duzentos gnósticos em 1244, no castelo de Montségur, na França, um acontecimento que Laurence Durell descreveu como "as Termópilas da alma Gnóstica". Apesar disso, alguns proeminentes representantes das vítimas do último holocausto não consideraram a minoria religiosa mais perseguida da história como companheira de infortúnio, como indicam os ataques de Martin Buber a Jung e ao gnosticismo. Judeus e cristãos, católicos, protestantes e os ortodoxos orientais (e, no caso da Gnose Maniqueísta, até os zoroastristas, os muçulmanos e os budistas) odiaram e perseguiram os gnósticos com persistente determinação. Por quê? Seria apenas porque seu antinomianismo ou sua desconsideração pela lei moral escandalizava os rabinos, ou porque suas dúvidas relativas à encarnação física de Jesus e sua reinterpretação da ressurreição enfurecia os sacerdotes? Seria porque eles rejeitavam o casamento e a procriação, como afirmam alguns de seus detratores? Eram eles detestados devido a licenciosidades e orgias, como alegam outros? Ou poderia ocorrer que os gnósticos realmente tivessem algum conhecimento, e que esse conhecimento os tornasse sumamente perigosos às instituições, tanto seculares como eclesiásticas? Não é fácil responder a essa indagação; contudo, deve-se fazer uma tentativa. Poderíamos ensaiar uma resposta dizendo que os gnósticos diferiam da maior parte da humanidade, não apenas em detalhes de crença ou de preceitos éticos, porém em sua visão mais essencial e fundamental da existência e de seu propósito. Sua divergência era "radical" no sentido mais exato da palavra, por reportar-se à raiz (latim: radix) das atitudes e conjeturas da humanidade com respeito à vida. Independentemente de suas crenças filosóficas e religiosas, a maioria das pessoas acalenta certas suposições inconscientes, pertencentes à condição humana, que não originam das atividades convergentes de formulação da consciência, mas que irradiam de um profundo e inconsciente substrato da mente. Essa mente é regida pela biologia, e não pela psicologia; ela é automática, e não está sujeita a escolhas conscientes nem a percepções. A mais importante dessas suposições, a qual poder-se-ia dizer que sintetiza todas as outras, consiste na crença de que o mundo é bom e que o nosso envolvimento nele é de alguma forma desejável e fundamentalmente benéfico. Essa premissa conduz a inúmeras outras, todas mais ou menos caracterizadas pela submissão às condições externas e às leis que parecem governá-las. A despeito dos incontáveis acontecimentos incoerentes e maléficos em nossas vidas, dos incríveis fatos que se sucedem, dos desvios das reiteradas insanidades da história humana, tanto coletiva como individualmente, acreditaremos ser nossa incumbência prosseguir com o mundo, pois ele é, afinal, o mundo de Deus, devendo, portanto, haver significado e bondade ocultos em seus processos, mesmo que seja difícil discerni-los. Assim, devemos continuar no cumprimento de nosso papel dentro do sistema, da melhor maneira possível, sendo filhos obedientes, maridos zelosos, esposas respeitosas, bem-comportados açougueiros, padeiros, fabricantes de velas, esperando contra toda a esperança, que uma revelação do significado resulte, de algum modo, dessa vida de resignação sem sentido. Não é assim, disseram os gnósticos. Dinheiro, poder, governo, constituição de famílias, pagamento de impostos, a infinita série de armadilhas das circunstâncias e obrigações - nada disso foi jamais rejeitado tão total e inequivocamente na história humana como pelos gnósticos. Estes nunca esperaram que alguma revolução política ou econômica pudesse ou devesse eliminar todos os elementos iníquos do sistema em que a alma humana encontra-se aprisionada. Sua rejeição não se referia a um governo ou sistema de propriedade em favor de outro; ao contrário, dizia respeito à total e predominante sistematização da vida e da experiência. Portanto, os gnósticos eram, na verdade, conhecedores de um segredo tão fatal e terrível que os governantes deste mundo - i.e., os poderes secular e religioso, que sempre lucraram com os sistemas estabelecidos da sociedade - não podiam permitir ver esse segredo conhecido, e muito menos tê-lo publicamente proclamado em seus domínios.
Esse conhecimento ou Gnose não era concebido como um saber racional de natureza científica, ou mesmo um saber filosófico da verdade, mas um conhecimento que brota no coração de forma misteriosa e intuitiva, sendo, portanto, chamado em pelo menos uma obra gnóstica (o Evangelho da Verdade) de Gnosis Kardias (o conhecimento do coração). Trata-se, é claro, de um conceito que é ao mesmo tempo religioso e altamente psicológico, pois o significado, o propósito da vida não aparece então nem como a fé - com sua ênfase na crença cega, e na também cega repressão - nem como as ações, com sua extrovertida orientação para as boas ações, mas sim como uma transformação e uma visão interior; em suma, um processo ligado à psicologia profunda. Se passarmos a considerar os gnósticos como os primeiros profissionais da psicologia profunda, torna-se imediatamente aparente a razão pela qual a prática e o ensinamento gnóstico, de forma radical, diferia da prática e do ensinamento da ortodoxia cristã e judaica. O conhecimento do coração, em favor do qual os gnósticos se empenhavam não podia ser adquirido por meio de uma barganha com Jeová, ou através de um tratado ou aliança que garantisse bem-estar espiritual e físico ao homem, em troca do cumprimento servil de um conjunto de regras. Da mesma forma, não se poderia obter a Gnose pela mera crença fervorosa de que a atitude de sacrifício de um homem divino na história pudesse aliviar a carga de culpa e frustração de nossos ombros e assegurar bem-aventurança perpétua, além dos limites da existência mortal. Os gnósticos não negaram o benefício do Torá nem a magnificência da figura de Cristo, o ungido do Deus supremo. Eles consideravam a Lei necessária a um certo tipo de personalidade, que precisa de regras para o que atualmente poderíamos chamar de "a formação e o fortalecimento do ego psicológico". Também não negaram a importância da missão do personagem misterioso que, em seu disfarce, era conhecido pelos homens como o rabino Joshua de Nazaré. A Lei e o Salvador, os dois mais reverenciados conceitos de judeus e cristãos tornam-se, para os gnósticos, apenas meios para um fim maior que esses mesmos conceitos. Eles configuravam incentivos e artifícios, de alguma forma capazes de conduzir ao conhecimento pessoal que, uma vez obtido, prescinde tanto da lei como da fé. Para eles, como para Carl Jung muitos séculos depois, a teologia e a ética constituíam apenas pontos de partida no caminho do autoconhecimento.
