terça-feira, 29 de março de 2011
O ministro da Educação Fernando Haddad após reunião com a ministra do Planejamento Mirian Belchior, anunciou o corte de 1 bilhão de Reais para a educação, o que acarretará dramaticamente na contenção de gastos nas universidades públicas de todo o país.
Os maiores prejudicados são os cursos do REUNI. Segundo o governo, por falta de verbas os 3.500 professores que deveriam ser efetivados pro concurso público serão contratados por regime temporário.
A nossa presidente Dilma nos dá essa surpresa logo no inicio de seu mandato? Talvez ela tenha esquecido que a universidade pública no Brasil, que vem sofrendo processo de expansão, já apresenta níveis muito altos de precarização, e de insuficiente infra-estrutura. É o caso da Universidade Federal Fluminense, na qual seus estudantes reivindicam vários elementos faltosos e que agora com esse corte absurdo na educação, sabemos que a tendência é piorar.
Por mais salas de aula! Maior investimento em pesquisa, extensão, alojamento estudantil, infra-estrutura que atenda as necessidades acadêmicas e culturais...!!!Contra o corte na educação!!! A luta é longa, mas não podemos cruzar os braços e esperar.
O papel do Movimento Estudantil é exatamente contestar e brigar por maior respeito por nossa educação. E qualquer entidade que se diga representar os estudantes tem de ter isso como obrigação.
domingo, 27 de março de 2011
"Rimadaria"
Essa tal de rima...
e pra que rimar?
procuro as palavras certas
para declamar
em prosa
gaguejo sempre
e me falta a forma certa de dizer com as palavras que aprendi quando eu
era uma guria
esperei e me curvei
sua boca vermelha
pele morena
olhos que nem sei de onde vem
e por que não vem
morena, de boca e pernas
prometo não falhar
além das palavras
de armas no chão
de mãos vazias
e coração cheio de esperança
como quando eu era uma criança
que fui, e serei, e sou
Pois bem
virei a ti
e a ti com formas próprias e inventadas
voltarei poeticamente.
Essa tal de rima...
e pra que rimar?
procuro as palavras certas
para declamar
em prosa
gaguejo sempre
e me falta a forma certa de dizer com as palavras que aprendi quando eu
era uma guria
esperei e me curvei
sua boca vermelha
pele morena
olhos que nem sei de onde vem
e por que não vem
morena, de boca e pernas
prometo não falhar
além das palavras
de armas no chão
de mãos vazias
e coração cheio de esperança
como quando eu era uma criança
que fui, e serei, e sou
Pois bem
virei a ti
e a ti com formas próprias e inventadas
voltarei poeticamente.
Maria Cega
Maria é uma mulher, de trinta e tal. Não sorri, não ama, não chora. Ela é a Maria sem João, sem Pedro, sem Nicolau. Ela vivia uma vida vazia, sem os filhos, sem os pais, sem a saudade... por que assim foi criada pelo mundo, e não reclamou sempre das coisas que lhe faltaram. Aceitou bem o escuro e ali caiu e ficou, ela perdeu a fé, e nunca teve mais. Lhe chamaram de vaca, de burra, de decadente. Eu a olhei nos olhos e esperei algo que dissesse. O silêncio preferiu alertar, e assim foi. A Maria da Paixão, esqueceu de lembrar, e os outros lá fora não sentiram nada. Nem a falta, nem a saudade que ela já havia rejeitado.
É Musica!
Sereníssima
Legião Urbana
Sou um animal sentimental
Me apego facilmente ao que desperta meu desejo
Tente me obrigar a fazer o que não quero
E você vai logo ver o que acontece.
Acho que entendo o que você quis me dizer
Mas existem outras coisas.
Consegui meu equilíbrio cortejando a insanidade,
Tudo está perdido mas existem possibilidades.
Tínhamos a idéia, você mudou os planos
Tínhamos um plano, você mudou de idéia
Já passou, já passou - quem sabe outro dia.
Antes eu sonhava, agora já não durmo
Quando foi que competimos pela primeira vez?
