A geografia é a representação, entre outras coisas, de um sistema de dominação utilizado pelo capitalismo e tradicionalmente um instrumento de guerra utilizada pela classe dominante. A própria geografia pragmática foi criticada por servir a essa lógica constrangedora, do ponto de vista social. Infelizmente nos tempos atuais essa prática vem sendo mascarada pela globalização, que é vendida comercialmente e popularizada como uma etapa natural.
Boa parte dos estudantes de geografia se utilizam dos conhecimentos geográficos para praticar e propagar o determinismo geográfico moderno do século XXI. Mascaram sua iniciativa pequeno - burguês em um discurso social - democrata. A social democrascia é romântica o suficiênte para satisfazer os homens e mulheres de pouca vontade revolucionaria. Mas quem disse que eles admitem suas amarras pragmáticas?
Do outro lado, uma parcela tímida dos aspirantes a geógrafos seguem uma coerência social crítica e marxista. Aos muitos, é preferencial que comprem, consumam e se dislumbrem com a política “reparadora” e “revisionista” das políticas paliativas de um país, como o Brasil que se submete ao capital internacional a divisão internacional do trabalho.
Como estudante de geografia, percebo que ainda existe, além dos pragmáticos e críticos geográficos, a queles pós - modernos que argumentam a favor de uma universidade menos dependente de métodos e mais atualizada para com as complexidades da atual estrutura econômica, política,cultura, regional, global que, segundo eles, é diversa a tal ponto que não podemos admitir uma generalização. È uma crítica aos geógrafos da modernidade, amarrados aos métodos cientificos. Os pós- modernos questionam a própria ciência. Para que serve e até que pondo é digna de credibilidade, em um mundo cada vez mais heterogêneo. Não descordo em todo, mas em partes. A geografia da pós modernidade camufla os conflitos a tanto tempo denunciados pela geografia crítica. Menosprezam as questões de dominação do homem pelo homem e da associação que isso tem em nossa estrutura social mundial. Mesmo que essa exploração sobreviva em cenários alterados pela globalização em uma conjuntura social cada vez mais complexa, a geografia não pode se negar em participar da evolução dessas descorçoes essenciais. Ao meu ver, a geografia pós moderna ( exemplo da geografia cultural) é muito mais uma mascara para disfarçar o abismo entre ricos e pobres sem nominar esse abismo como exploração capitalista. Assim faziam por outras vias e com outra linguagem, os geógrafos quantitativos, contribuindo para a naturalização da alienação das massas.
Serei uma geográfa crítica, obrigada!
Bruna Mac
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