Dezessete ou dezoito séculos separam-nos dos gnósticos. Durante esse período, o gnosticismo tornou-se não apenas uma fé esquecida (como um de seus intérpretes, G. R. S. Mead, chamou-o), mas também uma fé e uma verdade reprimidas. Aparentemente, quase nenhum outro grupo foi temido e odiado de forma tão incansável e persistente, por quase dois milênios, quanto os infelizes gnósticos. Textos de teologia ainda se referem a eles como os primeiros e mais perniciosos de todos os hereges, e a era do ecumenismo não lhes parece ter estendido nenhum dos benefícios do amor cristão. Muito antes de Hitler, o imperador Constantino e seu cruel episcopado iniciaram a prática do genocídio religioso contra os gnósticos, sendo esses primeiros holocaustos seguidos por muitos outros no decorrer da história. A última grande perseguição terminou com o sacrifício de aproximadamente duzentos gnósticos em 1244, no castelo de Montségur, na França, um acontecimento que Laurence Durell descreveu como "as Termópilas da alma Gnóstica". Apesar disso, alguns proeminentes representantes das vítimas do último holocausto não consideraram a minoria religiosa mais perseguida da história como companheira de infortúnio, como indicam os ataques de Martin Buber a Jung e ao gnosticismo. Judeus e cristãos, católicos, protestantes e os ortodoxos orientais (e, no caso da Gnose Maniqueísta, até os zoroastristas, os muçulmanos e os budistas) odiaram e perseguiram os gnósticos com persistente determinação. Por quê? Seria apenas porque seu antinomianismo ou sua desconsideração pela lei moral escandalizava os rabinos, ou porque suas dúvidas relativas à encarnação física de Jesus e sua reinterpretação da ressurreição enfurecia os sacerdotes? Seria porque eles rejeitavam o casamento e a procriação, como afirmam alguns de seus detratores? Eram eles detestados devido a licenciosidades e orgias, como alegam outros? Ou poderia ocorrer que os gnósticos realmente tivessem algum conhecimento, e que esse conhecimento os tornasse sumamente perigosos às instituições, tanto seculares como eclesiásticas? Não é fácil responder a essa indagação; contudo, deve-se fazer uma tentativa. Poderíamos ensaiar uma resposta dizendo que os gnósticos diferiam da maior parte da humanidade, não apenas em detalhes de crença ou de preceitos éticos, porém em sua visão mais essencial e fundamental da existência e de seu propósito. Sua divergência era "radical" no sentido mais exato da palavra, por reportar-se à raiz (latim: radix) das atitudes e conjeturas da humanidade com respeito à vida. Independentemente de suas crenças filosóficas e religiosas, a maioria das pessoas acalenta certas suposições inconscientes, pertencentes à condição humana, que não originam das atividades convergentes de formulação da consciência, mas que irradiam de um profundo e inconsciente substrato da mente. Essa mente é regida pela biologia, e não pela psicologia; ela é automática, e não está sujeita a escolhas conscientes nem a percepções. A mais importante dessas suposições, a qual poder-se-ia dizer que sintetiza todas as outras, consiste na crença de que o mundo é bom e que o nosso envolvimento nele é de alguma forma desejável e fundamentalmente benéfico. Essa premissa conduz a inúmeras outras, todas mais ou menos caracterizadas pela submissão às condições externas e às leis que parecem governá-las. A despeito dos incontáveis acontecimentos incoerentes e maléficos em nossas vidas, dos incríveis fatos que se sucedem, dos desvios das reiteradas insanidades da história humana, tanto coletiva como individualmente, acreditaremos ser nossa incumbência prosseguir com o mundo, pois ele é, afinal, o mundo de Deus, devendo, portanto, haver significado e bondade ocultos em seus processos, mesmo que seja difícil discerni-los. Assim, devemos continuar no cumprimento de nosso papel dentro do sistema, da melhor maneira possível, sendo filhos obedientes, maridos zelosos, esposas respeitosas, bem-comportados açougueiros, padeiros, fabricantes de velas, esperando contra toda a esperança, que uma revelação do significado resulte, de algum modo, dessa vida de resignação sem sentido. Não é assim, disseram os gnósticos. Dinheiro, poder, governo, constituição de famílias, pagamento de impostos, a infinita série de armadilhas das circunstâncias e obrigações - nada disso foi jamais rejeitado tão total e inequivocamente na história humana como pelos gnósticos. Estes nunca esperaram que alguma revolução política ou econômica pudesse ou devesse eliminar todos os elementos iníquos do sistema em que a alma humana encontra-se aprisionada. Sua rejeição não se referia a um governo ou sistema de propriedade em favor de outro; ao contrário, dizia respeito à total e predominante sistematização da vida e da experiência. Portanto, os gnósticos eram, na verdade, conhecedores de um segredo tão fatal e terrível que os governantes deste mundo - i.e., os poderes secular e religioso, que sempre lucraram com os sistemas estabelecidos da sociedade - não podiam permitir ver esse segredo conhecido, e muito menos tê-lo publicamente proclamado em seus domínios.
sábado, 16 de abril de 2011
A CONCENTRAÇÃO DA MÍDIA
a mídia está concentrada nas mãos de famílias que também controlam a política. Comecemos pelos EUA:
GENERAL ELECTRIC
Doou 1.1 milhão de dólares pra campanha de G. W. Bush em 2000
Controla:
A NBC (TV aberta) e MSNBC (cabo e provedor de internet), esta última em parceria com a Microsoft (que doou 2.4 milhões de dólares pra campanha de G. W. Bush em 2000).
Ações dos canais Bravo (50%), A&E (25%), History Channel (25%).
Universal Studios (estúdio de cinema)
Outros investimentos:
GE Eletrônicos.
Turbinas pra aviões e reatores nucleares.
WESTINGHOUSE
Seu diretor Nº 1 é Frank Carlucci (do grupo Carlyle)
Controla:
CBS (TV aberta)
Outros investimentos:
A Westinghouse Electric Company presta serviços à indústria de energia nuclear.
VIACOM INTERNATIONAL INC.
Uma divisão da Westinghouse/CBS
Controla:
Paramount (estúdio de cinema)
MTV, VH-1 (canais de música para jovens)
Nickelodeon, Comedy Central
Flix, Blockbuster Video (distribuição de filmes)
DISNEY
Doou 640 mil dólares pra campanha de G. W. Bush em 2000
Controla:
ABC (TV aberta)
ESPN (esportes)
Miramax, Buena Vista, Caravan, Marvel Pictures e Touchtone Pictures (estúdios de cinema)
Ações minoritárias dos canais A&E, History Channel and E! e TiVo
O império Disney, claro.
3 selos musicais
11 jornais locais
66 estações de rádio
Hyperion (editora de livros)
3 revistas
Editora Marvel (quadrinhos)
Infoseek (buscador de internet)
Oscar.com, NBA.com e NASCAR.com
Outros investimentos:
É grande parceira de Sid R. Bass na produção de petróleo cru e gás natural.
Parceira da Hearst Corporation e General Electric (GE) em 12 canais a cabo e 13 canais fora dos EUA
TIME-WARNER
Doou 1.6 milhões de dólares pra campanha de G. W. Bush em 2000
Controla:
America Online (AOL) (Provedora de Internet)
CNN, HBO, Cinemax, Cartoon Network, Comedy Central (50%), E! (49%), TNT
Warner Brothers, New Line Cinema, Castle Rock (estúdios de cinema e TV)
Looney Tunes, Hanna-Barbera (desenhos pra TV, como Tiny Toons e Pernalonga)
Atlantic, Elektra, Rhino, Sire, EMI, WEA (A Time-Warner é a maior companhia de música do mundo, com 49 empresas)
58 revistas, incluindo a Time, Sports Illustrated, People, Fortune, DC Comics (50%) e MAD
Amazon.com
Outros investimentos:
Nos esportes: The Atlanta Braves, The Atlanta Hawks, World Championship Wrestling
NEWS CORPORATION LTD.