O que ninguém percebe é o que todo mundo sabe
Não entendo terrorismo, falávamos de amizade.
Não estou mais interessado no que sinto
Não acredito em nada além do que duvido
Você espera respostas que eu não tenho
Não vou brigar por causa disso
Até penso duas vezes se você quiser ficar.
Minha laranjeira verde, por que está tão prateada?
Foi da lua dessa noite, do sereno da madrugada
Tenho um sorriso bobo, parecido com soluço
Enquanto o caos segue em frente
Com toda a calma do mundo.
terça-feira, 22 de março de 2011
Documento protocolado no Ministerio Público
FUPO FAZ REPRESENTAÇÃO AO MPE SOBRE O CUSTO ELEVADO DA ILUMINAÇÃO PÚBLICA EM CAMPOS
Douto Ministério Público da Comarca de Campos dos Goytacazes (RJ)
A Frente de Unidade Popular, associação civil de facto, composta pelas representações regionais do Partido Comunista Brasileiro (PCB), Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), Partido Socialista dos Trabalhadores Unificados (PSTU), União da Juventude Comunista (UJC), Movimento Estudantil do Norte Fluminense (MENF), e Diretório Central dos Estudantes da Universidade Estadual do Norte Fluminense (DCE UENF), vem, com fulcro no artigo 1º, II, da Constituição Federal, encaminhar a presente
Representação
pelos motivos de fato e de direito abaixo apresentados:
PREÂMBULO
A Frente de Unidade Popular, cognominada “FUPo” por seus integrantes, nasceu a partir de um movimento cívico integrado por diversos movimentos e partidos progressistas existentes na cidade.
Com um programa claramente popular, a FUPo exibiu seu manifesto à população campista no dia 01/02/2011 com manifestação realizada em ponto fulcral da cidade, o Boulevard Francisco de Paula Carneiro, com o intento de, dentre outros objetivos, fiscalizar a administração pública municipal, colaborar para o fortalecimento das instituições democráticas e reafirmar os princípios fundamentais de tais instituições, particularmente os que envolvem o Ministério Público (MP) e o Poder Judiciário, cuja relatoria na Constituição deve-se a Plínio de Arruda Sampaio, hoje integrante de um partidos apontados acima e constituinte decisivo pela atribuição de poderes ao MP para a defesa de direitos coletivos e difusos.
Desse modo, nutrindo respeito às Leis e confiando na força da mobilização popular, a FUPo vem organizando manifestações de rua e estreitando diálogo com instituições para, ao coordenar as ações de massas e noticiar importantes informações ao Estado, reanimar a consciência cidadã do povo de Campos, criando um novo espírito de civismo e de cidadania.
DOS FATOS
O município de Campos publicou no Diário Oficial do dia 8 de julho de 2010 termo aditivo com o intento de renovar contrato de prestação de manutenção e gerenciamento de pontos públicos de luz no município de Campos com a empresa INOVALUZ GESTORA DE COMUNICAÇÃO URBANA LTDA. pelo valor de R$ 18.184.256,58/ano (doc anexo).
Embora nossa área geográfica nos faça gozar o título de maior município do estado, contamos com apenas 42 mil postes de luz, conforme informações obtidas no site da Prefeitura. Tais postes, ao contrário do que ocorre em diversas cidades de porte semelhante ao de Campos, são muito simples, quase todos de uma só lâmpada. É o que conclui-se de notícia publicada no site da citada empresa (Brilha Campos) quando afirma que “15 mil lâmpadas” correspondem “a 32% de todo o município”.
Desta maneira, após simples cálculo, depreende-se que o custo exigido para a manutenção de um poste no município de Campos é de abismais R$ 432,95 (quatrocentos e trinta e dois reais e noventa e cinco centavos) por mês.
Não obstante a reflexão em termos absolutos, sobre o injustificado preço envolvido na manutenção de um poste de luz em nossa cidade; trazemos à baila informações sobre os custos de manutenção de postes no município do Rio com o intento de produzir efeitos comparativos.
