Quando finalmente chegamos à conclusão que a vida é insatisfatória, que as diversões não divertem, que o consumo é uma indução, o entretenimento um entorpecente, os valores falsos e que fomos enganados, é surpreendente a mudança geral na visão de mundo.
Evidente haver um controle nos bastidores da sociedade. É evidente o poderio econômico das associações de mega-empresas de dimensões difíceis de imaginar, capazes de interferir – e mesmo controlar – Estados, mesmo “democráticos”.
As aspas são porque uma democracia só existe se o povo estiver bem instruído, bem informado, bem assistido pelo Estado, o que não é, evidentemente, o nosso caso e o da maioria dos países. As empresas não permitem que se invista na educação, enfim, no povo. E as de mídia controlam a informação, com enorme poder de pressão dentro da sociedade, nas políticas públicas, na criação de leis, na formação de valores, opiniões, desejos (massacre publicitário), no controle da população.
Às vezes surge a necessidade interna de “fazer alguma coisa”, se sentir útil em alguma forma de mudança, pelo menos descarregando a inconformação, no mínimo, para manter a saúde, física ou mental, pra dar sentido à vida. Há muitas maneiras. Consistentes, inconsistentes, neutras, úteis, contraproducentes...
O fato dessa necessidade ser interna, abstrata, já sugere por onde começar o trabalho. Internamente. Em nós mesmos carregamos as falhas, os valores, as disposições e os erros existentes no mundo, na sociedade. Alguém pode se declarar isento dos condicionamentos impostos, da educação castradora, da pressão da publicidade e do consumismo desenfreado, da tendência à competição, de orgulhos e egoísmos? O núcleo familiar já apresenta pressões. Em toda sociedade se cobra a mediocridade, o padrão. A cultura do superficial, do supérfluo, do descartável, da fartura externa e da carência interna, a razão acima do sentimento, da intuição.
O trabalho com o mundo externo precisa de um profundo e sincero trabalho interno, individual, atento, humilde e constante. Com o tempo, naturalmente, quase que sem se perceber, esse trabalho começa a transbordar, e passa a servir ao mundo, na medida da fertilidade da terra em que cai – são sementes que brotam espontaneamente, como conseqüência da seqüência da vida e do trabalho. No meu caso, quando comecei a colocar no trabalho os pensamentos e reflexões, o relacionamento com o mundo passou a ser muito mais intenso e profundo. O estudo se aprofundou e as relações humanas (e reações, também) passaram a trocar muito mais. Ensino e aprendizado se confundem. Você passa a falar com o comportamento, com o sentimento, com o seu ser e com o ser das pessoas. Nem precisa falar muito, as pessoas sentem, entendem, percebem. Os encontros acontecem, sempre que preciso, por qualquer motivo. Muitas vezes, não cabe entender os porquês, mas podemos sentir a existência de “porquês”.
Um revolucionário, um evolucionário, qualquer um desejador de trabalhar por mudanças reais na sociedade e no mundo, precisa começar esse trabalho dentro de si mesmo, se quiser ter consistência nas ações externas. Perseverança, serenidade, convicção e ausência de expectativas. A humildade facilita muito o caminho. Evita a sensação de humilhação e aumenta a capacidade de perceber as coisas. O orgulho, ao contrário, cega, se ofende, fere, desequilibra. Mas é estimulado ao extremo.
Quanto ao que fazer, a vida nos dá os sinais. Se não der, imagino a necessidade da decisão, da vontade. Mas, em geral, não vemos os sinais estão ao nosso lado ou aparecem pela vida. Mas muito cuidado – quando, na procura, há uma vontade enorme de encontrar, acabamos achando onde não há.
Discernimento é trabalho interno a ser desenvolvido em interação constante com o externo.
O mundo só é como é, porque consentimos que seja. Gradualmente percebemos isso, gradualmente as coisas mudam. A satisfação é viver com este sentido, não esperar chegar neste objetivo. Na verdade, o objetivo é o caminho. E a busca é do que podemos levar da vida. Aí, só a intuição pode falar. Podemos melhorar nossos receptores, mas não podemos usar outros que não os nossos. O trabalho interno costuma melhorar muito. Tanto os receptores, quanto os transmissores.
Somos nós, todos, a força dos que nos oprimem, os controladores do mundo, os donos dos impérios. Sem a submissão, não há impérios. Se não posso mudar o mundo, posso mudar minha visão de mundo, meu comportamento, meus valores, meus desejos. E existir é a função. Ser da forma que eu gostaria que todos fossem – ou viver tentando.
Fonte: observareabsorver.blogspot
quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
o público que não é público!
Na tentativa de pedir apoio as manifestações culturais que estão sendo realizadas no casarão ocupado pelos estudantes, e na tentativa de dialogo com o Palácio da Cultura, procurei, por duas vezes algum responsável pela casa, e por duas vezes não fui atendida. A primeira vez por que nem o presidente nem a vice presidente estavam presentes, e ainda não havia perspectiva de retorno. Da segunda vez (sexta passada) o Senhor Avelino Ferreira, que segundo a atendente, seria o atual responsável pelo Palácio da Cultura, se encontrava nos corredores da casa, conversando com uma amiga sobre as eleições que estão previstas para Fevereiro. A conversa era informal, de pé, quase um monologo onde só o ele falava com sua “ouvinte”. Fique cerca de 15 minutos esperando a boa vontade dele para poder conversarmos. A secretaria da casa, muito atenciosa me pediu que esperasse mais, porem não me anunciou. Permaneci mais uns instantes, e me aproximei com o seguinte pensamento: Esse cara está pensando que está na varanda de sua casa! ... Mas em fim, me aproximei, e lhe disse que estava o esperando terminar do seu “papo” para que conversássemos sobre coisa séria. O Senhor Avelino disse: “Você está me atrapalhando!”