Controlada por Rupert Murdoch
Através da Philip Morris, doou 2.9 milhões de dólares pra campanha de G. W. Bush em 2000
Controla:
Fox (TV aberta)
National Geographic channel, FX
Fox International: estações via satélite que incluem a Sky Broadcasting (Inglaterra); VOX (Alemanha); Canal Fox (América latina); FOXTEL (Austrália); STAR TV (Ásia); IskyB (Índia); Bahasa Programming Ltd. (Indonésia) e News Broadcasting (Japão)
Twentieth Century Fox, Fox Searchlight (estúdios de cinema)
132 jornais (113 só na Austrália), incluindo o New York Post e o London Times
25 revistas
HarperCollins (Editora de livros)
Outros investimentos:
Philip Morris USA (braço da multinacional de cigarros)
Esportes: LA Dodgers, LA Kings, LA Lakers, National Rugby League
2 companhias aéreas australianas
Agora você sabe porque qualquer tentativa de investigar à fundo os atentados de 11 de setembro esbarram em silêncio ou descrédito da mídia. Este é um quadro perturbador, com efeitos DIRETOS em todo o mundo (já que todos consomem o american way of life e seus artistas direta ou indiretamente, seja pela TV, shows ou Internet).
No Brasil o quadro não é diferente. Segundo artigo de Marco Aurélio Weissheimer, no "Carta Maior":
O poder midiático no Brasil se concentra nas mãos de algumas poucas famílias e empresas. O maior grupo de comunicação do país, a Rede Globo, possui 227 veículos, entre próprios e afiliados. É o único dos grandes conglomerados que possui todos os tipos de mídia, a maioria dos principais grupos regionais e a única presente em todos os Estados brasileiros. A indústria televisiva domina o mercado da publicidade, detendo cerca de 56,1% de suas verbas. Em segundo lugar vêm os jornais, com 21,5%, as revistas com 10,6% e as rádios com 4,9%. Todos os outros veículos somados chegam a 6,9% do mercado publicitário. Sozinha, a Rede Globo detém mais da metade do mercado televisivo brasileiro.
Além do imenso poderio da Globo, outros seis grandes grupos regionais se destacam. A família Sirotsky comanda a Rede Brasil Sul de Comunicações (RBS), controlando o mercado midiático no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. A família Jereissati está presente no Ceará e em Alagoas. A família Daou tem grande influência no Acre, Amapá, Rondônia e Roraima. A mídia da Bahia pertence à família Magalhães. No Mato Grosso e no Mato Grosso do Sul, os negócios são controlados pela família Zahran. E, por fim, a família Câmara tem grande influência em Goiás, Distrito Federal e Tocantins. Segundo dados da Associação Nacional de Jornais, relativos ao período 2001-2003, apenas 6 grupos empresariais concentram a propriedade de mais da metade da circulação diária de notícias impressas no país. Sozinhos, estes veículos respondem por cerca de 55,46% de toda produção diária dos jornais impressos.
Ele esqueceu o Maranhão, que é dominado pela família Sarney.
Na Itália temos Silvio Berlusconi (pesquisem).
Perceberam a conexão mídia/política? Então antes de encher a boca pra falar do PIG, ou da mídia golpista, pense nas ligações dessas famílias, de vários partidos que aparentemente "brigam" entre si, mas sempre mantendo seus feudos e seus interesses. São 133 parlamentares que possuem alguma ligação com empresas de comunicação, sejam eles donos ou tendo um parente como dono. Coincidência? Não. Nem o almoço da Dilma com Lili Marinho.
Fonte: saindodamatrix.com.br
GENERAL ELECTRIC
Doou 1.1 milhão de dólares pra campanha de G. W. Bush em 2000
Controla:
A NBC (TV aberta) e MSNBC (cabo e provedor de internet), esta última em parceria com a Microsoft (que doou 2.4 milhões de dólares pra campanha de G. W. Bush em 2000).
Ações dos canais Bravo (50%), A&E (25%), History Channel (25%).
Universal Studios (estúdio de cinema)
Outros investimentos:
GE Eletrônicos.
Turbinas pra aviões e reatores nucleares.
WESTINGHOUSE
Seu diretor Nº 1 é Frank Carlucci (do grupo Carlyle)
Controla:
CBS (TV aberta)
Outros investimentos:
A Westinghouse Electric Company presta serviços à indústria de energia nuclear.
VIACOM INTERNATIONAL INC.
Uma divisão da Westinghouse/CBS
Controla:
Paramount (estúdio de cinema)
MTV, VH-1 (canais de música para jovens)
Nickelodeon, Comedy Central
Flix, Blockbuster Video (distribuição de filmes)
DISNEY
Doou 640 mil dólares pra campanha de G. W. Bush em 2000
Controla:
ABC (TV aberta)
ESPN (esportes)
Miramax, Buena Vista, Caravan, Marvel Pictures e Touchtone Pictures (estúdios de cinema)
Ações minoritárias dos canais A&E, History Channel and E! e TiVo
O império Disney, claro.
3 selos musicais
11 jornais locais
66 estações de rádio
Hyperion (editora de livros)
3 revistas
Editora Marvel (quadrinhos)
Infoseek (buscador de internet)
Oscar.com, NBA.com e NASCAR.com
Outros investimentos:
É grande parceira de Sid R. Bass na produção de petróleo cru e gás natural.
Parceira da Hearst Corporation e General Electric (GE) em 12 canais a cabo e 13 canais fora dos EUA
TIME-WARNER
Doou 1.6 milhões de dólares pra campanha de G. W. Bush em 2000
Controla:
America Online (AOL) (Provedora de Internet)
CNN, HBO, Cinemax, Cartoon Network, Comedy Central (50%), E! (49%), TNT
Warner Brothers, New Line Cinema, Castle Rock (estúdios de cinema e TV)
Looney Tunes, Hanna-Barbera (desenhos pra TV, como Tiny Toons e Pernalonga)
Atlantic, Elektra, Rhino, Sire, EMI, WEA (A Time-Warner é a maior companhia de música do mundo, com 49 empresas)
58 revistas, incluindo a Time, Sports Illustrated, People, Fortune, DC Comics (50%) e MAD
Amazon.com
Outros investimentos:
Nos esportes: The Atlanta Braves, The Atlanta Hawks, World Championship Wrestling
NEWS CORPORATION LTD.