Em matéria publicada na versão on line do jornal O Globo, o famoso diário traz a informação de que o custo de manutenção de um poste no Rio “oscila entre R$ 9 e R$ 10 reais por mês” e que o então prefeito do Rio, Eduardo Paes, ainda recomendara estudos para permitir o barateamento dos serviços para a faixa dos R$ 7 reais (doc. Anexo) .
Deste modo, mesmo que ajustemos a faixa de preços (R$ 9 a R$ 10 reais) ao índice inflacionário apurado no período de agosto de 2009 a fevereiro de 2011 (R$ 10,19/R$ 11,33)[1] ainda constatamos que o custo de manutenção de um poste de luz em Campos é 42X - QUARENTA E DUAS VEZES mais caro que aquele apurado no município do Rio!!
(...)
Douto Ministério Público da Comarca de Campos dos Goytacazes (RJ)
A Frente de Unidade Popular, associação civil de facto, composta pelas representações regionais do Partido Comunista Brasileiro (PCB), Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), Partido Socialista dos Trabalhadores Unificados (PSTU), União da Juventude Comunista (UJC), Movimento Estudantil do Norte Fluminense (MENF), e Diretório Central dos Estudantes da Universidade Estadual do Norte Fluminense (DCE UENF), vem, com fulcro no artigo 1º, II, da Constituição Federal, encaminhar a presente
Representação
pelos motivos de fato e de direito abaixo apresentados:
PREÂMBULO
A Frente de Unidade Popular, cognominada “FUPo” por seus integrantes, nasceu a partir de um movimento cívico integrado por diversos movimentos e partidos progressistas existentes na cidade.
Com um programa claramente popular, a FUPo exibiu seu manifesto à população campista no dia 01/02/2011 com manifestação realizada em ponto fulcral da cidade, o Boulevard Francisco de Paula Carneiro, com o intento de, dentre outros objetivos, fiscalizar a administração pública municipal, colaborar para o fortalecimento das instituições democráticas e reafirmar os princípios fundamentais de tais instituições, particularmente os que envolvem o Ministério Público (MP) e o Poder Judiciário, cuja relatoria na Constituição deve-se a Plínio de Arruda Sampaio, hoje integrante de um partidos apontados acima e constituinte decisivo pela atribuição de poderes ao MP para a defesa de direitos coletivos e difusos.
Desse modo, nutrindo respeito às Leis e confiando na força da mobilização popular, a FUPo vem organizando manifestações de rua e estreitando diálogo com instituições para, ao coordenar as ações de massas e noticiar importantes informações ao Estado, reanimar a consciência cidadã do povo de Campos, criando um novo espírito de civismo e de cidadania.
DOS FATOS
O município de Campos publicou no Diário Oficial do dia 8 de julho de 2010 termo aditivo com o intento de renovar contrato de prestação de manutenção e gerenciamento de pontos públicos de luz no município de Campos com a empresa INOVALUZ GESTORA DE COMUNICAÇÃO URBANA LTDA. pelo valor de R$ 18.184.256,58/ano (doc anexo).
Embora nossa área geográfica nos faça gozar o título de maior município do estado, contamos com apenas 42 mil postes de luz, conforme informações obtidas no site da Prefeitura. Tais postes, ao contrário do que ocorre em diversas cidades de porte semelhante ao de Campos, são muito simples, quase todos de uma só lâmpada. É o que conclui-se de notícia publicada no site da citada empresa (Brilha Campos) quando afirma que “15 mil lâmpadas” correspondem “a 32% de todo o município”.
Desta maneira, após simples cálculo, depreende-se que o custo exigido para a manutenção de um poste no município de Campos é de abismais R$ 432,95 (quatrocentos e trinta e dois reais e noventa e cinco centavos) por mês.
Não obstante a reflexão em termos absolutos, sobre o injustificado preço envolvido na manutenção de um poste de luz em nossa cidade; trazemos à baila informações sobre os custos de manutenção de postes no município do Rio com o intento de produzir efeitos comparativos.