Veja bem, eu estava o atrapalhando a conversar. Eu o agredi com a minha necessidade de que ele trabalhasse por alguns minutos para que pudéssemos falar cobre cultura! Era pedir de mais que me atendesse. Um nobre filho goytacá acostumado a atender os seu “iguais” não haveria de se preocupar com uma “pobre militante comunista”!
O Palácio da cultura, uma biblioteca tradicional da cidade, não deveria ter “cultura” em seu nome. Sugiro apenas: “Palácio” que remete a nobreza, indiferente em relação ao seu povo!
Eleições em Campos
Os municípios de Campos dos Goytacazes, na região norte do Rio de Janeiro, e Mangaratiba, no litoral sul fluminense, onde os prefeitos foram cassados pelo TRE-RJ (Tribunal Regional Eleitoral), terão novas eleições no dia 6 de fevereiro. O novo pleito foi aprovado em decisão unânime dos desembargadores do TRE na noite de terça-feira. A data escolhida é a mesma da eleição para um novo prefeito no município de Valença, também no sul do estado.
A prefeita de Campos, Rosinha Garotinho, foi cassada por abuso de poder econômico, e o de Mangaratiba, Aarão de Moura Breto Neto, por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. Ambos estão inelegíveis por três anos.
Segundo nota divulgada pelo TRE, de 15 a 19 de dezembro devem ocorrer as convenções para definir a escolha de candidatos a prefeito e vice-prefeito e, caso exista, as coligações. De acordo com determinação do órgão eleitoral, a lista com a relação dos pedidos de registro apresentados pelos partidos e coligações devem ser publicados até o dia 22 de dezembro. Deverão ser julgados até 17 de janeiro do próximo ano, todos os pedidos de registro de candidaturas, mesmo os impugnados
Fonte: dgabc.com
A prefeita de Campos, Rosinha Garotinho, foi cassada por abuso de poder econômico, e o de Mangaratiba, Aarão de Moura Breto Neto, por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. Ambos estão inelegíveis por três anos.
Segundo nota divulgada pelo TRE, de 15 a 19 de dezembro devem ocorrer as convenções para definir a escolha de candidatos a prefeito e vice-prefeito e, caso exista, as coligações. De acordo com determinação do órgão eleitoral, a lista com a relação dos pedidos de registro apresentados pelos partidos e coligações devem ser publicados até o dia 22 de dezembro. Deverão ser julgados até 17 de janeiro do próximo ano, todos os pedidos de registro de candidaturas, mesmo os impugnados
Fonte: dgabc.com
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
Jim Morrison vivo! Oo
"Em 2005, o programa de televisão norte-americano “A Current Affair” exibiu o depoimento de um cinegrafista que afirma que Jim Morrison, que foi vocalista do The Doors, está vivo.
O homem, chamado Gerald Pitts, contou que Jim Morrison apareceu em alguns rodeios realizados no sul do Estado do Oregon em 1998. Gerald afirma ainda que descobriu que Jim está morando em um rancho e criando cavalos.
O “A Current Affair” ainda entrevistou Cherry Woods, proprietária do prédio em que Jim Morrison morou em Hollywood antes de se mudar para Paris. Cherry disse ter uma papelada com documentos e informações, incluindo a suposta nova identidade que o FBI teria dado ao ex-líder do Doors.
Jim Morrison foi dado como morto no dia 03 de julho de 1971, aos 27 anos de idade."
Fonte: Whiplash
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
Mas é claro...
Arnaldo Viana está se preparando para as eleições prevista pro inicio do ano que vem. Já declarou sua pré-candidatura. Será que ele garante a sua fixa limpa?! Difícil saber!
Do outro lado o seu provável concorrente Nelson Nahim, que não gostaria agora de largar o osso da máquina publica executiva. E que já se manifestou “super afim” de ser o candidato pelo PMDB.
A coisa ta fod... ( use sua imaginação!)
Do outro lado o seu provável concorrente Nelson Nahim, que não gostaria agora de largar o osso da máquina publica executiva. E que já se manifestou “super afim” de ser o candidato pelo PMDB.
A coisa ta fod... ( use sua imaginação!)
domingo, 5 de dezembro de 2010
Dia 10 e 11 de Dezembro: Arte Marginal!
Vencer preconceitos é uma das intenções do evento "Arte Marginal", um sonho meu de alguns anos. Agora com pessoas que também acreditam nesse evento, deixou de ser uma idéia de uma cabeça solitária e se transforma agora, assim como outras coisas, em realidade.
Juntamos bandas independentes para a primeira parte do evento, que acontecerá na UENF nessa próxima Sexta-Feira.Na segunda parte, sábado: Grafite, Música e skate juntos, para também representar as manifestações artisticas que sofreram preconceito ao longo dos anos.
Realização: Movimento Estudantil do Norte Fluminense (MENF)
Até lá!!
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
Atualização sobre o MENF
Recebemos hoje, por intermédio do PCB, a breve visita do deputado estadual Paulo Ramos, que demonstrou interesse e motivação em contribuir para com o MENF, na tentativa de marcarmos uma reunião entre os reitores das universidades publicas representadas por nós, estudantes de Campos dos Goytacazes. Apesar da aparente boa vontade do deputado, não sabemos se essa visita realmente ajudara em nossas negociações. Entretanto, esperamos por resultados.
Na verdade não esperaremos por nada. Faremos! Nos movimentaremos em direção a posse do casarão, porem, o mais importante evidentemente é questionar a falta de condições oferecidas pelo Estado para a permanecia do estudante na escola ou universidade.É por isso que lutamos! Venceremos!
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
Sobre o REUNI
"O quadro do acesso ao Ensino Superior, no Brasil, é extremamente grave: apenas 10% dos jovens estão nas universidades; destes, mais de 70% estudam em instituições privadas, cujo crescimento foi incentivado pelo governo militar a partir dos anos 60, para fazer frente às crescentes manifestações por mais vagas que ocorriam, à época, em escala crescente.