Controlada por Rupert Murdoch
Através da Philip Morris, doou 2.9 milhões de dólares pra campanha de G. W. Bush em 2000
Controla:
Fox (TV aberta)
National Geographic channel, FX
Fox International: estações via satélite que incluem a Sky Broadcasting (Inglaterra); VOX (Alemanha); Canal Fox (América latina); FOXTEL (Austrália); STAR TV (Ásia); IskyB (Índia); Bahasa Programming Ltd. (Indonésia) e News Broadcasting (Japão)
Twentieth Century Fox, Fox Searchlight (estúdios de cinema)
132 jornais (113 só na Austrália), incluindo o New York Post e o London Times
25 revistas
HarperCollins (Editora de livros)
Outros investimentos:
Philip Morris USA (braço da multinacional de cigarros)
Esportes: LA Dodgers, LA Kings, LA Lakers, National Rugby League
2 companhias aéreas australianas
Agora você sabe porque qualquer tentativa de investigar à fundo os atentados de 11 de setembro esbarram em silêncio ou descrédito da mídia. Este é um quadro perturbador, com efeitos DIRETOS em todo o mundo (já que todos consomem o american way of life e seus artistas direta ou indiretamente, seja pela TV, shows ou Internet).
No Brasil o quadro não é diferente. Segundo artigo de Marco Aurélio Weissheimer, no "Carta Maior":
O poder midiático no Brasil se concentra nas mãos de algumas poucas famílias e empresas. O maior grupo de comunicação do país, a Rede Globo, possui 227 veículos, entre próprios e afiliados. É o único dos grandes conglomerados que possui todos os tipos de mídia, a maioria dos principais grupos regionais e a única presente em todos os Estados brasileiros. A indústria televisiva domina o mercado da publicidade, detendo cerca de 56,1% de suas verbas. Em segundo lugar vêm os jornais, com 21,5%, as revistas com 10,6% e as rádios com 4,9%. Todos os outros veículos somados chegam a 6,9% do mercado publicitário. Sozinha, a Rede Globo detém mais da metade do mercado televisivo brasileiro.
Além do imenso poderio da Globo, outros seis grandes grupos regionais se destacam. A família Sirotsky comanda a Rede Brasil Sul de Comunicações (RBS), controlando o mercado midiático no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. A família Jereissati está presente no Ceará e em Alagoas. A família Daou tem grande influência no Acre, Amapá, Rondônia e Roraima. A mídia da Bahia pertence à família Magalhães. No Mato Grosso e no Mato Grosso do Sul, os negócios são controlados pela família Zahran. E, por fim, a família Câmara tem grande influência em Goiás, Distrito Federal e Tocantins. Segundo dados da Associação Nacional de Jornais, relativos ao período 2001-2003, apenas 6 grupos empresariais concentram a propriedade de mais da metade da circulação diária de notícias impressas no país. Sozinhos, estes veículos respondem por cerca de 55,46% de toda produção diária dos jornais impressos.
Ele esqueceu o Maranhão, que é dominado pela família Sarney.
Na Itália temos Silvio Berlusconi (pesquisem).
Perceberam a conexão mídia/política? Então antes de encher a boca pra falar do PIG, ou da mídia golpista, pense nas ligações dessas famílias, de vários partidos que aparentemente "brigam" entre si, mas sempre mantendo seus feudos e seus interesses. São 133 parlamentares que possuem alguma ligação com empresas de comunicação, sejam eles donos ou tendo um parente como dono. Coincidência? Não. Nem o almoço da Dilma com Lili Marinho.
Fonte: saindodamatrix.com.br
sexta-feira, 15 de abril de 2011
A hipocrisia da classe média
Por Ari de Oliveira Zenha
“Para os trabalhadores a verdade é uma arma portadora da vitória e o é tanto mais quanto mais audaciosa for.”
Georg Lukács
A classe média tem desempenhado historicamente um papel importante dentro do sistema capitalista. Como o próprio termo diz média, intermediária, entre dois pólos, atua como uma espécie de amortecedor e alavancador do sistema produtivo do capital, isto política, social e economicamente.
Foi com o advento do capital e sua consolidação como sistema produtivo que esta classe foi adquirindo importância e amplitude.
A formação política da classe média, e isto, falando de forma ampla, é extremamente conservadora e reacionária. Seu projeto de existir, de viver, de agir, de atuar, apesar de ter uma diretriz, um rumo, um objetivo, é conflituoso enquanto classe em si e para si. Este conflito se manifesta em todos os níveis da existência humana. Ao se tornar uma classe para si, ela teve que optar por um projeto político e econômico, e, abraçou o capital como o seu provedor político, econômico e social.
Posicionando dentro deste espectro amplo do sistema econômico capitalista a classe média teve seu apogeu, principalmente nos países desenvolvidos, nas décadas de cinqüenta e sessenta, depois disso tem entrado em um processo de decadência e degeneração incrível. A degeneração da classe média está clara hoje no mundo globalizado do capitalismo. Em toda a parte do planeta esta classe tem apresentado traços, que poderíamos dizer: patológico, alienante, egoísta, cultuando o corpo pelo corpo, o viver pelo viver, o medo doentio é sua marca registrada, pois ao abraçar o sistema capitalista decadente ela absorveu e tem absorvido todo o modus degradante que é inerente deste sistema.
O existir da classe média dentro do capital é viver no inferno pensando no paraíso prometido pelo capital.
A decadência globalizada do capitalismo atualmente, leva consigo não só a classe média, mas todo o nosso planeta. Como classe este aglomerado de seres humanos, sem projeto próprio, perdido entre a burguesia e os trabalhadores, procura refúgio nas formas avançadas do processo tecnológico que o capital oferece e no seu deleite consumista. Falar em classe para este aglomerado humano no sentido clássico dado a ele pelo materialismo histórico é forçar um pouco as coisas, mas devido à importância que ela teve e ainda tem como formadora de opinião e como força política que é, não seria muito incorreto tratá-la como classe, sabendo de antemão destes limites teóricos, históricos e reais.
Perdida que está, dilacerada no âmago do seu ser, a classe média tenta, de todas as formas lutar, e se debate entre sua extinção como classe pelo capital e como força política hoje, tomando, a força, consciência da iniqüidade do capital e dos seus limites enquanto classe, sem projeto e vida própria que na realidade sempre foi isto que a caracterizou e caracteriza.
Sem vida própria, a classe média não é mais que um aglomerado numeroso de seres humanos, lutando desbragadamente a procura da tão falada felicidade do capitalismo e o seu temor de se proletarizar, envolta no desemprego crônico, na insegurança, no medo e no eterno conflito político/econômico histórico que a caracteriza enquanto classe. Abraçar a transformação da sociedade ou tornar-se de fato uma força política contrária aos interesses da sobrevivência digna do ser humano neste planeta é um dos seus dilemas.
Classe média, aglomerado de milhões de seres humanos perdidos diante da avalanche destruidora do capital, é diante desta realidade que a classe média se encontra. Abraçar a transformação pelo socialismo-democrático-popular ou enterrar-se na destruição do planeta que o capital está impondo ao mundo todo, este, enfim, é o seu dilema que a mortifica!
Será...?!
Fonte: http://carosamigos.terra.com.br/
“Para os trabalhadores a verdade é uma arma portadora da vitória e o é tanto mais quanto mais audaciosa for.”
Georg Lukács
A classe média tem desempenhado historicamente um papel importante dentro do sistema capitalista. Como o próprio termo diz média, intermediária, entre dois pólos, atua como uma espécie de amortecedor e alavancador do sistema produtivo do capital, isto política, social e economicamente.