Em matéria publicada na versão on line do jornal O Globo, o famoso diário traz a informação de que o custo de manutenção de um poste no Rio “oscila entre R$ 9 e R$ 10 reais por mês” e que o então prefeito do Rio, Eduardo Paes, ainda recomendara estudos para permitir o barateamento dos serviços para a faixa dos R$ 7 reais (doc. Anexo) .
Deste modo, mesmo que ajustemos a faixa de preços (R$ 9 a R$ 10 reais) ao índice inflacionário apurado no período de agosto de 2009 a fevereiro de 2011 (R$ 10,19/R$ 11,33)[1] ainda constatamos que o custo de manutenção de um poste de luz em Campos é 42X - QUARENTA E DUAS VEZES mais caro que aquele apurado no município do Rio!!
(...)
segunda-feira, 21 de março de 2011
Eu fui =P
Balada Curta
Evento cultural realizado na Associação de Impressa Campista (AIC) com a participação de cineastras, jornalistas e admiradores. Eu estive lá conferindo os Curtas e adorei as instalações da Associação, e o som de vinil que iniciou a noite. Deveríamos ter mais eventos deste, e também,e principalmente, com mais divulgação. Muitas pessoas que comentei sobre o evento, não ficaram sabendo e por isso não foram. Mas em fim, parabéns ao cinema Campista. Que venham mais, e mais eventos como este!!!
Evento cultural realizado na Associação de Impressa Campista (AIC) com a participação de cineastras, jornalistas e admiradores. Eu estive lá conferindo os Curtas e adorei as instalações da Associação, e o som de vinil que iniciou a noite. Deveríamos ter mais eventos deste, e também,e principalmente, com mais divulgação. Muitas pessoas que comentei sobre o evento, não ficaram sabendo e por isso não foram. Mas em fim, parabéns ao cinema Campista. Que venham mais, e mais eventos como este!!!
É Musica
segunda-feira, 14 de março de 2011
Anarquismo ou Socialismo?
O eixo da vida social moderna é a luta de classes. No curso dessa luta, porém, cada classe é guiada pela sua ideologia. A burguesia possui sua própria ideologia: o chamado liberalismo. O proletariado também possui sua própria ideologia: é, como se sabe, o socialismo.
Não se pode considerar o liberalismo como um todo uno e indivisível; subdivide-se em diferentes tendências correspondentes às diferentes camadas da burguesia.
O socialismo tampouco é uno e indivisível: nele também existem diferentes tendências.
Não nos ocuparemos aqui da análise do liberalismo; é melhor adiá-la para outra ocasião. Queremos dar a conhecer ao leitor somente o socialismo e suas correntes. A nosso ver, isto lhe será mais interessante.
Subdivide-se o socialismo em três correntes principais: reformismo, anarquismo e marxismo.
O reformismo (Bernstein e outros), que considera o socialismo somente como um objetivo remoto e nada mais; o reformismo que, de fato, nega a revolução socialista e procura instaurar o socialismo por via pacífica; o reformismo, que não preconiza a luta de classes, mas sim a colaboração entre as classes, – esse reformismo decompõe-se dia a dia, perde dia a dia todos os traços do socialismo e, em nossa opinião, não tem nenhuma necessidade de ser aqui, nestes artigos, analisado, ao definirmos o socialismo.
Coisa completamente distinta ocorre com o marxismo e o anarquismo: ambos são reconhecidos, no momento atual, como correntes socialistas, ambos travam entre si uma luta encarniçada, ambos esforçam-se por apresentar-se aos olhos do proletariado como doutrinas autenticamente socialistas, e, sem dúvida, o exame e a comparação delas entre si será para o leitor muito mais interessante.
Não se pode considerar o liberalismo como um todo uno e indivisível; subdivide-se em diferentes tendências correspondentes às diferentes camadas da burguesia.
O socialismo tampouco é uno e indivisível: nele também existem diferentes tendências.
Não nos ocuparemos aqui da análise do liberalismo; é melhor adiá-la para outra ocasião. Queremos dar a conhecer ao leitor somente o socialismo e suas correntes. A nosso ver, isto lhe será mais interessante.