Estes números revelam o descompromisso histórico da burguesia brasileira com o desenvolvimento voltado para as maiorias, e colocam o Brasil muito abaixo do padrão dos países desenvolvidos e de quase todos os nossos vizinhos latinoamericanos, nos quais mais de 35% dos jovens estão no ensino superior, chegando a mais de 60% em alguns casos. Vale lembrar que, na grande maioria destes países, as universidades são predominantemente públicas.
O governo Lula, no início do primeiro mandato, anunciou e enviou ao Congresso um projeto de reforma universitária, que se tratava, na realidade, de um conjunto de projetos isolados que não respondiam à necessidade de discutir-se a dimensão, a estrutura e a finalidade da Universidade e mantinham, em linhas gerais, a mesma orientação política do governo FHC, ou seja, de corte claramente neoliberal. O mesmo padrão se manteve na maior parte da política do governo, com destaque para a política econômica . Na Educação superior, a submissão do orçamento do MEC à DRU - desvinculação de Receitas da União - (ou seja, o desvio de recursos da Educação para outros fins) e a manutenção da precarização dos salários de docentes e servidores técnico administrativos foi um dos elementos que comprovam esta continuidade.
(...)
O REUNI se apresenta na forma de um edital, onde as instituições que apresentem programas de expansão de vagas têm, garantidos, novos recursos para investimentos que podem ser utilizados para a construção e melhoria da infraestrutura e de equipamentos e para o custeio de pessoal associado à expansão das atividades das universidades, até o limite de 20% do orçamento de cada universidade, sendo o atendimento dos planos condicionado à capacidade orçamentária do MEC. Este programa vem sendo discutido com intensidade em todas as instituições e nos movimentos estudantil, de docentes e de servidores.
O programa propõe, entre outras metas, o aumento da taxa média de conclusão dos cursos de graduação para 90%; a elevação da relação professor / aluno para 1/18 (um professor para cada 18 alunos), a ocupação das vagas ociosas, o aumento das vagas nos cursos noturnos e a ampliação das políticas de inclusão e assistência estudantil.
(...)
O REUNI pode fazer avançar, ao apontar para o aumento das vagas nas universidades públicas - uma bandeira histórica dos comunistas - e priorizar os cursos noturnos, atendendo, assim a mais estudantes da classe trabalhadora. Mas é um programa limitado e insuficiente para garantir a expansão estrutural do ensino superior brasileiro necessária para superar o enorme déficit existente, e apresenta diversos pontos polêmicos:
- há que garantir-se que os processos de expansão estejam comprometidos com a manutenção e o aumento da qualidade do ensino superior, e que a oferta de recursos seja suficiente para este fim;
- a forma como é proposta a flexibilização curricular (os bacharelados interdisciplinares) não aponta para mudanças de fundo nas IFES. É preocupante a ênfase dada ao EAD (Ensino Aberto e à distância);
- a meta de aumento do número de alunos por professor deve ser melhor debatida, pois, como se trata de uma média geral de cursos de natureza diferente, pode gerar situações de superlotação de salas de aula, uma condição contrária à busca por mais qualidade na Universidade;
- o objetivo de aumentar o índice de conclusão de cursos para 90% - um índice muito elevado, levando-se em conta as médias mundiais - pode levar a situações de mascaramento de resultados, o que tampouco contribui para a garantia de qualidade."
Fonte: Kaosenlared.net
Estes números revelam o descompromisso histórico da burguesia brasileira com o desenvolvimento voltado para as maiorias, e colocam o Brasil muito abaixo do padrão dos países desenvolvidos e de quase todos os nossos vizinhos latinoamericanos, nos quais mais de 35% dos jovens estão no ensino superior, chegando a mais de 60% em alguns casos. Vale lembrar que, na grande maioria destes países, as universidades são predominantemente públicas.
O governo Lula, no início do primeiro mandato, anunciou e enviou ao Congresso um projeto de reforma universitária, que se tratava, na realidade, de um conjunto de projetos isolados que não respondiam à necessidade de discutir-se a dimensão, a estrutura e a finalidade da Universidade e mantinham, em linhas gerais, a mesma orientação política do governo FHC, ou seja, de corte claramente neoliberal. O mesmo padrão se manteve na maior parte da política do governo, com destaque para a política econômica . Na Educação superior, a submissão do orçamento do MEC à DRU - desvinculação de Receitas da União - (ou seja, o desvio de recursos da Educação para outros fins) e a manutenção da precarização dos salários de docentes e servidores técnico administrativos foi um dos elementos que comprovam esta continuidade.
(...)
O REUNI se apresenta na forma de um edital, onde as instituições que apresentem programas de expansão de vagas têm, garantidos, novos recursos para investimentos que podem ser utilizados para a construção e melhoria da infraestrutura e de equipamentos e para o custeio de pessoal associado à expansão das atividades das universidades, até o limite de 20% do orçamento de cada universidade, sendo o atendimento dos planos condicionado à capacidade orçamentária do MEC. Este programa vem sendo discutido com intensidade em todas as instituições e nos movimentos estudantil, de docentes e de servidores.
O programa propõe, entre outras metas, o aumento da taxa média de conclusão dos cursos de graduação para 90%; a elevação da relação professor / aluno para 1/18 (um professor para cada 18 alunos), a ocupação das vagas ociosas, o aumento das vagas nos cursos noturnos e a ampliação das políticas de inclusão e assistência estudantil.
(...)