Foi com o advento do capital e sua consolidação como sistema produtivo que esta classe foi adquirindo importância e amplitude.
A formação política da classe média, e isto, falando de forma ampla, é extremamente conservadora e reacionária. Seu projeto de existir, de viver, de agir, de atuar, apesar de ter uma diretriz, um rumo, um objetivo, é conflituoso enquanto classe em si e para si. Este conflito se manifesta em todos os níveis da existência humana. Ao se tornar uma classe para si, ela teve que optar por um projeto político e econômico, e, abraçou o capital como o seu provedor político, econômico e social.
Posicionando dentro deste espectro amplo do sistema econômico capitalista a classe média teve seu apogeu, principalmente nos países desenvolvidos, nas décadas de cinqüenta e sessenta, depois disso tem entrado em um processo de decadência e degeneração incrível. A degeneração da classe média está clara hoje no mundo globalizado do capitalismo. Em toda a parte do planeta esta classe tem apresentado traços, que poderíamos dizer: patológico, alienante, egoísta, cultuando o corpo pelo corpo, o viver pelo viver, o medo doentio é sua marca registrada, pois ao abraçar o sistema capitalista decadente ela absorveu e tem absorvido todo o modus degradante que é inerente deste sistema.
O existir da classe média dentro do capital é viver no inferno pensando no paraíso prometido pelo capital.
A decadência globalizada do capitalismo atualmente, leva consigo não só a classe média, mas todo o nosso planeta. Como classe este aglomerado de seres humanos, sem projeto próprio, perdido entre a burguesia e os trabalhadores, procura refúgio nas formas avançadas do processo tecnológico que o capital oferece e no seu deleite consumista. Falar em classe para este aglomerado humano no sentido clássico dado a ele pelo materialismo histórico é forçar um pouco as coisas, mas devido à importância que ela teve e ainda tem como formadora de opinião e como força política que é, não seria muito incorreto tratá-la como classe, sabendo de antemão destes limites teóricos, históricos e reais.
Perdida que está, dilacerada no âmago do seu ser, a classe média tenta, de todas as formas lutar, e se debate entre sua extinção como classe pelo capital e como força política hoje, tomando, a força, consciência da iniqüidade do capital e dos seus limites enquanto classe, sem projeto e vida própria que na realidade sempre foi isto que a caracterizou e caracteriza.
Sem vida própria, a classe média não é mais que um aglomerado numeroso de seres humanos, lutando desbragadamente a procura da tão falada felicidade do capitalismo e o seu temor de se proletarizar, envolta no desemprego crônico, na insegurança, no medo e no eterno conflito político/econômico histórico que a caracteriza enquanto classe. Abraçar a transformação da sociedade ou tornar-se de fato uma força política contrária aos interesses da sobrevivência digna do ser humano neste planeta é um dos seus dilemas.
Classe média, aglomerado de milhões de seres humanos perdidos diante da avalanche destruidora do capital, é diante desta realidade que a classe média se encontra. Abraçar a transformação pelo socialismo-democrático-popular ou enterrar-se na destruição do planeta que o capital está impondo ao mundo todo, este, enfim, é o seu dilema que a mortifica!
Será...?!
Fonte: http://carosamigos.terra.com.br/
Dó
Eu vejo a face ruim das pessoas e ai me entristece o dia. Hoje eu penso, por outro lado, que isso é um romantismo barato. Perdoe-me pelas palavras, mas acho mesmo que essa poesia iludida é uma bosta prontamente disposta a feder. E no pessimismo que me abate nessa prosa que concretizo na atualidade, falta-me ilusão o tanto quanto me falta a paciência. Assusto os meus amigos, e a eles dou-me sem dó, mas irrito com toda a vermelhidão. Assim é! Entretanto,eles não irão dizer.
quinta-feira, 14 de abril de 2011
Um Norte
Na militância política esbarramos com muitos homens e mulheres indefinidos que se mostram satisfeitos em atuar de cima do muro. E é ai que fazem seus palanques e concebem suas falas ‘politicamente corretas’.
Só com vontade de aprender e se desenvolver como parte de um FATO SOCIAL, iremos a diante. E esse adiante, deve ser o mesmo lugar. A libertação da classe oprimida! Não neguemos isso e poderemos prosseguir juntos.
Só com vontade de aprender e se desenvolver como parte de um FATO SOCIAL, iremos a diante. E esse adiante, deve ser o mesmo lugar. A libertação da classe oprimida! Não neguemos isso e poderemos prosseguir juntos.
quarta-feira, 13 de abril de 2011
Por Que Matou?
Matou porque não bebia,
Matou porque não fumava,
Matou porque não traía,
Matou porque não jogava.
Matou porque viu a mãe,
Matou porque viu a luz,
Matou porque viu o cão,
Matou porque viu a cruz.
Matou porque era o próprio,
Matou porque era o cujo,
Matou porque era o máximo,
Matou porque era tudo.
Matou porque deu manchete,
Matou porque deu polícia,
Matou porque deu comício,
Matou porque deu notícia.
Matou porque não tinha um gosto,
Matou porque não tinha um vício,
Matou porque não tinha amante,
Matou porque não tinha ofício.
Matou porque tinha um ódio,
Matou porque tinha um medo,
Matou porque tinha um fato,
Matou porque tinha um dedo.
Matou porque impossível,
Matou porque impotente,
Matou porque inaudível,
Matou porque infelizmente....
Matou porque a dor é tanta,
Matou porque a dor é surda,
Matou porque a dor não para,
Matou porque a dor não muda.
Matou porque era claro,
Matou porque era nítido,
Matou porque era óbvio,
Matou porque tava escrito.
Matou porque era a hora,
Matou porque era o dia,
Matou porque era o tempo,
Matou porque mataria.
Matou porque não sorria,
Matou porque não sonhava,
Matou porque não mentia,
Matou porque não matava.
Matou porque era fraco,
Matou porque era pouco,
Matou porque tava frio,
E matou...... porque tava morto.
.
Osias Canuto
domingo, 10 de abril de 2011
Como diria meus colegas: "Geografia é o poder! "
Sebastião Salgado é um dos repórteres fotográficos contemporâneos mais respeitados no mundo. Foi nomeado Representante Especial da Unicef em 3 de Abril de 2001, dedicou-se a fotografar as vidas dos deserdados do mundo. Esse trabalho está documentado em 10 livros e muitas exposições que lhe valeram a maioria dos prêmios de fotografia em todo o mundo.
A poesia de um sujeito chamado Robson, integrante da banda VAGINAL MENSTRUATION. Ele me mandou,então,não poderia deixar de postar!
Nosso Amor
Quando eu penso em você,
a minha mente voa a mil;
e em mim bate um imenso desejo,
de mandar tudo pro canil;
acorretando brutalmente,
tudo o que eu sinto;
e quando bate a saudade,
em minha cabeça tudo vem;
e fico a pensar...
como o nosso amor é lindo!
e fico a pensar...
em um avião entrando num hangar,
em um ganso se afogando em alto mar;
em um tubo de pasta espremido até o fim,
em uma indiazinha segurando um aipim;
em uma cobra entrando no buraco,
em uma caçapa, duas bolas e um taco;
num psicólogo com a boca no charuto,
e no líquido do produto interno bruto;
Meu amor...