Subdivide-se o socialismo em três correntes principais: reformismo, anarquismo e marxismo.
O reformismo (Bernstein e outros), que considera o socialismo somente como um objetivo remoto e nada mais; o reformismo que, de fato, nega a revolução socialista e procura instaurar o socialismo por via pacífica; o reformismo, que não preconiza a luta de classes, mas sim a colaboração entre as classes, – esse reformismo decompõe-se dia a dia, perde dia a dia todos os traços do socialismo e, em nossa opinião, não tem nenhuma necessidade de ser aqui, nestes artigos, analisado, ao definirmos o socialismo.
Coisa completamente distinta ocorre com o marxismo e o anarquismo: ambos são reconhecidos, no momento atual, como correntes socialistas, ambos travam entre si uma luta encarniçada, ambos esforçam-se por apresentar-se aos olhos do proletariado como doutrinas autenticamente socialistas, e, sem dúvida, o exame e a comparação delas entre si será para o leitor muito mais interessante.
sexta-feira, 11 de março de 2011
Executiva Nacional dos Estudantes de Comunicação Social – ENECOS 20 ANOS.
Carta-chamado contra criminalização da pobreza e dos movimentos sociais.
A Enecos (Executiva Nacional dos Estudantes de Comunicação Social) tem enquanto uma das suas bandeiras históricas de luta o combate às opressões. Isto porque compreendemos que a comunicação social – e todas as habilitações que faz parte da mesma – cumpre certa função social, e para fazê-lo é necessário o mínimo entendimento da sociedade na qual estamos inseridos. Dessa forma, é nosso dever denunciar e lutar contra qualquer forma de opressão, seja ela do homem pelo homem ou mesmo da natureza pelo homem, a fim de chegarmos numa relação de sociabilidade cada vez mais humana, justa e igualitária.
Tradicionalmente, este debate tem sido estruturado através dos eixos de etnia, de gênero e do direito a diversidade sexual, estratificando e fragmentando muitas vezes uma questão complexa – a da opressão historicamente construída na sociedade capitalista, e que se aguça à medida que acontecem as reformas necessárias para a manutenção deste modelo socioeconômico tão contraditório e opressor. A centralidade do debate, então, não está em negar ou afirmar as opressões étnicas, sexuais, de gênero ou quaisquer outras que visualizamos (muito pelo contrario); mas sim em relacioná-las dialeticamente com as opressões diversas que são características marcantes do atual estágio de desenvolvimento da sociedade do capital. Assim como as opressões supracitadas, também é evidente o crescente processo de criminalização das camadas empobrecidas da sociedade, em especial a juventude, e de movimentos sociais organizados, seja da cidade ou do campo; numa clara perspectiva do Estado Brasileiro de marginalização e de extermínio para com aqueles que sofrem e que se opõem ao modelo social imposto por uma estrutura política ainda arcaica e excludente.
Toda essa política opressora a qual aderiu os dirigentes do Estado Brasileiro tem fundamentação política e econômica. Numa palavra: neoliberalismo. Mesmo que ainda disfarçada de um (não mais possível) neodesenvolvimentismo nacional. Após um período de crise estrutural do capital – historicamente localizado nas décadas de 60 e 70 do século passado -, houve toda uma resignificação de qual seria o papel do Estado na sociedade capitalista moderna. Se antes era concebido que o Estado tivesse um papel central na seguridade social, e para isso, seriam necessários investimentos em setores de interesse publico como saúde, educação, comunicação e transporte; a partir dali, na formulação neoliberal, todos esses direitos entravam no âmbito do mercado, regido pela mesma lógica de mundialização da economia, e o papel do Estado seria “mínimo” na garantia de direitos, e máximo na facilitação dos fluxos de capital, vide as políticas de abertura e regulação fiscal, e na repressão daqueles que se colocarem diante da nova política. Toda essa formulação ganha corpo principalmente na década de 80, nas políticas dos Estados capitalistas avançados, a exemplo de Margaret Tatcher na Inglaterra, e Ronald Regan nos EUA; e a partir daí, e principalmente pós queda do Muro de Berlin, essa ideologia é disseminada para todo o mundo, em especial para o Ocidente.