O REUNI pode fazer avançar, ao apontar para o aumento das vagas nas universidades públicas - uma bandeira histórica dos comunistas - e priorizar os cursos noturnos, atendendo, assim a mais estudantes da classe trabalhadora. Mas é um programa limitado e insuficiente para garantir a expansão estrutural do ensino superior brasileiro necessária para superar o enorme déficit existente, e apresenta diversos pontos polêmicos:
- há que garantir-se que os processos de expansão estejam comprometidos com a manutenção e o aumento da qualidade do ensino superior, e que a oferta de recursos seja suficiente para este fim;
- a forma como é proposta a flexibilização curricular (os bacharelados interdisciplinares) não aponta para mudanças de fundo nas IFES. É preocupante a ênfase dada ao EAD (Ensino Aberto e à distância);
- a meta de aumento do número de alunos por professor deve ser melhor debatida, pois, como se trata de uma média geral de cursos de natureza diferente, pode gerar situações de superlotação de salas de aula, uma condição contrária à busca por mais qualidade na Universidade;
- o objetivo de aumentar o índice de conclusão de cursos para 90% - um índice muito elevado, levando-se em conta as médias mundiais - pode levar a situações de mascaramento de resultados, o que tampouco contribui para a garantia de qualidade."
Fonte: Kaosenlared.net
sábado, 13 de novembro de 2010
sorte do dia#
A verdade é o seguinte: A vida é uma sacanagem. Com todas as letras e não vírgulas que a palavra possui. Faça bom aproveito de sua vida sacana. Não perca a barca que leva seu rumo, e não trace um caminho no escuro, mas, por favor, não queira saber mais do que possa suportar. Saiba, mas não tenha a certeza. Permita- se questionar e me questione dessas palavras. Por que as digo? Questionar também é saber.
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
Resumo: "Nota do PCB sobre o segundo turno."
O PCB apresentou, nas eleições de 2010, através da candidatura de Ivan Pinheiro, uma alternativa socialista para o Brasil que rompesse com o consenso burguês, que determina os limites da sociedade capitalista como intransponíveis. As candidaturas do PCO, do PSOL e do PSTU também cumpriram importante papel neste contraponto.
(...)
As candidaturas de Serra e de Dilma, embora restritas ao campo da ordem burguesa, diferem quanto aos meios e formas de implantação de seus projetos, assim como se inserem de maneira diferente no sistema de dominação imperialista. Isto leva a um maior ou menor espaço de autonomia e um maior ou menor campo de ação e manobra para lidar com experiências de mudanças em curso na América Latina e outros temas mundiais. Ou seja, os dois projetos divergem na forma de inserir o capitalismo brasileiro no cenário mundial.
Da mesma forma, as estratégias de neutralização dos movimentos populares e sindicais, que interessa aos dois projetos em disputa, diferem quanto à ênfase na cooptação política e financeira ou na repressão e criminalização.
Outra diferença é a questão da privatização. Embora o governo Lula não tenha adotado qualquer medida para reestatizar as empresas privatizadas no governo FHC, tenha implantado as parcerias público-privadas e mantido os leilões do nosso petróleo, um governo demotucano fará de tudo para privatizar a Petrobrás e entregar o pré-sal para as multinacionais.
Para o PCB, estas diferenças não são suficientes qualitativamente para que possamos empenhar nosso apoio ao governo que se seguirá, da mesma forma que não apoiamos o governo atual e o governo anterior. A candidatura Dilma move-se numa trajetória conservadora, muito mais preocupada em conciliar com o atraso e consolidar seus apoios no campo burguês do que em promover qualquer alteração de rumo favorável às demandas dos trabalhadores e dos movimentos populares. Contra ela, apesar disso, a direita se move animada pela possibilidade de vitória no segundo turno, agitando bandeiras retrógradas, acenando para uma maior submissão aos interesses dos EUA e ameaçando criminalizar ainda mais as lutas sociais
(...)
Considerando essas diferenças no campo do capital e os cenários possíveis de desenvolvimento da luta de classes - mas com a firme decisão de nos mantermos na oposição a qualquer governo que saia deste segundo turno - o PCB orienta seus militantes e amigos ao voto contra Serra.
Com o possível agravamento da crise do capitalismo, podem aumentar os ataques aos direitos sociais e trabalhistas e a repressão aos movimentos populares. A resistência dos trabalhadores e o seu avanço em novas conquistas dependerão muito mais de sua disposição de luta e de sua organização e não de quem estiver exercendo a Presidência da República.
(...)!
Então, minha opinão vai de encontro com a do PCB por isso a postagem.
(...)
As candidaturas de Serra e de Dilma, embora restritas ao campo da ordem burguesa, diferem quanto aos meios e formas de implantação de seus projetos, assim como se inserem de maneira diferente no sistema de dominação imperialista. Isto leva a um maior ou menor espaço de autonomia e um maior ou menor campo de ação e manobra para lidar com experiências de mudanças em curso na América Latina e outros temas mundiais. Ou seja, os dois projetos divergem na forma de inserir o capitalismo brasileiro no cenário mundial.
Da mesma forma, as estratégias de neutralização dos movimentos populares e sindicais, que interessa aos dois projetos em disputa, diferem quanto à ênfase na cooptação política e financeira ou na repressão e criminalização.
Outra diferença é a questão da privatização. Embora o governo Lula não tenha adotado qualquer medida para reestatizar as empresas privatizadas no governo FHC, tenha implantado as parcerias público-privadas e mantido os leilões do nosso petróleo, um governo demotucano fará de tudo para privatizar a Petrobrás e entregar o pré-sal para as multinacionais.
Para o PCB, estas diferenças não são suficientes qualitativamente para que possamos empenhar nosso apoio ao governo que se seguirá, da mesma forma que não apoiamos o governo atual e o governo anterior. A candidatura Dilma move-se numa trajetória conservadora, muito mais preocupada em conciliar com o atraso e consolidar seus apoios no campo burguês do que em promover qualquer alteração de rumo favorável às demandas dos trabalhadores e dos movimentos populares. Contra ela, apesar disso, a direita se move animada pela possibilidade de vitória no segundo turno, agitando bandeiras retrógradas, acenando para uma maior submissão aos interesses dos EUA e ameaçando criminalizar ainda mais as lutas sociais
(...)