Talvez um filósofo, um cientista,
ou um intelectual;
consiga descobrir,
a fórmula do amor ideal;
mas para viver o nosso amor,
não é preciso ser o tal;
Basta ter sentimento,
e ter feito pelo menos o MOBRAL;
para saber distinguir,
sem esforço brutal;
a consoante, da vogal;
pois amor,
amar sem ser amado;
é como limpar o cu,
sem ter cagado.
Nosso Amor
Quando eu penso em você,
a minha mente voa a mil;
e em mim bate um imenso desejo,
de mandar tudo pro canil;
acorretando brutalmente,
tudo o que eu sinto;
e quando bate a saudade,
em minha cabeça tudo vem;
e fico a pensar...
como o nosso amor é lindo!
e fico a pensar...
em um avião entrando num hangar,
em um ganso se afogando em alto mar;
em um tubo de pasta espremido até o fim,
em uma indiazinha segurando um aipim;
em uma cobra entrando no buraco,
em uma caçapa, duas bolas e um taco;
num psicólogo com a boca no charuto,
e no líquido do produto interno bruto;
Meu amor...
Talvez um filósofo, um cientista,
ou um intelectual;
consiga descobrir,
a fórmula do amor ideal;
mas para viver o nosso amor,
não é preciso ser o tal;
Basta ter sentimento,
e ter feito pelo menos o MOBRAL;
para saber distinguir,
sem esforço brutal;
a consoante, da vogal;
pois amor,
amar sem ser amado;
é como limpar o cu,
sem ter cagado.
sábado, 9 de abril de 2011
QUANDO SE NECESSITOU MUDAR DE ROUPA
Debulha-te
Entulha tua mágoa profunda
Na pilha de roupas sujas,
Junto com tuas mais sinceras
Devoções pueris e tuas esperanças(futuras ou pretéritas)
Lava tudo com teu choro
E faça com teu lamento
Uma canção de lavadeira
Que da espuma de imundices,
Que se solta das tristezas,
Possa tu limpar também tuas mãos
Da pestilenta memória de muitas vezes
Ter sido largada ao léu.
Tenta não mais recordar.
Não leia esses versinhos como de apoio moral,
Clichês de arte burguesa.
Apenas te digo:
Enxuga tuas patéticas lágrimas,
Que já se tem bastante água no Tanque.
Leonardo C. de Albuquerque (UJC)
Debulha-te
Entulha tua mágoa profunda
Na pilha de roupas sujas,
Junto com tuas mais sinceras
Devoções pueris e tuas esperanças(futuras ou pretéritas)
Lava tudo com teu choro
E faça com teu lamento
Uma canção de lavadeira
Que da espuma de imundices,
Que se solta das tristezas,
Possa tu limpar também tuas mãos
Da pestilenta memória de muitas vezes
Ter sido largada ao léu.
Tenta não mais recordar.
Não leia esses versinhos como de apoio moral,
Clichês de arte burguesa.
Apenas te digo:
Enxuga tuas patéticas lágrimas,
Que já se tem bastante água no Tanque.
Leonardo C. de Albuquerque (UJC)
terça-feira, 5 de abril de 2011
Cogu, e as Luzes do Reino.
"Até que a noite está lá, toda exibicionista.
Os duendes saíram de seus casulos, e o meu sono entrelaçou com um arbusto.
Ele está excitado de mais pra ser o que é.
As luzes não são como a meia hora atrás, e dá pra sentir como se fosse tudo uma nova forma de SER, e você realmente o é.
A quilo que veio da natureza, caiu na sua garganta e te fez olhar sem aquele maldito ego imbecil, que engana a verdade do espirito. O ego dormiu de porre, mas sua mente sã está lúcida, ela está linda, adoravelmente linda. Tanto que chaga a arrepiar as escamas da pele.
Ganhei na loteria, ou simplesmente encontrei um reino perdido?"
PCB e a educação pública no Brasil
O PCB defende uma reformulação profunda da Universidade brasileira, combate intransigentemente a política de privatização do ensino, em curso desde a época da ditadura militar e acelerada nos governos neoliberais, sem sofrer maiores alterações durante o governo Lula.
A universidade brasileira deve voltar-se para a produção, deve pensar os grandes eixos do desenvolvimento do país, deve apontar para a universalização do acesso ao ensino superior como instrumento de promoção de bem-estar e justiça social, para a necessidade de garantir-se alta qualidade da universidade brasileira e de fazê-la voltar-se, em seus esforços de ensino, pesquisa e extensão, para a produção do conhecimento voltado para a solução dos grandes problemas estruturais da sociedade brasileira, com destaque para as camadas menos favorecidas, para as demandas da classe trabalhadora.
Esta é uma meta de longo prazo. A luta pela ampliação do acesso à Universidade, na perspectiva de sua universalização, e por sua democratização, se configuram dentro de uma perspectiva política de intensificação da luta de classes. Para dar seguimento a esta luta, o PCB propõe:
- o fim imediato da DRU na Educação;
- a realização do VI Congresso Nacional da Educação, tendo em vista a confecção de um novo Plano Nacional de Educação, com a participação ativa de segmentos da sociedade civil (estudantes, professores, trabalhadores e etc) com o objetivo de debater propostas e metas que superem o atual estágio da educação no país. Este congresso aprovará um novo Plano Nacional de Educação, para início em 2011;
- a luta contra a criminalização dos movimentos nas Universidades, principalmente a que atinge, hoje, os estudantes e os servidores não docentes;
- o aumento constante, nos próximos anos, das vagas nas Universidades públicas, o aumento da oferta de cursos noturnos e a criação de novas instituições públicas de ensino superior, no interior;
- a criação de um Plano Nacional de Assistência Estudantil que concretize uma política sólida que garanta que estudantes das universidades públicas e privadas possam concluir seus estudos;
- a criação de programas de bolsas de estudo e de trabalho para todos os estudantes, com prioridade para os de baixa renda;
- o aumento constante e planejado dos orçamentos das universidades públicas, apontando para o crescimento constante do sistema, com elevado padrão de qualidade;
- a maior conexão entre as universidades públicas e as redes municipais e estaduais de ensino, com programas de formação continuada de professores, na graduação e na pós-graduação, programas de produção de livros didáticos e de criação e ampliação de colégios de aplicação, centros culturais e museus interativos de ciência e tecnologia;
- a expansão dos sistemas estaduais de ensino médio para todos os jovens;
- o aumento do controle do Estado sobre as instituições privadas de ensino superior, nas esferas financeira, fiscal e acadêmica; o Estado deve punir os cursos que não atinjam metas previamente definidas de qualidade de ensino e de pesquisa e, em caso de não atendimento das exigências, encampá-los.