Assim, quando presenciamos políticas de Estado, como a recente invasão nas comunidades do complexo do Alemão, com instalação das Unidades de Polícia Pacificadoras (UPP's, verdadeiras polícias-políticas) – mais nova política de segurança do Governo Federal, Dilma/PT -, ou ainda como as recorrentes remoções das comunidades de trabalhadores pobres e negros do seu local de moradia em nome dos Mega-Eventos Esportivos que o Brasil receberá, devido à uma concepção de "cidade de negócios"; não podemos deixar de fazer a denúncia da opressão que isto significa, e de jogar a contradição para este Estado que tanto oprime negros, pobres, homossexuais e mulheres, quanto indígenas, quilombolas, migrantes e imigrantes, movimentos sociais e todos aqueles que ainda acreditam que ainda há opção para a sociedade senão a barbárie.
É a partir dessa perspectiva, de colocar o Estado Brasileiro no banco dos réus, que nós da ENECOS deliberamos no último congresso da Executiva a construção do Tribunal Popular – frente de atuação de diversos movimentos sociais que pautam a contradição deste Estado e o embate direto e não puramente institucional. Compreendemos que nesse momento difícil da luta política, as grandes dificuldades são reconhecer quem é o nosso real inimigo – o Capital, e consequentemente seus gestores –, e colocar na mesma frente todos os movimentos que partam da mesma visão anticapitalista e anti-opressora, apostando na unidade para convergência de processos de luta e de acumulo político que nos possibilite a real disputa da hegemonia social. Por isso viemos através desta carta fazer um chamado a todos os movimentos sociais, executivas e federações de curso, para nos juntarmos em mais essa luta por uma sociedade anti-opressora, mais igualitária e quem sabe livre das amarras do capital.
A Enecos (Executiva Nacional dos Estudantes de Comunicação Social) tem enquanto uma das suas bandeiras históricas de luta o combate às opressões. Isto porque compreendemos que a comunicação social – e todas as habilitações que faz parte da mesma – cumpre certa função social, e para fazê-lo é necessário o mínimo entendimento da sociedade na qual estamos inseridos. Dessa forma, é nosso dever denunciar e lutar contra qualquer forma de opressão, seja ela do homem pelo homem ou mesmo da natureza pelo homem, a fim de chegarmos numa relação de sociabilidade cada vez mais humana, justa e igualitária.
Tradicionalmente, este debate tem sido estruturado através dos eixos de etnia, de gênero e do direito a diversidade sexual, estratificando e fragmentando muitas vezes uma questão complexa – a da opressão historicamente construída na sociedade capitalista, e que se aguça à medida que acontecem as reformas necessárias para a manutenção deste modelo socioeconômico tão contraditório e opressor. A centralidade do debate, então, não está em negar ou afirmar as opressões étnicas, sexuais, de gênero ou quaisquer outras que visualizamos (muito pelo contrario); mas sim em relacioná-las dialeticamente com as opressões diversas que são características marcantes do atual estágio de desenvolvimento da sociedade do capital. Assim como as opressões supracitadas, também é evidente o crescente processo de criminalização das camadas empobrecidas da sociedade, em especial a juventude, e de movimentos sociais organizados, seja da cidade ou do campo; numa clara perspectiva do Estado Brasileiro de marginalização e de extermínio para com aqueles que sofrem e que se opõem ao modelo social imposto por uma estrutura política ainda arcaica e excludente.