Considerando essas diferenças no campo do capital e os cenários possíveis de desenvolvimento da luta de classes - mas com a firme decisão de nos mantermos na oposição a qualquer governo que saia deste segundo turno - o PCB orienta seus militantes e amigos ao voto contra Serra.
Com o possível agravamento da crise do capitalismo, podem aumentar os ataques aos direitos sociais e trabalhistas e a repressão aos movimentos populares. A resistência dos trabalhadores e o seu avanço em novas conquistas dependerão muito mais de sua disposição de luta e de sua organização e não de quem estiver exercendo a Presidência da República.
(...)!
Então, minha opinão vai de encontro com a do PCB por isso a postagem.
sábado, 9 de outubro de 2010
sexta-feira, 8 de outubro de 2010
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
universitarios em movimento!
Se iniciou na madrugada de sábado para domingo uma manifestação dos alunos de universidades publicas de campos (UFF,UENF, IFF). Uma ocupação pacifica do casarão que fica situado na esquina da UFF e no qual já vinha apresentando problemas no que diz respeito a segurança.
Após o incidente no mês de abril, onde uma aluna quase foi arrastada para dentro do casarão a força, os alunos da UFF fizeram uma manifestação que resultou em um patrulhamento na área que perdura até hoje. Mesmo assim os moradores de rua continuaram a entrar eventualmente burlando a segurança. O casarão continuou não tendo funcionalidade para a sociedade, sendo mais um imóvel abandonado na área urbana de Campos enquanto a demanda de estudantes que vem de outras cidades cresce e não tem onde ficar de inicio. Em fim, eu faço parte desse movimento. Estou no casarão junto com meus colegas e ali permaneceremos em forma de protesto até que se apresentem as soluções.
Após o incidente no mês de abril, onde uma aluna quase foi arrastada para dentro do casarão a força, os alunos da UFF fizeram uma manifestação que resultou em um patrulhamento na área que perdura até hoje. Mesmo assim os moradores de rua continuaram a entrar eventualmente burlando a segurança. O casarão continuou não tendo funcionalidade para a sociedade, sendo mais um imóvel abandonado na área urbana de Campos enquanto a demanda de estudantes que vem de outras cidades cresce e não tem onde ficar de inicio. Em fim, eu faço parte desse movimento. Estou no casarão junto com meus colegas e ali permaneceremos em forma de protesto até que se apresentem as soluções.
sábado, 25 de setembro de 2010
Essa tal "Demo-cracia"
A noção de democracia nesse país está corrompida, desmoralizada se é que um dia existiu. Estava sentada na varanda da minha casa a um minuto atrás enquanto na TV o candidato a presidência da republica, José serra, em sua propaganda luxuosa, mostrava pobres criaturas que foram “ajudadas” por ele em suas gestões como Ministro da Saúde e Governador de São Paulo. A imagem vendida é de um homem iluminado por uma bondade comovente. Essa é a imagem do bom político brasileiro. Esse é o comercial que as pessoas querem assistir.
Quando pararmos por um momento e refletimos sobre a nossa função política, pararemos em fim de simplificar nossos sentimentos e nossos discursos tão pobres quanto nosso povo ‘assistencializado’ pelos políticos de ‘bom coração demagogo’.
A democracia precisa de mais do que um voto na urna, ao contrario do que diz comercial eleitoral na TV,o voto não é definitivamente o seu passaporte para um futuro melhor! Melhor porra nenhuma. Sejamos sinceros. Quantos de nós nos organizamos politicamente em prol de uma democracia participativa? A população humilde, e quando falo humilde não me refiro aos que vivem em estado de miséria ou que moram em barracos, humilde no Brasil é também nossa classe que já tem poder de compra, uma classe media (baixa) que surge sem interação política, sem educação, sem acesso a um sistema publico de qualidade... Eles então engendrados em um jogo grandioso onde os que ganham no final não aparecem na propaganda eleitoral, porem, financiam as campanhas dos odiados corruptos e dos adorados politicos do ‘bem’! O povo aplaude, vaia, grita, debate na padaria, no ponto de ônibus mas não identifica o verdadeiro câncer social. São carentes, sobretudo, de discernimento. Não gostam de serem chamados de carentes. São orgulhosos, querem o titulo de classe media afinal já entram no Wall Mart sem contar moedas. Pobres, não sabem o poder que teriam na mão se estivessem juntos e organizados.
Por fim, deixo aqui a meu protesto a respeito dessa má democracia, que além de tudo, ainda exclui os partidos que representam ou tentam representar a parcela na qual me referi anteriormente, o nosso povo carente. Partidos politicos, essencialmente de esquerda que não admitem esse modelo neoliberal. Não fazem parte desse jogo maligno dos grandes capitalistas. Os partidos ‘vermelhos’ (com exceção do PT) não participam de debates, ou melhor, não os deixam participar. Esses partidos (PCB, PSOL, PSTU, PCO) apresentam riscos a essa democracia conveniente aos que já tomaram o poder pela força da manipulação. A força da ‘direita’ está camuflada aos olhos ingênuos do nosso povo carente.
domingo, 12 de setembro de 2010
M
Eu te amo, amo tanto. Nem sei se o teu rosto é aquilo que você pintou. Eu te desprezo quando acaba a paciência. Me queixo por estar aqui, envolta em sua teia. Mas, o que seria de mim sem você? Pariste-me, deu-me seu leite... abraçou-me e fez com que eu parasse de chorar, o meu primeiro grito de desespero por estar no mundo. Eu estava sozinha, sem entender por que de tanta luz, de tanto som, de tantas esquisitices nesse universo que se escancarava sem pedir licença. Eu estava sozinha já que não entendia nada além de mim. Mas é claro que você estava lá, com a minha presença. È claro que você me cumprimentou com os olhos embaçados. È claro que eu senti que podia calar meu pavor traduzido em choro por estar com a única pessoa que poderia confiar.
sexta-feira, 6 de agosto de 2010
E...