- que os valores das mensalidades e seus eventuais reajustes sejam decididos mediante o controle público sobre a s planilhas de custo, respeitados os direitos trabalhistas;
- que a s instituições privadas devam manter um quadro de carreira semelhante aos quadros do ensino público, para docentes e servidores técnico-administrativos, com a presença, no caso dos docentes, de um corpo de titulados, preferencialmente de doutores, em regime de tempo integral, articulando ensino, pesquisa e extensão;
- que as instituições privadas sejam obrigadas a investir 50% dos seus lucros em pesquisas supervisionadas e direcionadas pelo Estado aos interesses da sociedade.
Os comunistas devem posicionar-se criticamente ao projeto do REUNI, mesmo reconhecendo os pontos positivos do decreto, como a previsão de aumento de verbas e a expansão das vagas nos cursos noturnos.
Entendemos que o importante nesse momento é garantirmos, junto ao MEC, um prazo maior para a continuação da discussão deste projeto, em suas próximas etapas, e de outras questões referentes às universidades, nas instituições e no conjunto da sociedade.
A universidade brasileira deve voltar-se para a produção, deve pensar os grandes eixos do desenvolvimento do país, deve apontar para a universalização do acesso ao ensino superior como instrumento de promoção de bem-estar e justiça social, para a necessidade de garantir-se alta qualidade da universidade brasileira e de fazê-la voltar-se, em seus esforços de ensino, pesquisa e extensão, para a produção do conhecimento voltado para a solução dos grandes problemas estruturais da sociedade brasileira, com destaque para as camadas menos favorecidas, para as demandas da classe trabalhadora.
Esta é uma meta de longo prazo. A luta pela ampliação do acesso à Universidade, na perspectiva de sua universalização, e por sua democratização, se configuram dentro de uma perspectiva política de intensificação da luta de classes. Para dar seguimento a esta luta, o PCB propõe:
- o fim imediato da DRU na Educação;
- a realização do VI Congresso Nacional da Educação, tendo em vista a confecção de um novo Plano Nacional de Educação, com a participação ativa de segmentos da sociedade civil (estudantes, professores, trabalhadores e etc) com o objetivo de debater propostas e metas que superem o atual estágio da educação no país. Este congresso aprovará um novo Plano Nacional de Educação, para início em 2011;
- a luta contra a criminalização dos movimentos nas Universidades, principalmente a que atinge, hoje, os estudantes e os servidores não docentes;
- o aumento constante, nos próximos anos, das vagas nas Universidades públicas, o aumento da oferta de cursos noturnos e a criação de novas instituições públicas de ensino superior, no interior;
- a criação de um Plano Nacional de Assistência Estudantil que concretize uma política sólida que garanta que estudantes das universidades públicas e privadas possam concluir seus estudos;
- a criação de programas de bolsas de estudo e de trabalho para todos os estudantes, com prioridade para os de baixa renda;
- o aumento constante e planejado dos orçamentos das universidades públicas, apontando para o crescimento constante do sistema, com elevado padrão de qualidade;
- a maior conexão entre as universidades públicas e as redes municipais e estaduais de ensino, com programas de formação continuada de professores, na graduação e na pós-graduação, programas de produção de livros didáticos e de criação e ampliação de colégios de aplicação, centros culturais e museus interativos de ciência e tecnologia;
- a expansão dos sistemas estaduais de ensino médio para todos os jovens;
- o aumento do controle do Estado sobre as instituições privadas de ensino superior, nas esferas financeira, fiscal e acadêmica; o Estado deve punir os cursos que não atinjam metas previamente definidas de qualidade de ensino e de pesquisa e, em caso de não atendimento das exigências, encampá-los.
- que os valores das mensalidades e seus eventuais reajustes sejam decididos mediante o controle público sobre a s planilhas de custo, respeitados os direitos trabalhistas;
- que a s instituições privadas devam manter um quadro de carreira semelhante aos quadros do ensino público, para docentes e servidores técnico-administrativos, com a presença, no caso dos docentes, de um corpo de titulados, preferencialmente de doutores, em regime de tempo integral, articulando ensino, pesquisa e extensão;
- que as instituições privadas sejam obrigadas a investir 50% dos seus lucros em pesquisas supervisionadas e direcionadas pelo Estado aos interesses da sociedade.
Os comunistas devem posicionar-se criticamente ao projeto do REUNI, mesmo reconhecendo os pontos positivos do decreto, como a previsão de aumento de verbas e a expansão das vagas nos cursos noturnos.
Entendemos que o importante nesse momento é garantirmos, junto ao MEC, um prazo maior para a continuação da discussão deste projeto, em suas próximas etapas, e de outras questões referentes às universidades, nas instituições e no conjunto da sociedade.
domingo, 3 de abril de 2011
Carta de Todo Exilado
Chinge-me!
Não me importo!
Se não fui quem você quis que eu fosse...
A Vida me impulsiona para achar a mim mesmo.
Não vou me abaixar, jamais vou ficar de joelhos!
Minha alma é feita de sangue, vermelha!
Sinto dor ao respirar injustiça.
Odeio ter de dizer isso,
Mas não sou seu marinheiro.
Não sou seu festeiro.
Não sou seu cachorro.
Não sou o que quer que queiram que eu seja...
Sou o que eu sou.
Meu espírito rubro é impassível,
A liberdade é meu único objetivo certo!
Até a vitória, sempre!
Leonardo C. de Albuquerque
(UJC)
sábado, 2 de abril de 2011
Governo Dilma e o Imperialismo
O governo brasileiro montou um palanque de honra e um potente amplificador para Obama falar ao mundo, em especial à América Latina, para ajudar os EUA a recuperarem sua influência política e reduzir o justo sentimento antiamericano que nutre a maioria dos povos.
(...)
No caso da América Latina, foi um gesto de solidariedade aos EUA em sua luta contra os processos de mudança, sobretudo na Venezuela, Bolívia e no Equador e uma vista grossa ao bloqueio a Cuba Socialista e à prisão dos Cinco Heróis cubanos.
.
A moeda de troca para abrirmos mão de nossa soberania foi um mero aceno de apoio norte-americano à pretensão obsessiva do Estado burguês brasileiro de ocupar uma cadeira permanente no Conselho de Segurança da ONU, um símbolo para elevar o Brasil à categoria de potência capitalista mundial. Tudo para expandir os negócios dos grandes grupos brasileiros no mercado norte-americano e mundial.
Debochando da soberania brasileira e da nossa Constituição - que define nosso país como amante da paz mundial e da autodeterminação dos povos -, Obama ordenou os ataques militares contra a Líbia a partir do território brasileiro, exatamente em Brasília, próximo à Praça dos Três Poderes, que se ajoelharam todos diante desta humilhação ao povo brasileiro. Não se deu ao trabalho de ir à Embaixada americana, para de lá ordenar a agressão militar. Fê-lo em meio a compromissos com seus vassalos, entre os quais ministros de Estado brasileiros que se deixaram passar pelo vexame de serem revistados por agentes da CIA.