Toda essa política opressora a qual aderiu os dirigentes do Estado Brasileiro tem fundamentação política e econômica. Numa palavra: neoliberalismo. Mesmo que ainda disfarçada de um (não mais possível) neodesenvolvimentismo nacional. Após um período de crise estrutural do capital – historicamente localizado nas décadas de 60 e 70 do século passado -, houve toda uma resignificação de qual seria o papel do Estado na sociedade capitalista moderna. Se antes era concebido que o Estado tivesse um papel central na seguridade social, e para isso, seriam necessários investimentos em setores de interesse publico como saúde, educação, comunicação e transporte; a partir dali, na formulação neoliberal, todos esses direitos entravam no âmbito do mercado, regido pela mesma lógica de mundialização da economia, e o papel do Estado seria “mínimo” na garantia de direitos, e máximo na facilitação dos fluxos de capital, vide as políticas de abertura e regulação fiscal, e na repressão daqueles que se colocarem diante da nova política. Toda essa formulação ganha corpo principalmente na década de 80, nas políticas dos Estados capitalistas avançados, a exemplo de Margaret Tatcher na Inglaterra, e Ronald Regan nos EUA; e a partir daí, e principalmente pós queda do Muro de Berlin, essa ideologia é disseminada para todo o mundo, em especial para o Ocidente.
Assim, quando presenciamos políticas de Estado, como a recente invasão nas comunidades do complexo do Alemão, com instalação das Unidades de Polícia Pacificadoras (UPP's, verdadeiras polícias-políticas) – mais nova política de segurança do Governo Federal, Dilma/PT -, ou ainda como as recorrentes remoções das comunidades de trabalhadores pobres e negros do seu local de moradia em nome dos Mega-Eventos Esportivos que o Brasil receberá, devido à uma concepção de "cidade de negócios"; não podemos deixar de fazer a denúncia da opressão que isto significa, e de jogar a contradição para este Estado que tanto oprime negros, pobres, homossexuais e mulheres, quanto indígenas, quilombolas, migrantes e imigrantes, movimentos sociais e todos aqueles que ainda acreditam que ainda há opção para a sociedade senão a barbárie.
É a partir dessa perspectiva, de colocar o Estado Brasileiro no banco dos réus, que nós da ENECOS deliberamos no último congresso da Executiva a construção do Tribunal Popular – frente de atuação de diversos movimentos sociais que pautam a contradição deste Estado e o embate direto e não puramente institucional. Compreendemos que nesse momento difícil da luta política, as grandes dificuldades são reconhecer quem é o nosso real inimigo – o Capital, e consequentemente seus gestores –, e colocar na mesma frente todos os movimentos que partam da mesma visão anticapitalista e anti-opressora, apostando na unidade para convergência de processos de luta e de acumulo político que nos possibilite a real disputa da hegemonia social. Por isso viemos através desta carta fazer um chamado a todos os movimentos sociais, executivas e federações de curso, para nos juntarmos em mais essa luta por uma sociedade anti-opressora, mais igualitária e quem sabe livre das amarras do capital.
Fonte: carosamigos.terra
quinta-feira, 10 de março de 2011
quarta-feira, 9 de março de 2011
Paraquedas Aleluia
Então se Deus existe, e me falaram que ele é brasileiro, deverá entender a minha língua. Peço com devoção que olhe para o país do futuro, para que ele se transforme no país do presente.Porque quando eu pensar no Brasil, vou lembrar do sorriso cadente do meu povo, com aquele ar cordial, que me orgulha tanto de ser dessa terra. E aqui repousarei minha alegria, com os olhos contentes por saber que não há mais exploração de nossa gente. Submissão também não haverá, por que um país só se liberta de seu inferno, quando aprende com seus erros. Erramos tanto, senhor, tanto. Erramos todos os dias. Corremos contra nós, trabalhamos muito a favor deles, não temos quase nada, e ainda nos pomos festivos em junho. Sejamos felizes, claro! Mais felizes que os cubanos! Eufóricos, excelentes! Mas se for em troca da ignorância de sermos subalternos,desculpe, eu não poderei aceitar. Rezo hoje, não sei até quando.
terça-feira, 8 de março de 2011
Forças Armadas dos Egito ou dos EUA?
O povo egípcio vive uma situação de desespero. Seu governo provisório é formado por uma Junta Militar, que tem como principal chefe, Mohamed Hussein Tantawi, ministro da Defesa, considerado por especialistas, como o sociólogo Lejeune Mirhan, mais um fantoche estadunidense.