Minha mãe diz que preciso arrumar um emprego!
Minha irmã diz que banda de rock não leva a nada!
Meu pai diz que preciso parar de fumar!
A vizinha me olha com os olhos de quem diz: "essa menina não me engana"!
Na faculdade, eles dizem que a geografia é humana, mas nos enchem de fisica!
Na T.V não nos dizem porra nenhum, mas falam sem parar!
O transito diz que a cidade não é mais como era antigamente!
Nas rádios dizem que balançar a bunda é mais legal do que ouvir legião urbana!
Eu digo: calem a boka!
A miNhA cArA!
Sou uma pessoa estranha que não sabe explicar o medo que sente. Sou uma dança, uma poesia, qualquer coisa brega jogada na calçada esperando a chuva. Sou uma lunática, com todo o peso que a palavra merece, de maneira que não posso correr da real essência, e que vá pro inferno as malditas aparências . Sou um pouco de mim mesma, e isso por que não vejo saída, e também um pouco do que respiro, do que convivo, do que me apaixono, do que degenero, do que permito, do que sucumbo... Também sou um pouco do que odeio e do que nunca pude ter. E você... O que é você ? Quem é A SUA CARA? Sim, QUEM È a sua CARA?O obvio me parece ridículo.
quarta-feira, 14 de julho de 2010
quinta-feira, 17 de junho de 2010
O Universo Rock n’Roll
Existem varias maneiras de encarar a historia desse estilo musical, levantando suas principais bandas, principais festivais, a evolução dos instrumentos e efeitos sonoros dentro do rock, concepções estéticas que sofreram mudanças ao longo dos anos... Em fim, uma infinidade de tópicos e sub tópicos que poderiam ser explorados e desenvolvidos nesse trabalho, mas existem outras coisas importantes nesse tema que precisam ser encarados. Talvez, mais importante do que a analise do gênero musical é o entendimento da maneira que o Rock influenciou e influencia as pessoas em suas socializações, e o quanto o olhar juvenil, que o rock possui , dá vida a grupos que se agregam por afinidades. Quantos estilos musicais causaram tanta polemica na historia quanto o rock? O rock não poderia ser tão diferente na sua fase embrionária, na medida que surgira de um estilo condenado pela sociedade e visto com subversivo e sujo, o blues.O rock, no seu processo de desenvolvimento adquiriu vários subgêneros e nessas variáveis, conseqüentemente, adeptos de estilos distintos. Cada grupo com suas características especiais, com suas formas de se expressar.
Tentando compreender o universo que cerca os adeptos do Rock entrevistamos alguns jovens, universitários entre 24 a 34 anos, que gostam desse estilo musical, que moram ou estudam na cidade de Campos dos Goytacazes. Uma questão que queríamos responder é “por que o rock é mais do que um estilo musical, é um estilo de ser, de se comportar, de se vestir...? será que a musica é a prolongação de nosso comportamento ou ela que influencia o mesmo? Tentamos descobrir.
Os jovens dessa faixa etária e desse nível de escolaridade compartilham de algumas opiniões e experiências bem interessantes. Apontam o auge da paixão pelo rock como algo adolescente, onde o próprio tempo é diferente na medida em que só se estuda e o resto do dia é dedicado ao grupo de amigos, e nesse momento existe a troca de idéias sobre diversas coisas, uma delas é a musica. Já na fase adulta o rock deixa de ser o estilo predominante e passa a ser mais um estilo entre outros. È claro que as influencias da adolescência não se dissolvem, e isso todos deixam claro. Entretanto há uma abertura para novas vertentes de estilos diferentes.
O interesse pelo rock se justifica pela sua áurea diferente, suas letras que remetem uma proposta de ação, atitude, rebeldia, revolta. È como se as letras expressassem parte das inquietações sociais e pessoais que habitam a mentalidade dos jovens. Naturalmente, esse perfil de jovens entrevistados é uma parcela mínima da sociedade, considerando que são todos alunos de universidades publicas e que cursam ciências humanas, e podemos logo imaginar que esse interesse por musicas de conotação social se justifique (talvez) por serem alunos de cursos desta área social. Seria amplo entrevistar jovens de outros cursos ou até pessoas de outra faixa etária, essa é uma pretensão futura.Voltando as considerações anteriores, o interesse pelo o que diz a letra das musicas é algo comum entre esse grupo, o ritmo em si é pouco citado, o conteúdo ideológico e critico das letras é ressaltado ao longo das entrevistas.
Perguntamos se há preconceito com o estereótipo rockero e as respostas foram unânimes. O preconceito existe na medida em que o jovem deixa “aparecer” o seu gosto musical pela forma de se vestir, por exemplo. “sempre sofri preconceito! Pelo jeito que agente se veste ou pelo jeito de se expressar, as pessoas falam que é do capeta... se foge do padrão de religião você fica segregado” disse um de nossos entrevistados, aluno da UFF, quando perguntado sobre preconceito ao seu estilo. Outra característica comum entre os adeptos do rock como estilo, é o cabelo grande, mais especificamente na adolescência. È exatamente nessa fase que surgem os primeiros olhares julgadores e as primeiras manifestações de preconceito, que em muitos casos, ocorrem dentro de casa.
Muitos desses jovens fazem, ou já fizeram, parte de “tribos” de galeras que compartilham o mesmo gosto musical. O rock se torna uma espécie de pano de fundo (ou trilha sonora) para outras discussões. Questões existenciais e familiares, e até questões políticas, são com alguma freqüência, o que se fala nos encontros dessas “tribos” e o violão é certamente um componente comum entre eles. Passam de ouvintes de rock à reprodutores do rock, criando uma ligação com
o instrumento musical muito grande, aumentando ainda mais o interesse pelas musicas deste estilo, e criando eventualmente o que chamamos de “roda de violão” na qual se canta musicas de bandas admiradas de varias épocas.