Fonte:sepenuceosaogoncalo4.ning
Rumo a Universidade Popular
Não é de hoje o avanço da privatização do ensino superior brasileiro. A contar da origem das primeiras universidades no país, passando pelos acordos MEC-USAID da ditadura civil-militar e o período pós constituição de 88, temos um direcionamento lento e gradual das instituições educacionais às necessidades de acumulação do capital, com uma aceleração na década de 90 e em especial no século XXI. Esse direcionamento se manifesta: na reestruturação político-pedagógica da maioria dos currículos dos cursos de graduação, subordinando as iniciativas da universidade às necessidades do mercado, em detrimento das demandas da população; na entrega da estrutura física e de recursos humanos públicos para a produção de ciência e tecnologia de acordo com as necessidades da iniciativa privada, o que compromete a autonomia didático-científica das universidades; uso do dinheiro público para salvar empreendimentos universitário privados; na diminuição dos recursos públicos relativos a quantidade de vagas abertas nas universidades públicas, que aumenta a precarização e intensificação do trabalho, diminui a qualidade de ensino, inviabiliza a manutenção do tripé ensino-pesquisa-extensão voltado aos interesses populares e incentiva as instituições a buscar outras fontes de financiamento paralelas ao Estado; nos parcos mecanismos democráticos que permitam à comunidade universitária interferir nos rumos tomados pelas instituições; etc. A formalização deste conjunto de medidas tem aparecido em decretos, medidas provisórias, leis, todos aprovados paulatinamente, de modo a ofuscar o projeto estruturante do capital, que é a espinha dorsal de transformação de um direito em um mero serviço, a ser comprado e vendido. Exemplos desses projetos são o decreto das Fundações, o SINAES, a Lei de Inovação Tecnológica, a Universidade Aberta do Brasil, o PROUNI, o REUNI, e mais recentemente o chamado “Pacote da Autonomia”, composto por três decretos e uma medida provisória. Por isso, as entidades, movimentos e organizações políticas que assinam essa carta têm a compreensão de que a disputa da universidade hoje, passa pela elaboração de uma estratégia. É nítido que, do ponto de vista do capital, existe uma estratégia bem definida – com táticas pensadas em curto, médio e longo prazo, sendo implementadas de acordo com o espaço de acomodação entre os conflitos das forças políticas divergentes – que vai desde a formação ideológica até a técnica necessária para a sua reprodução ampliada. Nós, que nos identificamos com os interesses dos explorados e oprimidos, identificamos debilidades na ausência de formulação estratégica por parte de nosso campo de forças. Consideramos fundamental a construção de um seminário que aponte os princípios gerais de uma Universidade Popular, bem como as possibilidades de disputa real dentro dos diversos campos específicos que são abertos por entre as contradições da ordem universitária existente. Em outras palavras, para soerguer um movimento combativo, de massas, de caráter nacional, necessitamos a elaboração de um programa mínimo e de elementos de programa máximo, que nos permita disputar a hegemonia da universidade brasileira. Assim nos dias 4 e 5 de Dezembro de 2010, estivemos reunidos em Florianópolis, para iniciar um debate a cerca do seminário e possíveis encaminhamentos. Além de uma análise sobre a universidade hoje – resumida nos três primeiros parágrafos do texto – discutimos os objetivos do seminário em si, que são eles: 1) Seminário de massas; 2) Articular politicamente as entidades, movimentos e organizações políticas que vem debatendo universidade popular; 3) Articular professores, técnico-administrativos, estudantes, movimentos sociais e trabalhadores organizados na luta pela universidade popular; 4) Socializar experiências que contribuam para a luta por uma Universidade Popular; 5) Sistematizar referenciais teóricos para a elaboração de um programa de Universidade Popular e seus meios de implementação. Para que o seminário seja o mais produtivo possível no sentido da elaboração política e teórica, sugerimos 5 eixos para serem trabalhados em contribuições escritas: 1) Eixo Geral: Universidade Popular (princípios, concepção, histórico, terminologia, etc) 2) Eixos Específicos: a. Ciência e Tecnologia b. Formação c. Autonomia e democracia d. Universidade e Sociedade Esse é apenas um primeiro passo, mas que consideramos imprescindível. É fundamental que o máximo de entidades representativas do corpo docente, discente e de técnico-administrativos, bem como movimentos sociais e organizações políticas que se identificam com esse debate, ou que estejam interessados em conhecê-lo, se somem nessa construção. Temos o indicativo de realização da próxima reunião de construção do seminário nos dias 19 e 20 de Março de 2011 em Porto Alegre. Por isso, fazemos esse convite de adesão à construção e participação no seminário. Vamos rumo a um novo projeto de universidade para o país! Assinam: FEAB - Federação dos Estudantes de Agronomia do Brasil ENESSO – Executiva Nacional dos Estudantes de Serviço Social GTUP – Grupo de Trabalho Universidade Popular MUP – Movimento por uma Universidade Popular Levante Popular da Juventude Juventude LibRe – Liberdade e Revolução JCA – Juventude Comunista Avançando UJC – União da Juventude Comunista CCLCP – Corrente Comunista Luiz Carlos Prestes MAS - Movimento Avançando Sindical Núcleo de Direito à Cidade - USP
Manifestação pela Educação Pública de Qualidade!
Milhares de professores, alunos e manifestantes de diversas categorias realizaram uma passeata da Candelária à Cinelândia, parando em pontos estratégicos, onde diretores do Sepe, representantes de estudantes, líderes partidários e de entidades, além de parlamentares defenderam a educação pública, reajuste salarial para a categoria, o fim da privatização e que 10% do PIB nacional sejam utilizados no setor. A marcha transcorreu sem nenhum incidente, bastante colorida, com centenas de faixas e balões na defesa do ensino público. Nesse momento, na Cinelândia, ocorre a assembleia unificada da rede estadual e da rede municipal do Rio, que hoje paralisaram as atividades por 24 horas. Os profissionais de educação vão decidir os rumos do movimento. Na passeata, foi lembrada a prisão dos 13 manifestantes contra a vinda de Obama ao Brasil - hoje, às 19h, haverá um ato público a favor dos manifestantes na Faculdade Nacional de Direito. A manifestação pediu o passe livre nacional, mais verbas para as escolas públicas e um piso nacional digno para os professores. A rede estadual reinvindica reajuste emergencial de 26% e a incorporação imediata e integral da gratificação do Programa Nova Escola (cujo término, estipulado pelo governador Sérgio Cabral, só se dará em 2015). A categoria também reivindica a inclusão dos funcionários de apoio no plano de carreira e paridade para os aposentados da educação. O índice de 26% reivindicado é resultante de parte das perdas salariais entre 2009 e 2010. A rede municipal do Rio reivindica reajuste de 21% e o fim da iniciativas do prefeito Eduardo Paes e da secretária municipal de Educação Cláudia Costin de abrir as portas das escolas para entidades e organizações do setor privado, como Fundações e ONGs. Em 2010, o prefeito Paes chegou a ser condenado pela Justiça Federal por manter uma política de não aplicar os 25% da arrecadação municipal no setor, o que faz com que a categoria tenha que trabalhar em escolas com superlotação de alunos e falta de equipamentos e pessoal. Hoje, a rede municipal tem carência de mais de 10 mil professores e 12 mil funcionários, como merendeiras, agentes administrativos, pessoal de portaria e inspetores de alunos.
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