"Ou os estudantes se identificam com o destino do seu povo, com ele sofrendo a mesma luta, ou se dissociam do seu povo, e nesse caso, serão aliados daqueles que exploram o povo".
(Florestan Fernandes).
Mais uma vez, a história se repete como farsa: difamações, acusações desesperadas, informações pela metade... Além disso, achamos que os estudantes merecem respeito e não debate raso, sem jargões nem falsidades. Diante disso, nós da UJC, na UFF, achamos importante esclarecer fatos e decisões ocorridas no último Conselho Universitário (CUV).
No dia 29/11 foi realizado o Conselho de CA’s e DA’s, onde, tendo como ponto principal de pauta a questão da ciclovia, foi deliberado que: não haveria concessão de terreno da Universidade para a prefeitura; seria proposto a criação de um GT paritário para a construção de tal projeto de ciclovia, composto pelos os três seguimentos da Universidade: estudantes, técnico-administrativos e professores, além da criação um GT mais amplo composto pelos estudantes da UFF; e que não seria votada a aprovação de nenhum projeto fechado no Conselho Universitário do dia seguinte.
Foi respeitando essas decisões da base do movimento estudantil que nós, da UJC, nos comportamos no CUV. Para os que não estavam no dia, basta lerem a relatoria do Conselho, para terem clareza do que foi votado. Em nenhum momento colocamos em questão a possibilidade de cessão de terreno da Universidade para a Prefeitura de Niterói, como nos acusa de maneira irresponsável e leviana as cartas recém divulgadas na Internet.
Para a informação,aos “confusos” militantes do PSTU e aos combativos mas equivocados companheiros da CST , cessão e permissão de uso são duas coisas totalmente distintas: não estamos cedendo terreno da Universidade para a prefeitura, mas sim permitindo a construção da ciclovia, desde que sobre cláusulas prévias que devem ser elaboradas e disputadas pelos estudantes, técnico-administrativos e professores, e que não será votado a aprovação de nenhum projeto no Conselho Universitário durante as férias.
Portanto, trata-se de uma oportunidade para avançarmos no que sempre reivindicamos: a elaboração de um projeto contra-hegemônico de universidade, que vai desde a criação de espaços de socialização para os estudantes até um projeto de universidade que esteja totalmente voltado para as reais demandas dos trabalhadores. O G.T paritário e aberto para construção deste projeto, deve ser um salto de qualidade na organização e na contra-ofensiva das forças progressistas atuantes dentro e fora da universidade,por exatamente, não possuirmos nenhuma ilusão com qualquer conivência com a reitoria e com os setores conservadores da universidade.Trata-se de uma disputa que teremos que travar!
Infelizmente, a juventude do PSTU teima em ignorar esses fatos, seja por adotarem uma política de “contra tudo e contra todos”, (lembrando inclusive que a construção de uma ciclovia é demanda dos estudantes desde a ocupação) seja por cismarem em manter uma postura de falsas acusações, contribuindo cada vez mais para o isolamento e divisão do movimento estudantil. Propor uma “tática de vigilância constante” , como sugere o coletivo estudantil da CST, é enveredar por um caminho de lançar o movimento estudantil em um defensionismo mecânico, pouco propositivo, e que não enxerga as possibilidades da construção concreta de um contra-projeto que realmente dispute hegemonia na universidade,em articulação com os setores populares que estão fora desta.
Ao longo dos seus 84 anos de tradição no bojo das lutas dos estudantes e dos trabalhadores, a União da Juventude Comunista vem se reconstruindo com bastante notoriedade na UFF. Reconstrução vinculada às bases do movimento estudantil, respeitando seus fóruns, bem como sua pluralidade, compreendendo e atuando no sentido de contribuir para a superação de suas contradições. Além disso, nos pautamos por ações que superem o estado atual do ME, buscando, acima de tudo, outro modelo de universidade, que se vincule às necessidades da classe trabalhadora: a Universidade Popular.
Foi exatamente assim, durante a vitoriosa ocupação da reitoria, feita por todos os estudantes, que nós, comunistas, participamos sem nos furtar do debate e da proposição de ações concretas em meio a propostas alternativas às de nossa organização política. Temos imenso orgulho de participar desta fase atual do movimento da UFF: a de articulação real dos estudantes com as demandas populares, na luta por uma nova universidade. Mesmo com divergências, devemos ecoar o grito das necessidades da classe trabalhadora que estão dentro e fora da universidade.