Os militares egípcios, apesar de respeitados pela população e de terem apoiado as manifestações populares, sofrem de uma relação de dominação por parte de Washington. Desde a assinatura do Tratado de Paz com Israel, em 1979, os Estados Unidos passaram a auxiliar militarmente o Egito com uma quantia em torno de 1,3 bilhão de dólares por ano.
Aliás, o que ocorreu após a queda de Hosni Mubarak foi sintomático. As Forças Armadas do Egito emitiram uma nota dizendo que estão mantidos todos os acordos internacionais. Ou seja, os acordos de paz com Israel e os acordos de paz com os Estados Unidos, sobretudo, estão de pé. “Desde 1979 não dá para os caras prescindirem desse dinheiro, que vai direto para eles; para essa cúpula, esse establishment militar”, ironiza o sociólogo Lejeune Mirhan.
A continuidade desse “benefício” após a revolução soará no mínimo estranha ao povo que passou dias na Praça Tahir.“O Conselho Supremo do exército sempre se beneficiou muito durante a época de Mubarak com o apoio estadunidense ao regime. O receio é que continue havendo o mesmo regime de Mubarak”, explica Arlene Clemesha.
Por toda essa relação de controle por parte de Washington sob o exército egípcio, o que contou mesmo para a queda de Mubarak, sob o ponto de vista da pressão internacional, foi a ação dos Estados Unidos. Para Virgílio Arraes, professor de Relações Internacionais da Universidade de Brasília (UnB), a queda de Mubarak se deu sobretudo devido a sua incapacidade de manter o país estável, fator primordial aos estadunidenses. (Colaboraram Renato Godoy de Toledo e Luís Brasilino)
fonte: brasildefato.com
Os militares egípcios, apesar de respeitados pela população e de terem apoiado as manifestações populares, sofrem de uma relação de dominação por parte de Washington. Desde a assinatura do Tratado de Paz com Israel, em 1979, os Estados Unidos passaram a auxiliar militarmente o Egito com uma quantia em torno de 1,3 bilhão de dólares por ano.
Aliás, o que ocorreu após a queda de Hosni Mubarak foi sintomático. As Forças Armadas do Egito emitiram uma nota dizendo que estão mantidos todos os acordos internacionais. Ou seja, os acordos de paz com Israel e os acordos de paz com os Estados Unidos, sobretudo, estão de pé. “Desde 1979 não dá para os caras prescindirem desse dinheiro, que vai direto para eles; para essa cúpula, esse establishment militar”, ironiza o sociólogo Lejeune Mirhan.
A continuidade desse “benefício” após a revolução soará no mínimo estranha ao povo que passou dias na Praça Tahir.“O Conselho Supremo do exército sempre se beneficiou muito durante a época de Mubarak com o apoio estadunidense ao regime. O receio é que continue havendo o mesmo regime de Mubarak”, explica Arlene Clemesha.
Por toda essa relação de controle por parte de Washington sob o exército egípcio, o que contou mesmo para a queda de Mubarak, sob o ponto de vista da pressão internacional, foi a ação dos Estados Unidos. Para Virgílio Arraes, professor de Relações Internacionais da Universidade de Brasília (UnB), a queda de Mubarak se deu sobretudo devido a sua incapacidade de manter o país estável, fator primordial aos estadunidenses. (Colaboraram Renato Godoy de Toledo e Luís Brasilino)
fonte: brasildefato.com
segunda-feira, 7 de março de 2011
domingo, 6 de março de 2011
Carnaval dos Excluidos
CARNAVAL DOS EXCLUIDOS!!! Segunda de carnaval, no casarão.Leve sua bebida e faremos o carnaval mais alternativo de Campos. Samba e Rock, juntos, só aki! Viva a cultura alternativa! MENF - Movimento Estudantil do Norte Fluminense.
As 21H no casarão dos estudantes
PQ Alzira Vargas, Próximo a UFF.
As 21H no casarão dos estudantes
PQ Alzira Vargas, Próximo a UFF.
sábado, 5 de março de 2011
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