Fora dessas tribos o mundo é diferente. As pessoas, em campos, parecem não aceitar bem formas diferentes de se expressar quando o assunto é estilo de se vestir. Uma das estudantes entrevistadas conta sobre um episodio que ocorrera em sua adolescência em que um grupo de pessoas gritaram “pega a estranha!” e foram atrás dela por vários metros, a intimidando, o motivo: ela estava vestida caracteristicamente como gótica, que seria uma vertente do rock. Essa forma de exclusão é sentida por essas pessoas ao longo da adolescência e é minimizada algumas
vezes na vida adulta, na medida que os rockeros vão adotando novas formas de se vestir, formas essas que não evidenciam o seu estilo musical ou até o grupo que pertencem. Essa alteração na maneira de se vestir e de se comportar está geralmente ligada as responsabilidades que exigem a vida adulta, a medida que para arranjar um emprego, normalmente, precisam adequar sua forma de vestir e comportar as exigências do mercado que é competitivo e seletivo e não permite transgressões agressivas ao seu regimento. Referente a maneira de se comportar, é natural que a própria transição da fase adolescente para a vida adulta gere uma alteração de postura e até de visão em relação ao macro do relacionamento em conjunto, isso com o tempo vai moldando a maneira que o individuo se comporta enquanto adulto com obrigações e direitos a exigir. Logo, aquela rebeldia juvenil (que algumas vezes são encaradas como inconseqüência) se transforma em uma adequação de comportamento de acordo com seu meio coletivo, agora, da vida adulta.
Dois entrevistados me chamaram a atenção quando perguntados, que estilo de rock eles mais gostam, e as bandas que mais escutavam. Eles citaram nomes como: Nação zumbi, Tom Zé, El Efecto e Siba. Bandas nacionais que possuem uma sonoridade extremamente mista, que utilizam instrumentos alternativos, de outros estilos musicais como o samba, o chorinho e o maracatu. Ou seja, a idéia de rockero conservador caiu ao chão. O rock é mais do que guitarras distorcidas. O rock é a atitude que se espera de uma musica, e essa opinião fica evidente no discurso dos jovens entrevistados. A banda El Efecto, por exemplo, é uma banda indiscutivelmente heterogenia no quesito sonoridade. Não seria absurdo questionar o gênero da banda, mas segundo um dos jovens fãs: “o que importa é a mensagem que a musica passa, e pra mim essa mensagem é rock n roll”. Naturalmente que essa mensagem que ele se refere é no aspecto social, que é posta, hora implicitamente e de maneira sutil, hora de forma clara e “gritante”. “Nós precisamos de comida, água e luz, eles conservam a fome a seca e a escuridão, nos precisamos lutar contra as diferenças sociais, eles precisam lucrar cada vez mais... Nós precisamos de informação para inverter, Eles precisam da ignorância para se manter, nós precisamos da informação para inverter, eles precisam entreter para ignoranciar, nós se movemos parados, nos se falamos calados, nós sustentamos um desenvolvimento insustentável (...)” trecho da musica: Necessidades Básicas da banda El Efecto.
Bandas clássicas também foram citadas como: Guns N Roses, Nirvana e Pink Floyd. Outra vertente citada foi o Metal. O Metal seria outro estilo musical apêndice ao rock. Ainda há quem diga que o Metal é mais um desdobramento do Hard Rock, ou seja, mais uma vertente como outra qualquer. Mas entre adeptos do Metal, é natural teses separativas de um estilo em relação ao outro. Um dos alunos da UFF, citou bandas de Death Metal como, por exemplo, Sufferage e Fleshgod Apocalypse como as mais importantes dentro do gênero, se contrapondo totalmente a opinião de um outro colega que fez referencia a Raul seixas como uma grande influencia. Quer dizer, dentro de um mesmo gênero musical, ou de gêneros irmãos, existe sonoridades totalmente opostas, com concepções de arranjo tão divergentes. A idéia de crítica é comum a quase todas as vertentes do Rock. Critica a religião, critica comportamental, familiar, social, ideológica... Essa é a grande ligação entre as mais variadas vertentes desse estilo musical, por mais antagônicas que pareçam elas seguem um ritual, uma tradição critica que conquista tantos admiradores.
Influencia familiar não parece ser predominantemente importante ou influenciável no gosto musical dos jovens, muitos se lembram de ter ouvido os pais escutando qualquer coisa de rock em algum período da vida outros os consideram remanescentes do movimento Rip, mas como já comentamos anteriormente, é na rua que nasce o interesse por esse tipo de som. Alguns desses entrevistados se referem ao gosto musical dos pais de forma pejorativa, abominando as influencias familiares e adotando as influencias das rodas de amigos do período da adolescência.
Mas afinal: o que há de comum entre os rockeros? “nada em comum. A idéia de contestação é viva, mas hoje em dia isso não prevalece. Hoje em dia o Rep carrega a chama da contestação mais intensa que o rock...” essa é a opinião de um estudante da UENF que teve em sua adolescência todo o estereótipo de rockero, sofrera preconceito pelo seu modo de vestir e pela turma que andava, mas hoje vê o rock de maneira diferente, na medida em que esse estilo ao se popularizar perdeu muitas características que eram admiradas no passado, isso porque ao se tornar um estilo comercial, teve que se adequar cada vez mais as exigências de um mercado que nem sempre (ou quase nunca, dependendo do ponto de vista) presa pela qualidade das letras, dando margem a bandas que valorizam mais o “barulho”,e menos o que diz. “Vontade de rebeldia! Mas é claro que é mais fácil ser rebelde quando se tem um pai petroleiro. Ser rebelde como nós fomos, é uma outra coisa.” Disse um outro jovem univresitário (da UFF campos) se referindo a afinidade entre os rockeros, e nesse caso destacando uma relação de classes.