Nosso chamado à unidade não é, portanto, discurso vazio,oportunista e alheio às mediações reais presentes no cotidiano, visando apenas construir nossa própria organização. Temos clareza de que o sucesso deste projeto será obra da capacidade de todo o movimento estudantil e não de poucos “iluminados”. A vitória dependerá de nossa relação com os setores progressistas de dentro e fora da universidade, sobretudo com os setores populares organizados em toda Niterói.
Sabemos exatamente qual é o adversário a ser batido: são as forças que representam o grande Capital, sejam os conhecidos privatistas do dinheiro público, sejam aqueles travestidos de revolucionários. Nossa contribuição na UFF é desmascará-las, em todos os espaços,pois,ao realizar acusações e deturpações da realidade ,como transparece os militantes do PSTU em sua carta, reproduzem-se práticas conservadoras e não se furtam do desejo de aparelhar entidades. Eles servem à conservação dos mesmos velhos interesses, travestidos de rebeldia e novidade.
A UJC aprendeu muito e não cessará em aprender com a vida que pulsa nas ruas e onde quer que haja luta contra os interesses privados. Superamos ditaduras, ataques de organizações de direita e daquelas travestidas de esquerda, quando declararam nossa morte. A realidade não para de provar a necessidade de afirmar a solidariedade, a igualdade entre os seres humanos e a luta contra a conservação do status quo.
A lição que tiramos, e fazemos ecoar agora, é a de confiar nas decisões coletivas e reforçar cada vez mais os fóruns legítimos dos estudantes: o Conselho de CA’s e DA’s. Analisar a dinâmica da realidade é nossa obrigação e não esperaremos que os representantes dos interesses privados, nossos adversários, o façam por nós. A tarefa mais importante, e que deveria ser entendida por aqueles que nos atacam, é a construção de uma real unidade de ação em torno do projeto de universidade alternativo ao grande Capital e não a divisão do movimento estudantil combativo.
O momento é de ofensiva contra a lógica excludente.Os estudantes da UFF devem ousar ainda mais e, para acumular mais vitórias, necessitam unificar-se em torno de um projeto propositivo e estratégico, e não meramente no campo da negação, que nada propõe no lugar daquilo que nega. Ignorar a luta por uma universidade nova é aceitar o que se tem hoje, mesmo que sob um discurso que se pretende contestador. É organizar derrotas, é se isolar da realidade que vibra nas ruas, é não ler o que a vida nos ensina!
Não basta mais negar tudo!
É hora de criar! Criar a Universidade Popular!
União da Juventude Comunista
Fundada em 1° de agosto de 1927
(Florestan Fernandes).
Mais uma vez, a história se repete como farsa: difamações, acusações desesperadas, informações pela metade... Além disso, achamos que os estudantes merecem respeito e não debate raso, sem jargões nem falsidades. Diante disso, nós da UJC, na UFF, achamos importante esclarecer fatos e decisões ocorridas no último Conselho Universitário (CUV).
No dia 29/11 foi realizado o Conselho de CA’s e DA’s, onde, tendo como ponto principal de pauta a questão da ciclovia, foi deliberado que: não haveria concessão de terreno da Universidade para a prefeitura; seria proposto a criação de um GT paritário para a construção de tal projeto de ciclovia, composto pelos os três seguimentos da Universidade: estudantes, técnico-administrativos e professores, além da criação um GT mais amplo composto pelos estudantes da UFF; e que não seria votada a aprovação de nenhum projeto fechado no Conselho Universitário do dia seguinte.
Foi respeitando essas decisões da base do movimento estudantil que nós, da UJC, nos comportamos no CUV. Para os que não estavam no dia, basta lerem a relatoria do Conselho, para terem clareza do que foi votado. Em nenhum momento colocamos em questão a possibilidade de cessão de terreno da Universidade para a Prefeitura de Niterói, como nos acusa de maneira irresponsável e leviana as cartas recém divulgadas na Internet.
Para a informação,aos “confusos” militantes do PSTU e aos combativos mas equivocados companheiros da CST , cessão e permissão de uso são duas coisas totalmente distintas: não estamos cedendo terreno da Universidade para a prefeitura, mas sim permitindo a construção da ciclovia, desde que sobre cláusulas prévias que devem ser elaboradas e disputadas pelos estudantes, técnico-administrativos e professores, e que não será votado a aprovação de nenhum projeto no Conselho Universitário durante as férias.
Portanto, trata-se de uma oportunidade para avançarmos no que sempre reivindicamos: a elaboração de um projeto contra-hegemônico de universidade, que vai desde a criação de espaços de socialização para os estudantes até um projeto de universidade que esteja totalmente voltado para as reais demandas dos trabalhadores. O G.T paritário e aberto para construção deste projeto, deve ser um salto de qualidade na organização e na contra-ofensiva das forças progressistas atuantes dentro e fora da universidade,por exatamente, não possuirmos nenhuma ilusão com qualquer conivência com a reitoria e com os setores conservadores da universidade.Trata-se de uma disputa que teremos que travar!
Infelizmente, a juventude do PSTU teima em ignorar esses fatos, seja por adotarem uma política de “contra tudo e contra todos”, (lembrando inclusive que a construção de uma ciclovia é demanda dos estudantes desde a ocupação) seja por cismarem em manter uma postura de falsas acusações, contribuindo cada vez mais para o isolamento e divisão do movimento estudantil. Propor uma “tática de vigilância constante” , como sugere o coletivo estudantil da CST, é enveredar por um caminho de lançar o movimento estudantil em um defensionismo mecânico, pouco propositivo, e que não enxerga as possibilidades da construção concreta de um contra-projeto que realmente dispute hegemonia na universidade,em articulação com os setores populares que estão fora desta.
Ao longo dos seus 84 anos de tradição no bojo das lutas dos estudantes e dos trabalhadores, a União da Juventude Comunista vem se reconstruindo com bastante notoriedade na UFF. Reconstrução vinculada às bases do movimento estudantil, respeitando seus fóruns, bem como sua pluralidade, compreendendo e atuando no sentido de contribuir para a superação de suas contradições. Além disso, nos pautamos por ações que superem o estado atual do ME, buscando, acima de tudo, outro modelo de universidade, que se vincule às necessidades da classe trabalhadora: a Universidade Popular.
Foi exatamente assim, durante a vitoriosa ocupação da reitoria, feita por todos os estudantes, que nós, comunistas, participamos sem nos furtar do debate e da proposição de ações concretas em meio a propostas alternativas às de nossa organização política. Temos imenso orgulho de participar desta fase atual do movimento da UFF: a de articulação real dos estudantes com as demandas populares, na luta por uma nova universidade. Mesmo com divergências, devemos ecoar o grito das necessidades da classe trabalhadora que estão dentro e fora da universidade.
Nosso chamado à unidade não é, portanto, discurso vazio,oportunista e alheio às mediações reais presentes no cotidiano, visando apenas construir nossa própria organização. Temos clareza de que o sucesso deste projeto será obra da capacidade de todo o movimento estudantil e não de poucos “iluminados”. A vitória dependerá de nossa relação com os setores progressistas de dentro e fora da universidade, sobretudo com os setores populares organizados em toda Niterói.
Sabemos exatamente qual é o adversário a ser batido: são as forças que representam o grande Capital, sejam os conhecidos privatistas do dinheiro público, sejam aqueles travestidos de revolucionários. Nossa contribuição na UFF é desmascará-las, em todos os espaços,pois,ao realizar acusações e deturpações da realidade ,como transparece os militantes do PSTU em sua carta, reproduzem-se práticas conservadoras e não se furtam do desejo de aparelhar entidades. Eles servem à conservação dos mesmos velhos interesses, travestidos de rebeldia e novidade.
A UJC aprendeu muito e não cessará em aprender com a vida que pulsa nas ruas e onde quer que haja luta contra os interesses privados. Superamos ditaduras, ataques de organizações de direita e daquelas travestidas de esquerda, quando declararam nossa morte. A realidade não para de provar a necessidade de afirmar a solidariedade, a igualdade entre os seres humanos e a luta contra a conservação do status quo.
A lição que tiramos, e fazemos ecoar agora, é a de confiar nas decisões coletivas e reforçar cada vez mais os fóruns legítimos dos estudantes: o Conselho de CA’s e DA’s. Analisar a dinâmica da realidade é nossa obrigação e não esperaremos que os representantes dos interesses privados, nossos adversários, o façam por nós. A tarefa mais importante, e que deveria ser entendida por aqueles que nos atacam, é a construção de uma real unidade de ação em torno do projeto de universidade alternativo ao grande Capital e não a divisão do movimento estudantil combativo.
O momento é de ofensiva contra a lógica excludente.Os estudantes da UFF devem ousar ainda mais e, para acumular mais vitórias, necessitam unificar-se em torno de um projeto propositivo e estratégico, e não meramente no campo da negação, que nada propõe no lugar daquilo que nega. Ignorar a luta por uma universidade nova é aceitar o que se tem hoje, mesmo que sob um discurso que se pretende contestador. É organizar derrotas, é se isolar da realidade que vibra nas ruas, é não ler o que a vida nos ensina!
Não basta mais negar tudo!
É hora de criar! Criar a Universidade Popular!
União da Juventude Comunista
Fundada em 1° de agosto de 1927
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