È claro que Rock n’ Roll não é só critica social e ideológica, mas ainda sim é uma das características mais importantes, pelo menos aos olhos desse grupo de universitários da cidade de Campos.
artigo escrito por : Bruna Machel
09 de junho de 2010
quarta-feira, 14 de abril de 2010
Contos de dormir
Pular do décimo quarto andar com a euforia de quem toma um Milk sheik de ovo maltine, saboreando o vento na cara com a coragem que cabe a tais momentos de cumprimento da irresponsabilidade de não me ater a regras, mas sim aos sentidos e desejos de ver você nascer poente diante de mim. Eu sei: você não existe em tempo e espaço possíveis e cabíveis ao meu entendimento, mas vivo a expectativa de te achar por ai, em algum lugar improvável, e te apresentar o meu mundo novo, cheio de velharias. Te abrir a porta e deixar entrar você, que não sei quem é, e pedir com aquela educação hausiana que você me conte do seu dia e da sua noite, e também dos seu sonhos, das suas bobagens, dos seus devaneios juvenis. Bom dia pra você, pessoa amada. Vá cuidar dos seus. Vou ficar aqui olhando pro nada e assistindo, finalmente, algo de jazz. Volte quando tudo for verdade!
domingo, 11 de abril de 2010
virgula (fragmento)
...penso aqui com meus botões invisíveis se não seria bom morrer de amor, tendo uma overdose de Led Zeppelin, com cerveja na cara, pouca roupa, em um dia par. Mas, não. Me obrigo a ficar viva, e tentar entender alguma coisa nessa bola azul e marrom, cheia de climas, bichos, oxigênio e paranóia.
um lugar no espaço
Então se não há lugar pra minhas coisas, uma prateleira pra caber. Se não há finalmente um canto pra guardar, se não há então um buraco ou uma fresta qualquer pra esconder... Não posso com esse tanto, mas levo pra onde vou. Carregando contrariada: essas bugigangas que me enfeitam toscamente. A mim não cabe mais nada alem de minhas alegorias. São minhas as alegorias e elas estão aqui me fazendo companhia me deixando multicor, me pesando as costas. Alegremente as tiro do bolso e as penduro no pescoço. Uma hora dessas e eu as amarro aos punhos e ficam ali parecendo algemas me impossibilitando, me prendendo a circulação. Que mal podem fazer? Estava doendo e eu me voltei ao espelho pra ver se ao menos sobrara a estética. Os anos haviam arranhado minha face e estava com aquela cara estranha que lembrei ter visto um dia desses e achado engraçada, agora, entretanto, tentava entender as marcas e as achava intrusas. Elas estavam... Elas estão querendo pesar também.
Então elas brilhavam no escuro, causando nas pessoas medias uma curiosidade. Aqueles inferiores ficam com medo dos pontos luminosos que precisam do breu para se fazer presente. Eu posso achar normal já que não me espanto mais. È assim a quanto tempo? Tempo demais... Uma vida toda. E as minhas coisas, que são coisas que carrego comigo, no mais profundo breu de minha existência, são como uma mãe e um pai. Não substituem os meus pais, mas educam e me estragam como fizeram eles. Também são parte mestiça das coisas pesadas que carrego... mas as coisas também me carregam até um certo caminho, comigo ficam até eu me entender. Até hoje sempre estiveram comigo.
Ai eu arregalava os olhos no meio da noite, mas estava sonhando. Na verdade eu estava sonhando que arregalava os olhos e via um buraco profundo e lindo, e ali depositava minhas bugigangas e as enterrava sem por uma cruz pra marcar território. Os olhos abriam em chama, pois estava acordando e tive consciência de estar acordando e doeu novamente. Mas eu tinha cor, varias, muitas, diversas... são tantas cores. Mas elas só são vistas no escuro. Em algum lugar no espaço.
Então elas brilhavam no escuro, causando nas pessoas medias uma curiosidade. Aqueles inferiores ficam com medo dos pontos luminosos que precisam do breu para se fazer presente. Eu posso achar normal já que não me espanto mais. È assim a quanto tempo? Tempo demais... Uma vida toda. E as minhas coisas, que são coisas que carrego comigo, no mais profundo breu de minha existência, são como uma mãe e um pai. Não substituem os meus pais, mas educam e me estragam como fizeram eles. Também são parte mestiça das coisas pesadas que carrego... mas as coisas também me carregam até um certo caminho, comigo ficam até eu me entender. Até hoje sempre estiveram comigo.
Ai eu arregalava os olhos no meio da noite, mas estava sonhando. Na verdade eu estava sonhando que arregalava os olhos e via um buraco profundo e lindo, e ali depositava minhas bugigangas e as enterrava sem por uma cruz pra marcar território. Os olhos abriam em chama, pois estava acordando e tive consciência de estar acordando e doeu novamente. Mas eu tinha cor, varias, muitas, diversas... são tantas cores. Mas elas só são vistas no escuro. Em algum lugar no espaço.
folhas amareladas
(...)
È a história de uma garota sendo contada em folhas amareladas. Ela precisa existir, porque ela tem coisas a fazer. Ela não sabe de nada, porque ela não esta totalmente ali. Parte dela ficou em um mundo distante aonde passa seu tempo. Da janela do trem o que se vê é aquela paisagem animada de vulcões e duelos com espadas.
È a história de uma garota sendo contada em folhas amareladas. Ela precisa existir, porque ela tem coisas a fazer. Ela não sabe de nada, porque ela não esta totalmente ali. Parte dela ficou em um mundo distante aonde passa seu tempo. Da janela do trem o que se vê é aquela paisagem animada de vulcões e duelos com espadas.
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